Os Futuros de Nova York operam em leve alta nesta manhã de sexta-feira (25), com os Estados Unidos (EUA) subindo o tom contra a Rússia por conta da invasão à Ucrânia.
O presidente norte-americano Joe Biden disse, ontem, em Bruxelas, na Bélgica, que se Vladimir Putin utilizar armas químicas no confronto, os EUA vão responder à altura.
Acontece que até o momento os soldados cedidos à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) foram destacados para a fronteira da Polônia e outros países do entorno.
Entretanto, nenhum desses militares teve autorização para entrar na guerra em defesa do país invadido. O Ocidente tenta neutralizar o Kremlin por meio de sanções econômicas, e novas restrições foram anunciadas ontem.
Enquanto a guerra acontece, os representantes do Ocidente colocam um olho sobre o Leste Europeu e o outro sobre a Ásia, mais precisamente sobre a China. Ainda há esperança de que Xi Jinping não tome lado com os russos e, mais que disso, se posicione contrário ao conflito bélico.
A Rússia, por sua vez, tenta avançar, mas perde algumas posições importantes, e tenta se equilibrar economicamente recorrendo à China, Índia e Turquia.
Importante ressaltar que existem três guerras ocorrendo em paralelo: a militar, a midiática e a econômica. Esta última terá sequelas permanentes para a Rússia e o resto do mundo por décadas. Já a midiática é tão perigosa quando a militar. O investidor deve se ater a isso também.
Pré-Mercado – Futuros de NY
Às 7h58, o Dow Jones subia 0,07%, o S&P 500, 0,08%, e a Nasdaq, 0,07%.
Na Europa, o DAX, da Alemanha, subia 0,30%, o FTSE 100, de Londres, 0,05%, e o CAC 40, da França, subia 0,60%. Já o FTSE MIB, da Itália, subia 0,25%, e o Stoxx600, 0,25%.
Na Ásia, o Nikkei, do Japão, subia 0,14%, o Shanghai, de Xangai, caía 1,17%, e o HSI, de Hong Kong, caía 2,47%. Já o ASX 200, da Austrália, subia 0,26%, e o Kospi, da Coréia do Sul, subia 0,01%.
Do lado das commodities, o petróleo tipo Brent caía 1,63%, cotado a US$ 117,09, e o tipo WTI caía 2,19%, cotado a US$ 109,84. Já o ouro caía 0,19%, cotado a US$ 1.958,40, e o minério subia 3,23%, cotado a US$ 133,20.
O que tá rolando?
Nesta sexta os investidores receberão uma nova leitura do sentimento do consumidor a partir de março, bem como dados pendentes de vendas de casas de fevereiro. O levantamento diz respeito à economia norte-americana.
Para além da guerra, a semana que está perto de se encerrar não foi nada fácil para o investidor, com muita turbulência, bem como um pivô agressivo do Federal Reserve (Fed) alimentando as apostas de que a política monetária será apertada agressivamente em uma tentativa de conter a inflação descontrolada.
Larry Fink, CEO e presidente da maior gestora de ativos do mundo, a BlackRock, disse que a invasão da Ucrânia pela Rússia derrubou a ordem mundial que estava em vigor desde o fim da Guerra Fria.
“[A guerra] pôs fim à globalização que experimentamos nas últimas três décadas”, disse Fink em sua carta de 2022 aos acionistas. “Isso deixou muitas comunidades e pessoas se sentindo isoladas e olhando para dentro. Acredito que isso exacerbou a polarização e o comportamento extremista que estamos vendo na sociedade hoje.” A guerra já completa um mês.
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Europa
Na Europa, a Rússia está considerando vender seu petróleo e gás por bitcoin, à medida que as sanções do Ocidente se intensificam.
Em uma entrevista coletiva ontem, o presidente do comitê de energia da Duma da Rússia disse que quando se trata de países “amigáveis”, como China ou Turquia, a Rússia está disposta a ser mais flexível com as opções de pagamento.
Presidente da Duma, Pavel Zavalny disse que a moeda fiduciária nacional do comprador – assim como o bitcoin – estava sendo considerada forma alternativa de pagar pelas exportações de energia da Rússia.
