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Política Cambial: Como funciona?

Política Cambial: Como funciona?

A política cambial afeta a vida dos cidadãos, mesmo daqueles que não costumam viajar para o exterior. Saiba tudo sobre esse importante instrumento de política econômica.

Por meio de sua política cambial, um país pode controlar a valorização e a desvalorização de sua moeda frente aos demais países. Esse é um instrumento de política econômica muito importante e que, no Brasil, é exercido pelo Banco Central (BACEN), em conjunto com o Conselho Monetário Nacional (CMN).

Saber o que é política cambial é importante, principalmente se você costuma viajar para o exterior ou se tem investimentos que podem ser afetados pelo câmbio das moedas estrangeiras.

Por isso, continue a leitura para saber mais sobre política cambial, o que é e como funciona esse importante mecanismo de regulação da nossa economia.

O que é a política cambial

De acordo com o BACEN, a política cambial pode ser definida como um conjunto de medidas que visam definir o regime das taxas de câmbio no Brasil. Assim, por meio da política cambial, o Brasil define as suas relações financeiras com o restante do mundo.

Política cambial e a política econômica

Aqui você pode acessar um artigo que fala acerca da política econômica. Caso você ainda não tenha lido, recomendamos essa leitura para entender melhor o assunto que estamos tratando aqui.

Em resumo, política econômica é um conjunto de ações de um determinado país com vistas a atingir certos objetivos relacionados à situação econômica dessa nação.

Esse é um tema muito importante, pois envolve a forma como o governo irá conduzir economicamente o país.

Entre os principais temas tratados no âmbito da política econômica estão:

  • O orçamento do governo;
  • A tributação;
  • A oferta de moeda;
  • As taxas de juros;
  • O mercado de trabalho.

Como se divide a política econômica

A política econômica de um país se subdivide em instrumentos. No Brasil, são três instrumentos principais: a política cambial, a política monetária e a política orçamentária.

Cada um desses instrumentos aborda um determinado ponto da economia do país e juntos determinam os rumos econômicos da nação.

A política monetária, por exemplo, tem como principal função o controle da quantidade de moeda em circulação no país.

A política fiscal atua na manutenção do equilíbrio das receitas e dos gastos do governo.

O que é política monetária 

A política monetária atua no controle da quantidade de moeda que está em circulação na economia de um país.

É por meio dela que o governo consegue manter o controle da inflação, ou seja, pode provocar ou impedir que ocorra um aumento generalizado nos preços dos produtos comercializados no país.

Em tempos de inflação baixa, o governo pode injetar mais dinheiro na economia, seja por meio da produção de mais dinheiro ou pela compra de títulos da dívida pública.

Com mais dinheiro em mãos, as pessoas passam a consumir mais, o que acaba provocando alterações nos preços dos produtos em razão da lei da oferta e procura.

Além disso, o governo também pode diminuir as taxas de juros do país, o que faz com que as pessoas e empresas possam contrair mais empréstimos.

Já quando o objetivo é reduzir a inflação, o poder executivo adota políticas monetárias contracionistas. Além da inflação, essas políticas também visam reduzir o consumo dentro do país, o que acaba diminuindo o seu PIB (Produto Interno Bruto).

A taxa básica de juros no Brasil é medida pela taxa Selic, que é definida pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) em reuniões que se realizam a cada 45 dias.

Política cambial e a Política fiscal

A política fiscal é muito importante do ponto de vista governamental, pois ela busca o equilíbrio das contas públicas.

Quando o poder executivo deseja aumentar as suas receitas, isso é feito por meio do aumento de impostos ou da criação de novos tributos.

Apesar de o governo arrecadar trilhões de reais anualmente por meio de impostos, esse dinheiro não é suficiente para cobrir todas as despesas.

Logo, a política fiscal visa justamente equilibrar as receitas e despesas públicas.

Já a política cambial, como o próprio nome deixa entender, é aquela que visa administrar as taxas de câmbio do país.

Entenda a política cambial

O Brasil adota a taxa de câmbio flutuante: o valor da moeda nacional frente às moedas estrangeiras varia a cada dia em função de uma série de fatores.

