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Presidente do BB (BBAS3), Rubem Novaes entrega pedido de demissão

Presidente do BB (BBAS3), Rubem Novaes entrega pedido de demissão

O presidente do Banco do Brasil (BBAS3), Rubem Novaes, entregou na noite desta sexta-feira (24) o pedido de demissão ao presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) e ao ministro da Economia, Paulo Guedes.

Bolsonaro aceitou o pedido e Novaes está fora da presidência do BB.

“O Banco do Brasil (BB) comunica que o Sr. Rubem de Freitas Novaes entregou ao Exmo. Sr. Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro e ao Exmo. Ministro da Economia, Paulo Roberto Nunes Guedes, pedido de renúncia ao cargo de presidente do BB”, diz a nota oficial do banco

[a renúncia terá] efeitos a partir de agosto, em data a ser definida e oportunamente comunicada ao mercado, entendendo que a companhia precisa de renovação para enfrentar os momentos futuros de muitas inovações no sistema bancário”, complementa a nota.

Novaes alegou motivos pessoais para sua saída.

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Banco do Brasil: polêmicas

O BB virou centro de polêmicas pela veiculação de propaganda em sites bolsonaristas e de extrema-direita, que publicavam informações comprovadamente falsas.

O perfil no Twitter Sleeping Giants Brasil (@slpng_giants_pt) fez a acusação e a conta oficial da instituição se retratou.

Mas o filho do presidente, o vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), ficou irritado com a atitude da instituição bancária.

“Marketing do Banco do Brasil pisoteia em mídia alternativa que traz verdades omitidas”, disse.

Depois da irritação do vereador vir a público, O Banco do Brasil voltou a veicular anúncios no dito portal.

“Tem que vender logo!”

Na reunião ministerial de 22 de abril, que veio a público graças a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) nas investigações sobre interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal, um outro episódio envolvendo o banco veio à tona.

Paulo Guedes afirmou: “Tem de vender logo essa p*%$#@!”, referindo-se ao BB.

Para o ministro da Economia, o Banco do Brasil “não é tatu, nem cobra, porque ele não é privado, nem público”, o que dificultaria ações macroeconômicas por parte do governo.

“É um caso pronto e a gente não está dando esse passo. O senhor (dirigindo-se a Bolsonaro) já notou que o BNDES e a Caixa que são nossos, públicos, a gente faz o que a gente quer. O Banco do Brasil a gente não consegue fazer nada e tem um liberal lá. Então tem que vender essa porra logo”, bradou Guedes.

Em abril, segundo mês da da pandemia do coronavírus e das medidas de restrição social para conter a doença, Novaes afirmou ao Estadão: “Governadores e prefeitos impedem a atividade econômica e oferecem esmolas, com o dinheiro alheio, em troca”.

E concluiu: “Esmolas atenuam o problema, mas não o resolvem. E pessoas querem viver de seu esforço próprio”.