Ásia
Na Ásia, o ministro das Relações Exteriores da China faz visita discreta a Nova Déli, hoje, na tentativa de encontrar um consenso sobre a Ucrânia.
O ministro Wang Yi já está na região para uma rodada de negociações com seu colega indiano Subrahmanyam Jaishankar e o conselheiro de segurança nacional indiano Ajit Doval.
Isso marca a primeira visita de alto nível entre os dois lados desde que confrontos sangrentos em sua fronteira contestada levaram à morte de 20 soldados indianos e pelo menos 4 chineses em junho de 2020.
Se eles avançarem, as negociações podem começar a aliviar seu relacionamento tenso, em um momento em que a China e a Índia enfrentam crescente escrutínio internacional por sua recusa em condenar a Rússia pela guerra de um mês na Ucrânia.
Como anfitriã da cúpula anual dos BRICS no final deste ano, segundo a CNBC, acredita-se que a China também esteja buscando a presença da Índia no fórum que colocaria Índia, China e Rússia na mesma mesa.
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Brasil
No Brasil, a lei que desonera tributos federais sobre diesel, biodiesel, gás de cozinha e querosene de aviação contém um risco para os cofres públicos ainda não calculado pelo governo e que deve fazer a perda de arrecadação superar os R$ 16,6 bilhões divulgados pelo Ministério da Economia. A informação é da Folha de S.Paulo.
Conforme o jornalão, a redação da Lei Complementar 192, sancionada sem vetos pelo chefe do Executivo, concede às empresas que compram combustíveis para seu próprio uso créditos tributários para abater valores de outros impostos devidos à Receita Federal, mesmo que não paguem nada de PIS e Cofins nessas operações devido à desoneração.
Ou seja, o texto não apenas zera PIS e Cofins sobre combustíveis como também vai gerar um crédito tributário para quem compra os produtos. Por isso, o impacto fiscal deve ser maior do que o anunciado.
Já o Estadão destaca que “jabuticabas” perduram na Petrobras e turbinam ganhos de funcionários. Com poder de pressão favorecido por “monopólio”, petroleiros mantêm regalias que só existem na estatal e vivem situação privilegiada no país.
O Globo, por sua vez, informa que o real apresenta o melhor desempenho frente ao dólar na comparação com uma cesta de 22 moedas, composta tanto por divisas de economias emergentes quanto de desenvolvidas.
Ontem a moeda americana engatou o sétimo pregão de queda ante o real e fechou cotada a R$ 4,8319, baixa de 0,25%, após atingir a mínima de R$ 4,7655.
É o menor nível de fechamento desde o pregão do dia 13 de março de 2020, quando a divisa terminou cotada a R$ 4,8127. No ano, o dólar já tem queda de 13,33% ante o real.
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Ibovespa: empresas
O Ibovespa encerrou a sessão do dia 24 em alta de 1,36%, aos 119.053 pontos, e com volume financeiro alcançando R$ 32,80 bilhões.
- ?Maiores Altas Ibovespa – R$?
BIDI11 21,32 +10,12%
MGLU3 6,60 +10,00%
CASH3 2,53 +9,05%
- ?Maiores Quedas Ibovespa – R$?
LWSA3 9,63 -7,05%
HAPV3 11,37 -5,09%
PRIO3 26,11 -4,50%
Mercados de Nova York
- Dow Jones: -0,03%
- S&P: -0,05%
- Nasdaq: -0,10%
Mercados Europa
- DAX, Alemanha: +0,71%
- FTSE, Reino Unido: +0,75%
- CAC, França: +0,72%
- FTSE MIB, Itália: +0,95%
- Stoxx 600: +0,73%
Mercados Ásia
- Nikkei, Japão: +0,14%
- Xangai, China: -1,17%
- HSI, Hong Kong: -2,47%
- ASX 200, Austrália: +0,26%
- Kospi, Coreia: +0,01%
Petróleo
- Brent (dezembro 2021): US$ 117,59 (-1,21%)
- WTI (novembro 2021): US$ 110,54 (-1,60%)
Ouro
- Ouro futuro (dezembro 2021): US$ 1.950,55 (-0,59%)
Minério de ferro
- Bolsa de Dalian: US$ 133,20 (+3,23%)