Assim, cabe a autoridade monetária brasileira, que é o Banco Central (BACEN), realizar a compra e a venda de moeda estrangeira para controlar essa volatilidade no câmbio.

As ações de política cambial podem gerar fortes impactos em diversos fatores macroeconômicos, tais como as importações e as exportações.

Quando a moeda estrangeira está em alta, é comum que os produtores nacionais direcionem o seu produto para exportação.

Com mais exportações, sobra menos produtos no Brasil, o que pode acabar afetando a inflação e os juros do país.

Para evitar que a nação sofra, o Banco Central compra e vende dólares, diariamente, com o intuito de não deixar que a nossa moeda fique desvalorizada no mercado.

Como funciona a política cambial dentro da política econômica 

No âmbito da política econômica de um país, a política cambial é um instrumento, juntamente com as políticas monetária e fiscal.

O principal objetivo do governo, por meio dessas políticas, é manter a economia do Brasil em estado de crescimento, tudo isso de uma forma constante, sustentável e equilibrada.

Não é nada fácil para o governo manter uma economia em crescimento, principalmente em um país de proporções continentais como o Brasil. Por isso, a cada ano, diversos ajustes são feitos de modo a regular a nossa economia de acordo com o cenário mundial e não deixar que ela entre em colapso.

Por meio das ações de política cambial, a autoridade monetária brasileira pode valorizar ou desvalorizar o Real frente às demais moedas que circulam no exterior, tais como o dólar, o euro e o iene.

Manter o câmbio da moeda nacional equilibrado é um desafio e tanto, pois uma valorização em larga escala pode provocar sérios problemas na economia, assim como acontece nos casos de uma grande desvalorização.

Por exemplo: se o governo deseja estimular as exportações, o BACEN pode adotar uma política cambial que desvalorize, mesmo que por um determinado momento, a moeda nacional. Dessa forma, como a moeda estrangeira estará valendo mais em nosso país, os produtores brasileiros se sentirão estimulados a vender os seus produtos no exterior.

Por outro lado, se o governo pretende adquirir uma grande quantidade de produtos fabricados no exterior, poderá adotar uma política de valorização da moeda nacional durante um certo período. Dessa forma, o preço pago pelo produto importado será menor, contudo, é preciso ter cuidado, pois isso também pode acabar desestimulando os demais países a importar os produtos brasileiros.

Política cambial: quais são os mecanismos

Há, também, a possibilidade de se utilizar uma série de mecanismos voltados para o controle do câmbio e da evasão de divisas, que é a moeda estrangeira quando se trata de operação de câmbio. Entre essas medidas estão a fixação de taxas múltiplas de câmbio, como “turismo”, “comercial” e “financeiro”. Além disso, também é possível adotar medidas que visam favorecer algum setor da economia.

A partir de agora, sempre que você for realizar algum tipo de transação no Brasil que envolva alguma moeda estrangeira, lembre-se que por trás da simples conversão desses valores para a nossa moeda local há uma política complexa e fundamental para o equilíbrio econômico do país.

Política cambial: quais os regimes cambiais e como eles funcionam

É função do Conselho Monetário Nacional (CMN) definir o regime cambial a ser seguido no Brasil. Em seguida, cabe ao BACEN assegurar o adequado funcionamento desse regime.

Existem, basicamente, três tipos diferentes de regime cambial que podem ser adotados por um país e é importante conhecê-los:

Câmbio flutuante: é aquele em que o preço da moeda “flutua”, isto é, varia livremente no mercado de moedas mundial. A oferta e a procura por moeda estrangeira é que determina a taxa de câmbio;

Câmbio fixo: nesse regime, o governo estipula um preço fixo para a moeda nacional e não permite variação de seu preço em relação às demais moedas. Para que seja possível manter esse regime é necessário que o país detenha uma grande reserva em moeda estrangeira;

Banda cambial: é um regime híbrido entre os dois anteriores. Nele, o preço da moeda nacional pode flutuar, contudo, fica restrito a um limite superior e inferior, não podendo o seu preço ultrapassar esses limites.

