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Projeção dólar: mesmo com alta, ainda há janela, apontam especialistas

Projeção dólar: mesmo com alta, ainda há janela, apontam especialistas

Para onde vai o dólar é a pergunta para a qual todos querem resposta: do investidor interessado em janelas para internacionalizar investimentos, passando pelo importador e exportador, até o viajante ansioso pelas férias internacionais.

No entanto, a projeção dólar é sempre algo delicado de opinar. Afinal, são muitas as variáveis que impactam o preço de uma moeda em relação a outra.

Para saber o que afirmam os especialistas para o cenário atual, siga na leitura!

Projeção dólar até o final de 2022

O banco BTG Pactual (BPAC11) divulgou um relatório em setembro de 2022 em que sinaliza as tendências para a projeção dólar até o fim do ano.

Para o banco, a moeda norte-americana deve chegar a R$ 5,20, em um cenário de juros altos, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Com isso, o documento aponta que a expectativa para os próximos três meses é de uma deterioração do real.

O pano de fundo dessa análise é, principalmente, o ciclo de alta nas taxas de juros. Por aqui, no entanto, o ciclo de ajuste altista na taxa Selic parece ter chegado ao fim, mas o balanço de riscos para a inflação segue assimétrico.

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Ele explica que, diante da alta de juros global e da possibilidade de recessão nos EUA, o câmbio se encontra muito mais perto de R$ 5,50 e R$ 6.

“A inflação está pesando muito lá fora, muito mais do que no Brasil. O mercado americano segue entregando inflação acima do estimado mês a mês e o banco central americano vai ter que subir mais os juros, não tem jeito, nem que seja para dar um recado mais forte ao mercado”, avalia.

“A inflação nos EUA é a pior dos últimos 40 anos e isso puxa o dólar para cima no mundo todo”, complementa.

Ele acredita que o cenário que se desenha nos EUA é mesmo de recessão, o que deve acontecer, mesmo que por período não tão prolongado.

A recessão acontece quando o ciclo econômico de um país entra em fase de encolhimento, que é o que se espera que aconteça nos EUA. Vale lembrar que a subida de juros impacta diretamente a produção do país e o cenário de emprego, já que as empresas dependem de empréstimos para expandir seus negócios.

Projeção dólar: E o Brasil?

Já no cenário brasileiro, a expectativa é que a Selic final deve ser de 13,75% ao ano, enquanto, nos EUA, é aguardado juros entre 3% e 3,5% ao ano até dezembro.“Por mais que a Selic tenda a subir ainda um pouco, a quantidade de altas que vamos ter será menor do que as que o Fed terá que fazer, neste e no próximo ano”, aponta Viotto.

Com isso, ele diz, o que se tem é a redução do carry trade, ou custo de carrego, que é a diferença de juros entre os países.

Em outras palavras, a estratégia de muitos investidores estrangeiros para ganho com diferencial de juros deve perder atratividade e pressionar o câmbio, via migração de capital para os EUA, após as movimentações esperadas do banco central americano.

Lembrando que a renda fixa por lá é considerada a mais segura do mundo, o que explica a retirada dos recursos de países emergentes, como o Brasil.

Cenário no exterior e a projeção dólar

Nesse sentido, o mercado de trabalho nos EUA segue extremamente aquecido, com duas vagas abertas para cada trabalhador desempregado, e a pressão de salários continua sendo o maior desafio do Fed nos próximos meses. A reunião do FOMC deste mês pode ser marcada por novo movimento de alta de 0,75 ponto na taxa de juros norte-americana, o que pode ser um gatilho de aversão ao risco para os investidores internacionais, o que provocaria nova rodada de desvalorização do real, conforme prevê o BTG.

A expectativa de “soft landing”, pouso suave da economia, com queda da inflação sem que a economia americana entre em recessão, segue sendo base, afirma Luís Moran, head da EQI Research. Mas o “hard landing” ganha corpo, enquanto crescem os temores de recessão.

O BTG confirma que, desta forma, o cenário fica desfavorável para os emergentes.

Projeção dólar: risco fiscal pesa no cenário interno

Internamente, a inflação segue como principal preocupação, ultrapassando a discussão de política monetária para adentrar ao território de intervenção via política fiscal.

O risco fiscal volta ao noticiário na figura dos projetos que visam reduzir o impacto inflacionário neste ano (via PEC do teto do ICMS), além do tema do reajuste salarial dos servidores.

“A deterioração da percepção sobre o quadro fiscal, pesa negativamente sobre o real”, alerta o BTG.

O banco espera que ocorra uma desvalorização do real devido ao aperto da política monetária do Federal Reserve ao longo dos próximos meses. Depois, o real tende a se valorizar novamente devido à redução da incerteza eleitoral (após outubro) e do elevado superávit comercial.

Projeção dólar: hora de internacionalizar investimentos

Independente do momento econômico e/ou político, é recomendado que o investidor sempre mantenha parte de seus ativos em moeda forte.

