A prévia do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos (EUA) recuou 1,4% no 1º trimestre de 2022 em comparação com o mesmo período do ano passado. O mercado financeiro tinha a projeção que o indicador subisse 1,1%. Os dados foram divulgados, nesta quinta-feira (28), pelo Bureau of Economic Analysis.
No 4º trimestre de 2021, o PIB americano subiu 6,9%, bem acima da projeção do mercado, que era de 2,3%.
O relatório de análise do BTG Pactual (BPAC11) cita que houve uma desaceleração relevante em relação aos resultados apresentados no último trimestre de 2021, mas que foi bem mais forte do que o esperado.
O desempenho mais fraco no início de 2022 já era uma possibilidade devido às projeções elevadas do desvio-padrão (0,7 pontos percentuais), informam os analistas. Mas, ainda assim, o resultado foi uma surpresa negativa.
“O cenário estava bem aberto para contribuição dos estoques (esperado uma contribuição negativa -1pp, veio -0,87pp)”, complementa o relatório do banco de investimentos.
Dito isso, a prévia do PIB dos EUA mais fraca reflete uma contribuição do menor consumo dos americanos e uma balança comercial desfavorável. Haja vista que houve uma queda expressiva das exportações e um avanço considerável de importações, ainda que este movimento não seja encarado como algo negativo.
Prévia do PIB dos EUA: Tá, mas e daí?
De acordo com o BTG Pactual, o resultado mais fraco da prévia do PIB dos EUA revela um viés mais baixista “na nossa expectativa de PIB para o segundo trimestre”. Este resultado deve ser influenciado pela balança comercial e consumo.
Além disso, ainda é preciso ficar atento com o cenário de forte aperto monetário do Fed (Federal Reserve) em 2022. Principalmente, se os dirigentes basearem as suas decisões com os dados de consumo (varejo e gastos) nos EUA, conclui o relatório.