Também é importante destacarmos os conceitos de apreciação e depreciação cambial.

Quando o governo percebe que há um volume excessivo de exportações e o preço dos produtos estrangeiros no país está elevado, pode realizar uma apreciação cambial, que consiste no aumento do preço da moeda local. Assim, o estrangeiro que quiser comprar produtos no Brasil precisará pagar mais por ele, já o brasileiro que quiser comprar no exterior pagará um preço menor pelo produto.

Já a depreciação cambial é o contrário da apreciação, ou seja, o governo diminui o preço da moeda local, o que faz com que os estrangeiros precisem pagar menos para importar o que é produzido aqui. Esse tipo de manobra é utilizada quando o governo deseja tornar o país mais competitivo frente a outras economias no exterior e tornar os nossos produtos mais atrativos para o restante do mundo.

Qual é a política cambial adotada pelo Brasil?

Desde 1999, o Brasil adota o regime do câmbio flutuante, em que o preço da moeda varia livremente a depender da oferta e da demanda por ela. Antes disso, entre 1994 e 1999, anos iniciais do novo Plano Real, a política cambial brasileira adotava o regime de banda cambial, com limites para o preço da moeda.

No entanto, o regime brasileiro tem uma peculiaridade, pois é a chamada “política cambial flutuante suja”, uma vez que, apesar de flutuar livremente, o BACEN conta com o poder de aumentar ou reduzir o preço do Real quando for preciso esse tipo de intervenção.

Em outros países, que não adotam esse regime flutuante “sujo”, o preço da moeda não sofre a interferência de seus Bancos Centrais.

Como a política cambial pode afetar a sua vida

Você pode até nunca ter feito uma transação envolvendo moeda estrangeira, mas, ainda assim, a política cambial do Brasil interfere em sua vida de diversas maneiras.

Desde o cafezinho que você toma pela manhã, até mesmo seus investimentos, são afetados pela política cambial adotada pelo BACEN.

O preço dos produtos importados e exportados são afetados pela taxa de câmbio. Assim, quando ocorre a flutuação, as importações e as exportações feitas pelo Brasil podem ser afetadas.

Dessa forma, se há mais produtos deixando o Brasil, o preço no mercado nacional pode aumentar, o que causa inflação e a consequente perda do poder de compra do seu dinheiro. Uma inflação alta pode reduzir o rendimento real de alguns tipos de aplicações, além de fazer sobrar menos dinheiro em seu bolso.

Por outro lado, se o país aumenta muito o preço da moeda nacional, os estrangeiros podem acabar sendo desestimulados a comprar de nossos produtores. Isso pode levar a um forte desaquecimento da indústria nacional, o que poderia acarretar um aumento no desemprego por conta do fechamento de diversos postos de trabalho.

É por isso que é tão importante para um país manter uma política cambial equilibrada, pois, caso contrário, os efeitos poderão ser catastróficos.

Os investimentos podem ser afetados pela política cambial?

Sim. Os investimentos, de uma maneira geral, têm uma relação muito próxima à política cambial adotada no país.

As aplicações feitas por investidores brasileiros no exterior são as que mais sofrem as influências da política cambial, afinal, nesse tipo de operação, o câmbio é determinante para saber quanto de lucro alguém poderá ter.

Existem várias formas de se investir no exterior. Entre elas, podemos destacar os fundos de investimentos estrangeiros, que podem ser encontrados em diversas corretoras brasileiras. Outra maneira é por meio dos chamados Brazilian Depositary Receipts (BDR), que são certificados negociados na B3 (Bolsa de Valores brasileira).

Sobre política cambial: entenda os BDRs

Os Brazilian Depositary Receipts são títulos que representam ações de empresas estrangeiras. Porém são negociados aqui no Brasil, na bolsa de valores, e em reais. Logo, esse investimento está sujeito às leis brasileiras para todos os fins, inclusive no que diz respeito à tributação dos rendimentos.

Quando adquire um BDR, o investidor passa a ter uma ação ou parte de uma ação de uma companhia estrangeira. Dessa forma, possui alguns direitos de sócios, entre eles o recebimento de dividendos, se isso fizer parte da política da empresa lá fora.

