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Produção industrial, bancos, inflação e payroll agitam semana

Produção industrial, bancos, inflação e payroll agitam semana

A primeira semana de fevereiro promete ser movimentada, com indicadores de peso — da produção industrial do Brasil ao relatório mensal de empregos, o payroll, nos Estados Unidos.

Os números apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vão revelar o comportamento da economia em período de recrudescimento da pandemia no Brasil, com medidas de distanciamento social impostas nas principais cidades.

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Investidores vão observar atentos o termômetro dos dados de emprego no país. Os EUA, como se sabe, também foram afetados por índices altíssimos de contaminação pelo novo coronavírus nas últimas semanas.

Outros indicadores vão reforçar uma análise da retomada da economia no Brasil: saem por exemplo, os números sobre vendas de veículos da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) e os da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

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A divulgação ocorre quase um mês depois do anúncio feito pela Ford Motor Company (FDMO34) de encerramento da produção de veículos em suas fábricas no país, em Camaçari (BA), Taubaté (SP) e em Horizonte (CE), ainda este ano.

Preocupação nos últimos meses, a inflação terá mais uma indicador importante, como ocorreu na semana anterior com o IPCA-15.

Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Fipe), que mede a variação de preços na cidade de São Paulo, apresentará a leitura de janeiro.

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), mostrará o comportamento dos preços no país no início de 2021.

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Balanços do 4TRI20

No setor corporativo, a safra de balanços do quatro trimestre entra de vez no radar do mercado com o anúncio do desemprenho de bancos — entre os quais estão Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Santander
(SANB11).

A semana tem ainda outro ponto de atenção. O Congresso elege, nesta segunda (1º), os novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado.

O deputado Arthur  Lira (PP-AL), candidato do governo federal, entra como favorito na Câmara e tem dito que pretende votar a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma administrativa no primeiro trimestre, com modificações.

No Senado o favorito é o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), nome com apoio também do Palácio do Planalto.

Caberá aos próximos presidentes do Legislativo encaminhar ou não propostas que não saem da agenda política há semanas — a exemplo do auxílio social e a reforma tributária, temas que podem mexer com o equilíbrio fiscal.

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Bolsa tenta se recuperar de janeiro negativo

O Ibovespa terminou janeiro com queda de 3,21%. Na sexta (29), a bolsa de valores teve o maior recuo diária desde outubro, depois de bater recorde no início de janeiro.

O índice começou o ano em alta, chegando ao fechamento recorde de 125.076 pontos em 8 de janeiro. De lá para cá, a bolsa passou a acumular perdas.

Fatores domésticos e externos interferiram no mercado financeiro na última sexta, assim como ocorreu durante a semana.

No Brasil, os investidores estão preocupados com o resultado da corrida para as eleições que decidirão o comando da Câmara dos Deputados e do Senado, na próxima segunda-feira (1º).

No exterior, as principais bolsas caíram por causa dos atrasos na vacinação contra a covid-19 em vários países e da onda de compra de ações de empresas em dificuldade por pequenos investidores.

As compras coordenadas de papéis de empresas com problemas de caixa têm provocado prejuízos em grandes fundos nos Estados Unidos.

Para cobrir as perdas, esses fundos vendem ações em suas carteiras, provocando queda nos principais índices norte-americanos.

A inesperada onda de manobras dos investidores varejistas sobre algumas ações em Wall Street, deixando os hedge funds em corner, deu o tom das bolsas na semana anterior, analisou o BDM Online,

Muita manipulação de preços e volatilidade, completou o serviço de notícias do mercado financeiro.

Terceira semana seguida

A bolsa de valores fechou a terceira semana seguida no negativo, com menos 1,97%, após encerrar a sexta-feira (29) despencando 3,21%, a 115.067,55 pontos, acompanhando as baixas em Nova York.

Wall Street seguiu abalada pela prática conjunta dos pequenos investidores.

O squeeze fez os índices caírem mais um dia, após um respiro de alta na quinta (28).

Há um temor de que isso não seja uma prática isolada. Tem quem veja no squeeze uma revolta contra o sistema.

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Preocupa também os investidores o risco fiscal.

Semana que vem, com a eleição nas duas casas legislativas para ver quem comanda o Congresso, o assunto “auxílio emergencial”, por exemplo, deve voltar à pauta.

