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Psicologia financeira: entenda as emoções que sabotam seus investimentos

Psicologia financeira: entenda as emoções que sabotam seus investimentos

Ao longo de alguns anos atuando no mercado financeiro, tive a oportunidade de atender diretamente clientes pessoa física. Com impressionante frequência, ouvi uma mesma queixa relacionada à psicologia financeira, quase como um verso decorado: “Parece que eu estou sempre chegando atrasado para os melhores investimentos”.

Muitas vezes, essa frustração vinha em tom de cobrança: afinal, como um profissional que acompanha o mercado diariamente não consegue prever quando um bom investimento vai disparar? Outras vezes, a lamentação dominava: “E se naquele dia eu tivesse investido?”, “E se eu tivesse feito diferente?”.

A dura verdade é que ninguém pode prever o futuro. O mercado financeiro é formado por participantes com objetivos, experiências e perspectivas distintas.

Como costumamos dizer na mesa de operações de renda variável: “É por isso que tem book”. O book de um ativo financeiro mostra os preços que compradores estão dispostos a pagar e os preços que vendedores querem receber. Quando há acordo, o negócio é fechado.

Para um mesmo ativo, existem motivações diferentes para comprar e vender. Não há um lado certo ou errado: quem compra não sabe qual foi o preço de aquisição de quem vende, e uma mesma pessoa pode negociar o ativo por valores distintos em momentos diferentes. O resultado? Todos podem ganhar, todos podem perder… e nunca saberemos de antemão.

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Psicologia financeira: o papel da análise no mercado financeiro

O analista não tenta prever o futuro, mas sim entender o cenário. Ele observa indicadores econômicos, setores de atuação das empresas e padrões históricos para estimar um preço futuro, considerando que nada mude. No entanto, o mercado é dinâmico e influenciado por fatores diversos, o que pode anular qualquer previsão em minutos.

Diante disso, qual o critério para investir? A resposta está no autoconhecimento. Investir faz parte de um conjunto de decisões que refletem suas prioridades e sonhos. Assim como você escolhe seus hábitos de consumo e seu estilo de vida, suas decisões de investimento devem estar alinhadas ao que é importante para você.

Renda fixa ou variável? Sua personalidade define seu perfil

A forma como lidamos com segurança, risco e incerteza afeta não só nossas escolhas financeiras, mas também outras áreas da vida. No mundo dos investimentos, isso se reflete na preferência entre renda fixa e renda variável.

Se segurança é sua prioridade, você provavelmente se identifica com a renda fixa. Investimentos como CDBs, LCIs, LCAs e Tesouro Direto oferecem previsibilidade: você sabe exatamente o que receberá no futuro.

Por outro lado, investidores que buscam ganhos acima da média, mesmo com maior incerteza, são atraídos pela renda variável. Ações, fundos imobiliários e multimercados exigem maior tolerância ao risco, pois grandes oportunidades de lucro também trazem possibilidade de perdas.

As emoções e os ciclos do mercado financeiro

As decisões financeiras não são puramente racionais. O medo de perder e o arrependimento por oportunidades perdidas são sentimentos comuns. Um exemplo clássico é o Bitcoin: muitos o observaram subir de 300 dólares em 2014 para 1.000 dólares em 2016 e pensaram que não subiria mais. Mas, em 2017, ele atingiu 20.000 dólares, surpreendendo a todos.

Essa volatilidade segue um ciclo emocional:

  • Otimismo: “Esse ativo está subindo, é a hora de entrar.”
  • Euforia: “Isso é dinheiro fácil, vou investir mais.”
  • Ansiedade: “Por que começou a cair agora?”
  • Pânico: “Preciso vender antes que caia ainda mais!”
  • Desilusão: “Nunca mais invisto nisso.”
  • Esperança: “Os preços estão subindo de novo, talvez eu não estivesse errado.”

Esse padrão se repete constantemente. Mesmo após perdas, muitos investidores acreditam que estavam certos, apenas erraram o timing — o que pode levar à repetição dos mesmos erros.

Esses modelos comportamentais são estudados e replicados por diversas perspectivas dentro do mercado. Uma delas é a teoria de Dow, que identifica as tendências de movimentos do mercado, maiores e menores buscando os momentos mais prováveis desses padrões serem repetidos e abrir uma janela de oportunidade de entrada ou saída de uma posição.  

gráfico teoria de Dow

Como investir na incerteza sem perder o sono

Para minimizar o impacto emocional nos investimentos, existem estratégias que ajudam a reduzir riscos. Um exemplo são os derivativos, contratos que dão o direito (mas não a obrigação) de comprar ou vender um ativo a um preço fixado.

Usados corretamente, os derivativos podem proteger investimentos contra grandes oscilações, funcionando como um seguro. Essa estratégia é aplicada na Carteira Protegida, acessível pelo aplicativo da EQI+, que inclui relatórios completos, histórico de movimentações e explicações detalhadas sobre operações.

Conclusão: invista de forma consciente e segura

Meu objetivo com este artigo não é convencer você a investir em ativos de risco se isso não condiz com seu perfil. Mas, para aqueles com maior tolerância ao risco, existem formas de mitigar incertezas sem abrir mão das oportunidades do mercado.

A chave está no autoconhecimento: compreenda suas prioridades e defina um nível de exposição ao risco que não comprometa seu bem-estar emocional. Aprenda sobre estratégias que potencializem seus resultados com segurança. Respeitar seus limites e investir de maneira consciente é a forma mais segura de construir seu futuro financeiro.

Se você gostou desta estratégia e quer aprender mais, acompanhe os conteúdos no aplicativo EQI+.

Por Larissa Lima, analista da EQI Research

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