Política cambial: entenda os ETFs 

Também é possível investir no estrangeiro por meio das Exchange Traded Funds (ETF), também negociadas na B3, e por meio dos Certificados de Operações Estruturadas (COE), que é uma espécie de pacote de operações financeiras que envolvem uma série de papéis cujo rendimento pode ser pago por meio de juros ou derivativos.

Basicamente, os ETFs são fundos de investimento negociados na bolsa de valores, também chamados de “fundos de índices”. Isso porque o objetivo desse investimento é replicar determinado índice, como o Ibovespa, por exemplo.

Dessa forma, os ETFs acabam apresentando desempenho semelhante ao seu índice de referência. Logo, a rentabilidade do BOVA11, por exemplo, acompanhará a evolução das ações que compõem o Ibovespa.

Assim como qualquer outro fundo, um Exchange Traded Fund é gerido por um profissional, que faz as operações de compra e venda. Logo, para aplicar em um ETF, é preciso apenas comprar as cotas.

Falando em investimentos e a política cambial vamos entender agora a relação com o Ibovespa.

Política cambial e a bolsa de valores

A renda variável entra em xeque no Brasil em razão de fatores macroeconômicos, como os juros.

Outro fator que sempre deixa o mercado em suspenso diz respeito ao ruído político. Esse ambiente fica mais acirrado com as eleições em ano de eleição. 

Para se ter ideia, o Ibovespa apresentou, pela primeira vez na história, níveis de volatilidade anual inferiores aos do S&P 500, principal referencial acionário dos EUA.

A bolsa brasileira se manteve no último ano, entre 19 e 21 pontos de volatilidade. O referencial americano, que chegou a ficar abaixo dos 12 pontos em novembro, agora se aproxima dos 22. Desde 2002, a volatilidade média do Ibovespa é de 26,83 pontos, e a do S&P 500, de 17,55 pontos.

A bolsa em anos eleitorais

Na realidade, não existe, de fato, um padrão para o desempenho da bolsa de valores em anos eleitorais. O que se vê, no geral, é um desempenho semelhante de acordo com as características do pleito.

Na primeira eleição de Lula, em 2002, na segunda eleição de Dilma em 2014, e na eleição de Bolsonaro, em 2018, o mercado tinha muitas inseguranças sobre como seriam os governos dos novos presidentes em primeiro mandato.

O que se percebe é sempre o medo de que o novo ocupante do Palácio do Planalto traga mudanças radicais para a economia.

Já em outros pleitos, como de 2006 e 2010, o mercado encarava os favoritos à presidência com tranquilidade.

Política cambial: como proteger os investimentos das volatilidades?

De acordo com Denys Wiese, economista e head de renda fixa da EQI Investimentos, para fazer uma boa escolha nas urnas, o eleitor deve compreender a lógica que embasa o plano de governo dos candidatos.   

O economista explica que a atuação dos governos, de modo geral, está sempre com foco no aumento da demanda em determinados setores. Essa premissa, segundo o especialista da EQI, é um equívoco.

“Fazer isso cria um efeito ilusório de prosperidade, que não se sustenta por muito tempo. É por isso que é necessário entendermos a lógica das políticas públicas. Por meio delas, podemos identificar quais são os setores que irão se sair melhor”, explica.

Política cambial: a taxa Selic e o dólar

Outros indicadores nos quais o investidor precisa ficar atento também são as projeções de taxa Selic, Produto Interno Bruto (PIB) e dólar. Estes dados podem ser encontrados no Boletim Focus, divulgado toda semana pelo Banco Central.

Política cambial e os melhores investimentos

Se você deseja conhecer mais a fundo os tipos de investimentos e sua relação direta com a política cambial ou mesmo saber como é possível investir no exterior com segurança e praticidade, converse com um assessor da EQI Investimentos. 

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Como visto anteriormente, as aplicações de renda fixa também podem sofrer, de certa forma, caso não haja equilíbrio. Um possível aumento da inflação pode acabar reduzindo o ganho real com essas aplicações, o que é bastante indesejável, principalmente para quem deseja investir no longo prazo.

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