Dólar sobe

A última sexta foi mesmo de nervosismo no mercado financeiro, tanto no Brasil quanto no exterior – e o dólar voltou a aproximar-se de R$ 5,50.

O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (29) vendido a R$ 5,474, com alta de R$ 0,039 (+0,71%).

A cotação chegou a abrir com pequena queda, mas a tendência de valorização firmou-se ainda durante a manhã.

A divisa terminou a semana estável em relação a sexta-feira passada (22).

O dólar só não subiu por causa da forte queda de 2,71% na terça-feira (26), quando a cotação tinha fechado em R$ 5,327.

A moeda norte-americana terminou janeiro com valorização de 5,53%, depois de ter caído em novembro e em dezembro.

Mercado externo

As ações dos EUA caíram acentuadamente em Wall Street, com o aumento da especulação por grupo de investidores em fóruns na Internet continuando a enervar o mercado.

As ações da GameStop, pivô da atual e estranha crise, saltaram mais de 40%.

Os investidores estão preocupados com o fato de que, se a GameStop continuar a subir de forma tão volátil, ela possa afetar os mercados financeiros, causando perdas em corretoras como a Robinhood e forçando os fundos de hedge que apostam contra as ações a vender outros títulos para levantar dinheiro e cobri o rombo.

Segundo a CNBC, também há temores de que a GameStop seja um sinal de uma bolha maior no mercado e que seu desdobramento também possa causar turbulência e atingir duramente os investidores de varejo.

O Congresso, porém, está de olho. Legisladores pediram uma investigação sobre o comércio caótico. A Securities and Exchange Commission (a CVM dos Estados Unidos) disse que analisará as ações do órgão regulado para descobrir se as decisões tomadas prejudicam investidores.

Mas há outras preocupações dos investidores. Uma delas é o resultado dos testes da vacina (de um só dose) da Johnson & Johnson, que desapontou: ela tem 66% de eficácia geral na proteção contra a Covid-19. Esperava-se mais, embora para a Organização Mundial da Saúde bastem 50% de eficácia para uma vacina ser considerada boa.

Nesta semana, republicanos e democratas vão discutir um pacote de auxílio bipartidário nos Estados Unidos.

Na Europa, finalmente, a vacina da AstraZeneca/Oxford foi aprovada para uso emergencial. Só que a farmacêutica está com problemas de produção.

A Comissão Europeia colocou controles temporários sobre a exportação de vacinas contra o coronavírus feitas dentro do bloco, após uma briga com a AstraZeneca e questões mais amplas de abastecimento.

Com relação aos dados, a economia francesa contraiu menos do que o esperado no quarto trimestre de 2020, mesmo com um lockdown. O Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre ficou em -1,4%, contra o consenso médio de -4%.

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Produção industrial

Em meio à alta de números da pandemia no país e medidas que diminuem a circulação par conter a disseminação do coronavírus, a retomada anda no terreno da indefinição.

Apesar disso, o boletim Focus do último dia 26 indica que o Produto Interno Bruto (PIB) também teve alta: de 3,45% para 3,49%, voltando ao patamar do início de janeiro.

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Nesse cenário de incertezas, recomenda-se prestar atenção em alguns números da economia, a exemplo da produção industrial, cujo anúncio, feito pelo IBGE, sai na terça (2).

Os números divulgados serão os referentes a dezembro, quando se intensificou a escalada da segunda onda da Covid-19 no país.

A produção industrial cresceu 1,2% em novembro na comparação com o mês anterior. Foi a sétima alta consecutiva, informou o IBGE.

Somado ao crescimento de maio (8,7%), junho (9,6%), julho (8,6%), agosto (3,4%), setembro (2,8%) e outubro (1,1%), o setor acumula alta de 40,7%, o que elimina a perda de 27,1% entre março e abril, meses em que o isolamento social foi mais rigoroso e fez a indústria atingir o nível mais baixo da série.

Com isso, o setor estava, em novembro, 2,6% acima do patamar pré-pandemia, em fevereiro.

No entanto, de janeiro a novembro de 2020, o setor acumula perda de 5,5%.

No acumulado em 12 meses, a queda foi de 5,2%. Mesmo com o desempenho positivo recente, a produção industrial ainda se encontra 13,9% abaixo do nível recorde, alcançado em maio de 2011.

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), que mostra ainda que, em relação a novembro de 2019, a indústria avançou 2,8%.