“Como vivemos em um país emergente, o ideal é termos, pelo menos, 20% dos nossos investimentos lá fora para nos proteger da volatilidade natural do nosso mercado.”, observa o head da EQI Internacional, Gustavo Strauch.

“Não existe um momento certo. Muitas pessoas tomam decisões com base em gatilhos de desespero ou de incentivos de curto prazo”, avalia.

O correto, ele diz, é ir aumentando o portfólio a cada boa janela encontrada, sempre buscando a diversificação e a orientação de empresas capacitadas para tanto.

“Hoje existem empresas que foram construídas especificamente para conectar brasileiros a investimentos lá fora de forma simples e amistosa. Uma delas é a Avenue, que tem feito a ponte para que o cliente entenda como funciona o mercado americano. Este ainda é um mercado novo, que está passando por uma curva de conhecimento, mas a velocidade de aprendizado está sendo rápida”, afirma.

Projeção dólar: vantagens de investir em dólar

Quanto à projeção dólar, o atual cenário, a recomendação é que o investidor se proteja investindo em dólar.

Além da valorização do câmbio, investindo em dólar, também se ganha com diversificação e proteção a choques – sejam os internacionais, como a pandemia, ou os muitos ruídos políticos.

O fator proteção vem do fato de que os investidores de todo o mundo enxergam o dólar como um dos ativos mais seguros do mundo. Por isso, quando uma crise derruba todos os mercados, como no caso do coronavírus, o dólar tende a se valorizar.

Mas é preciso lembrar: os ativos atrelados ao dólar devem corresponder a uma pequena parcela da carteira de investimentos. Não é recomendado colocar “todos os ovos na mesma cesta”, seja qual for a projeção dólar.

Projeção dólar: investimento no exterior.

Para diversificar e se expor ao dólar, há as seguintes possibilidades de investimentos:

Projeção dólar: COE

O Certificado de Operações Estruturadas é uma versão brasileira das chamadas Notas Estruturadas, bastante populares nos Estados Unidos. É um tipo de aplicação que une a segurança da renda fixa com a rentabilidade da renda variável.

Ele é indicado para quem está começando a investir no exterior e ainda está receoso a respeito. E tem uma vantagem muito interessante: a maioria dos COE têm capital protegido. Isto quer dizer que o investidor recebe de volta todo o valor investido, mesmo que ocorra uma perda no investimento.

O COE pode estar atrelado a ações nacionais e estrangeiras, índices da bolsa brasileira e das bolsas americanas. E também a taxas de juros, commodities, e moedas. E a combinação destes ativos garante segurança, ao mesmo tempo em que busca mais lucratividade.

Projeção dólar: saiba o que é COE.

Projeção dólar: Fundos de investimento

Também indicado para os investidores menos experientes no mercado externo. Os fundos de investimento internacional trazem a vantagem de contar com gestores que acompanham e definem as melhores opções. Você pode optar por fundos de ações, mais agressivos, ou fundos multimercado, que são mais seguros por diversificar os investimentos.

Projeção dólar: fundo de investimento.

Projeção dólar: ETFs

Também é possível investir, a partir do Brasil, em fundos de índice (ETFs) que replicam ativos internacionais.

Os ETFs ( Exchange Traded Funds) são fundos de investimento constituídos com o objetivo de investir em uma carteira de ações que busca replicar a carteira e a rentabilidade de um determinado índice de referência (índice subjacente).

Projeção dólar: BDRs

O Brazilian Depositary Receipt (BDR), ou certificado de depósito de valores mobiliários, permite investir diretamente em empresas norte-americanas.

Desde outubro de 2020, os BDRs estão disponíveis na bolsa brasileira para todo investidor interessado. Até então, eles eram reservados apenas para investidores qualificados, ou seja, aqueles com mais de R$ 1 milhão em investimentos.

A vantagem é que, ao adquirir um BDR, o investidor passa a deter, indiretamente, papéis da companhia com sede em outro país. Sem que para isso tenha que realizar os trâmites de um investimento internacional.

Projeção dólar: entenda o que é BDR.

Projeção dólar: Dólar Futuro

É importante destacar que esta forma de investimento é de alto risco e exige maior preparo do investidor.

O investidor pode assumir uma posição de compra ou de venda do contrato futuro da moeda. Quem assume a posição comprada do contrato, ganha com a alta do dólar e perde com a queda. Se a posição for de venda, o investidor ganha com a queda do dólar e perde com a alta.

Esta negociação ocorre na B3 e exige que o investidor tenha uma conta em uma corretora de valores para operar. Trata-se de um mercado muito volátil e de alta liquidez.

No mercado de dólar futuro, pode-se operar de forma alavancada. Isso significa que com um montante pequeno de dinheiro é possível movimentar grandes quantias. Ou seja, é possível ganhar muito mais do que o valor investido, mas o tombo também pode ser grande.

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Projeção dólar: como operar mini dólar.

Projeção dólar: acompanhe o Alô Câmbio, a coluna semanal de Alexandre Viotto, head de câmbio e comércio exterior da EQI Investimentos.

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