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Indústria: grandes categorias tiveram alta em novembro

Todas as grandes categorias apresentaram alta frente a outubro, com destaque para bens de capital (7,4%) e bens de consumo duráveis (6,2%), que tiveram as maiores taxas positivas.

É o sétimo mês seguido de expansão na produção em ambas, com acúmulo de 129,7% na primeira e 550,7% na segunda. As duas categorias estão acima do patamar pré-pandemia: 12,2% e 2,7%, respectivamente.

Ainda na comparação com outubro, Bens de consumo semi e não duráveis (1,5%) e Bens intermediários (0,1%) também cresceram em novembro, revertendo as quedas de 0,1% e 0,4%, respectivamente, no mês anterior.

Inflação: IPC-Fipe e IGP-DI

Outro indicador importante da economia, sobretudo neste período de alta inflacionária, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo, na leitura de janeiro, será divulgado na próxima quarta (3).

O índice registrou alta de 0,79% em dezembro. O IPC encerrou 2020 com alta acumulada de 5,62%. As informações foram divulgadas pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Em 2019, o IPC-Fipe acumulou alta de 4,40%. Nesse período, os preços do subgrupo de Alimentação chegaram a subir 16,12%. Por outro lado, os valores de Vestuário ficaram com queda de 3,10%.

Por sua vez, os dados apontam que em dezembro o maior peso no índice do mês também foi exercido por Alimentação, com alta de 2,08% nos preços.

Aumento das commodities

Já o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da FGV, sai na sexta (5).

O índice variou 0,76% em dezembro.

Em novembro, o indicador registrou taxa de 2,64%. Entre janeiro e dezembro de 2020, o índice acumulou alta de 23,08%. Em dezembro de 2019, o índice havia variado 1,74% e acumulava elevação de 7,70% em 12 meses.

De acordo com André Braz, coordenador dos Índices de Preços, commodities registraram aumentos históricos em 2020.

Por esse motivo, o IGP-DI fechou o ano com a maior alta desde 2002, quando subiu 26,41%. “Minério de ferro (107,15%), soja (79,45%) e milho (68,81%) estão entre os maiores destaques”, afirma.

Bancos: quarto trimestre

A safra de balanços do quarto trimestre ganha força e visibilidade esta semana com os resultados de Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11).

Com situação financeira sólida e atualmente ainda muito descontados em decorrência da crise do coronavírus, os bancos devem voltar a ganhar atenção dos investidores em 2021.

Veja aqui o calendário de balanços desta semana

Lucro

Relembre os números do desempenho das empresas no terceiro trimestre.

Itaú Unibanco (ITUB4) registrou um lucro líquido recorrente de R$ 5 bilhões no terceiro trimestre de 2020, um desempenho 19,6% superior na comparação com o segundo trimestre deste ano.

desempenho ficou acima dos R$ 4,728 bilhões apurados da prévia de resultados do portal EuQueroInvestir.

Na comparação anual, por sua vez, o lucro recuou 29,7%.

O Bradesco (BBDC3; BBDC4) reportou nesta quarta-feira (28) um lucro líquido recorrente de R$ 5,031 bilhões referente ao terceiro  trimestre deste ano.

O valor equivale a uma queda de 23,1% nos lucros frente a igual período do ano passado.

Com isso, o resultado ficou acima das expectativas do mercado, que aguardava por uma queda nos lucros em 27,8%.

Em relação ao trimestre anterior, o banco registrou avanço de 29,9% nos lucros. Já no acumulado de 2020, o Bradesco atingiu lucro de R$ 19,24 bilhões.

O Santander (SANB11) Brasil registrou um lucro líquido gerencial de R$ 3,902 bilhões no terceiro trimestre, um desempenho 82,7% superior ao reportado no segundo trimestre, de R$ 2,136 bilhões.

Com isso, o resultado ficou acima das expectativas do mercado, que aguardava por um lucro R$ 2,994 bilhões.

No acumulado dos nove primeiro meses de 2020, a Companhia alcançou um lucro gerencial de R$ 9,89 bilhões, queda de 8,6% sobre igual período do ano anterior.

Balanço dos balanços dos bancos no terceiro trimestre

Segundo estudo da Economatica, o lucro líquido consolidado dos quatro maiores bancos brasileiros no terceiro trimestre foi de R$ 15,5 bilhões, sendo o melhor resultado trimestral de 2020.

Entretanto, na comparação com o mesmo trimestre de 2019, a última linha do balanço dos bancões foi 19,2% inferior.

O melhor resultado trimestral da amostra foi no 4° trimestre de 2019, com R$ 21,8 bilhões.

Rentabilidade sobre o patrimônio (ROE) anualizado

Por outro lado, a crise derivada da pandemia da Covid-19 fez a rentabilidade do bancos caírem em 2020.

A mediana do ROE dos quatro maiores bancos no 3º trimestre ficou em 13,58%, que foi o quarto menor da amostra. Os ROE´s menores foram no 1º, 2º e 3º trimestre de 2017, destaca a Economatica.

A queda do ROE do 4º trimestre de 2019 até 3º trimestre de 2020 é de -5,56 p.p., em dezembro de 2019 a mediana era de 19,15%.

A maior mediana de ROE foi no 1º trimestre de 2008 com 26,98%.

Em comparação com o 3º trimestre de 2020 a queda foi de 13,39 p.p., demonstrando que o ROE entre as duas datas praticamente caiu pela metade.

Valor de mercado

No quarto trimestre, o valor de mercado dos grandes bancos atingiu R$ 625,2 bilhões – representando grande retração na comparação com o melhor momento dos bancos em valores trimestrais, que foi 4º trimestre de 2019, com R$ 951 bilhões.

Payroll

Os novos pedidos de seguro-desemprego dos Estados Unidos ficaram abaixo do esperado, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (28). De acordo com o Department of Labor (Dol), Departamento de Trabalho dos Estados Unidos em português, foram 847 mil pedidos feitos na semana encerrada em 22 de janeiro.

Em relação ao número da semana anterior, foi uma queda de 67 mil pedidos.

Na próxima sexta (5), o Bureau of Labor Statistic dos EUA trará mais luz à situação do emprego no país com os dados do payroll de janeiro. O relatório sobre o emprego elaborado pela instituição é  acompanhado com atenção pelo mercado.

A folha de pagamentos oficial não-agrícola dos Estados Unidos apontou o fechamento de 140 mil postos de trabalho em dezembro. A projeção era de geração de 71 mil vagas no mês.

Em dezembro, as perdas de empregos em lazer e hotelaria e na educação privada foram apenas parcialmente compensados ​​por ganhos no comércio e na construção.

A taxa de desemprego atingiu 6,70% em dezembro. A projeção era 6,80%.

O salário médio nos EUA teve variação mensal de 0,8% no mês, ante expectativa de 0,2%.

*Com Agência Brasil

Veja a agenda completa

Segunda-feira (1º)

  • Zona do Euro: Índice PMI Markit da indústria de transformação (janeiro), às 6h
  • BC: Boletim Focus (semanal), às 8h25
  • Brasil: Markit, Índice PMI da indústria de transformação (janeiro), às 10h
  • MDIC: Balança comercial mensal (janeiro), às 15h
  • Fenabrave: Emplacamentos de veículos (janeiro)
  • Índice ISM da indústria de transformação (janeiro), às 12h

Terça-feira (2)

  • Zona do Euro: PIB (4º trimestre), preliminar, às 7h
  • IBGE: produção industrial, pela Pesquisa Industrial Mensal (dez), às 9h

Quarta-feira (3)

  • FIPE: IPC (mensal) (janeiro), às 5h
  • Zona do Euro: Índice PMI Markit composto (janeiro), às 6h
  • EUA: Índice de preços ao consumidor – final (janeiro), às 7h
  • Brasil: Markit, Índice PMI do setor de serviços (janeiro), às 10h
  • Brasil: Markit: Índice PMI composto (janeiro), às 10h
  • Geração de vagas de trabalho – pesquisa ADP (janeiro), às 10h15
  • BCB: Índice Commodities Brasil (IC-Br), às 14h30
  • BCB: Fluxo Cambial (semanal), às 14h30

Quinta-feira (4)

  • Anfavea: Produção e venda de veículos (janeiro)
  • EUA: Pedidos de auxílio desemprego (semanal), às 10h30

Sexta-feira (5)

  • FGV: IGP-DI (janeiro), às 8h
  • EUA: Variação na folha de pagamentos (janeiro), às 10h30
  • EUA: Taxa de desemprego (janeiro), às 10h30