Quer saber como começar a investir, mas tem dúvidas? Então confira este guia básico sobre investimentos e saiba por onde começar e o necessário para não ser enganado.
Já ouviu alguma vez aquela expressão: “faça o seu dinheiro trabalhar por você”? De uma maneira resumida, ela define basicamente a principal razão da existência dos investimentos.
Quando você investe, o seu dinheiro passa a render juros que, com o passar do tempo, farão o seu patrimônio crescer de forma sustentável e eficiente.
O mercado financeiro está repleto de opções de investimentos, cada uma voltada para um tipo de investidor e a objetivos específicos.
Pode ser que você esteja começando nessa jornada, o que queira investir com pouco dinheiro. Seja qual for o caso, há sempre um melhor investimento para cada situação.
Quem deseja começar a investir deve, em primeiro lugar, buscar informações sobre o mercado de seu interesse, seja ele o de renda fixa ou de renda variável.
Isso é o básico para que você não seja enganado por pessoas mal-intencionadas, que podem oferecer produtos que não são investimentos como se eles fossem a melhor aplicação do mundo.
Por isso, preparamos esse guia básico sobre investimentos com todas as informações necessárias para quem está iniciando ou deseja saber mais sobre os investimentos.
Após essa leitura, você terá condições de escolher as aplicações que mais combinam com o seu perfil e poderá iniciar a sua jornada como investidor.
O que é o investir e a importância de transformar em hábito
Nas sábias palavras de Robert Kiyosaki no livro “Pai Rico, Pai Pobre”, investir nada mais é do que colocar o seu dinheiro para trabalhar para você.
Em regra, as pessoas pensam que só é possível ganhar dinheiro por meio do trabalho, seja como assalariado, gerando riqueza para alguém, ou trabalhando por conta própria.
Há um grande problema nesse sistema, pois, caso você queira ter mais dinheiro, consequentemente precisará trabalhar mais, o que pode gerar um grande desgaste em pouco tempo.
Além disso, quem trabalha mais pode sim ganhar mais dinheiro, contudo, faltará tempo livre para aproveitá-lo.
Então, como ganhar mais dinheiro sem ocupar todo o seu tempo? A resposta para essa pergunta está justamente nos investimentos!
Quando você investe o seu dinheiro e o coloca para trabalhar para você, a renda gerada por ele pode ser utilizada para muitas coisas como fazer uma viagem, pagar os estudos dos seus filhos, comprar uma casa ou, até mesmo, se aposentar mais cedo e viver de renda.
O vídeo abaixo ilustra como os investimentos podem gerar frutos (rendimentos) para o investidor. Se quiser assistir outros, assista a “Jornada do Investidor“
Investir é diferente de poupar
Algo que é bastante comum é a confusão entre investir e poupar. Na prática, essas ações não são a mesma coisa.
Como você viu anteriormente, investir significa colocar o seu dinheiro para trabalhar para você, gerando renda com o passar do tempo na forma de rendimentos.
Por outro lado, poupar significa guardar dinheiro, seja em casa em um cofrinho, debaixo do colchão ou até mesmo em uma conta corrente em um banco.
Quem poupa, diferentemente de quem investe, não tem nenhum rendimento do seu dinheiro.
Apesar de o hábito de poupar ser algo bastante positivo, até mesmo do ponto de vista dos investidores, ele não traz nenhum retorno.
Por isso, o ideal é transformar o dinheiro poupado em dinheiro investido, pois, dessa forma, você pode fazer com que esse dinheiro, que antes estava parado, comece a trabalhar por você e a gerar renda.
O que são investimentos?
Agora que você já sabe o que é investir e a diferença com relação ao hábito de poupar, o próximo passo nesse guia básico sobre investimentos é definir o que são os investimentos.
Investimentos podem ser entendidos como produtos (títulos) emitidos por instituições ligadas ao mercado financeiro, sejam elas empresas privadas ou o próprio governo.
O principal objetivo dessas instituições ao emitir títulos é captar recursos no mercado de uma forma mais barata do que por meio de um empréstimo bancário.
Na realidade, a maioria deles funciona como uma espécie de empréstimo às avessas, ou seja, no lugar de você tomar dinheiro emprestado em uma dessas instituições, é você quem empresta dinheiro a elas.
Em troca desse “empréstimo”, você pode ser remunerado com rendimentos (juros) ou algum outro tipo de benefício.
O descrito acima retrata a base do funcionamento dos investimentos chamados de renda fixa, contudo, o mercado também conta com a renda variável, que é uma modalidade em que você faz negócios diretamente na Bolsa de Valores.
A seguir, falaremos um pouco mais sobre os tipos de investimentos disponíveis no mercado e sobre esses segmentos.
Tipos de investimentos oferecidos no mercado
Os tipos de investimentos que o mercado oferece se resumem em duas categorias, são elas: renda fixa e renda variável.
Renda Fixa
A renda fixa é o mercado em que você encontra opções de investimento com baixo risco e taxas de rentabilidade mais estáveis, sendo ideal para quem está começando ou para quem tem um perfil mais conservador.
Nesse mercado, quando você adquire um título público ou privado, na maioria das vezes, já saberá o rendimento dessa aplicação logo no momento da contratação.
Lembra que falamos que alguns investimentos funcionam como uma espécie de empréstimo às avessas? É na renda fixa que vemos isso mais claramente.
Para que você possa entender perfeitamente o que estamos falando, vamos utilizar como exemplo um CDB (Certificado de Depósito Bancário) que é um dos investimentos em renda fixa mais populares do mercado.
Quando você adquire um CDB por R$ 5.000,00, esse dinheiro é direcionado para a instituição emissora do título, que o utilizará em diversas operações durante um certo período.
Em troca desse “empréstimo”, o emissor irá pagar uma remuneração ao investidor na forma de juros.
Essa remuneração pode ser definida no momento da contratação do CDB (prefixado) ou pode ser variável, atrelada a algum indicador da economia como o CDI (taxa mais utilizada para remunerar os investimentos de renda fixa).
Caso a aplicação seja do tipo prefixada, quando você adquirir esse CDB, saberá o quanto irá receber no momento do resgate. Exemplo: 7,5% ao ano.
Já no caso das aplicações pós-fixadas, o retorno será medido com base em um percentual de algum indicador da economia. Exemplo: 120% da CDI.
Há, também, algumas aplicações que trabalham sob um regime misto, ou seja, além de receber uma remuneração prefixada, você também recebe outra pós-fixada no momento do resgate. Exemplo: 4,5% + IPCA.
Renda variável
O mercado de renda variável é onde são negociadas as ações das principais companhias do país via Bolsa de Valores, que no Brasil é conhecida como B3.
Nesse mercado, os resultados podem oscilar bastante, por isso é recomendável ter cautela na hora de fazer os seus investimentos, principalmente se estiver começando.
Diferentemente do que acontece na renda fixa, a renda variável é considerada um mercado em que há um maior risco para o investidor, contudo, o potencial de ganhos também é bem maior.
Na B3 são negociados diariamente ações, opções, ETFs, contratos futuros, moedas, commodities, fundos imobiliários, dentre muitos outros produtos.
Quem adquire um desses produtos está, na realidade, comprando parte de uma empresa, de um imóvel ou de alguma commoditie.
Ou seja, você tem a chance de se tornar sócio das principais empresas brasileiras ou de ser dono de grandes empreendimentos imobiliários, por exemplo.
Na medida em que ocorrem as negociações ao longo do pregão, o preço dessas ações, fundos ou commodities sobe e desce por diversas vezes. Essa é a razão do nome “renda variável”.
Confira, no vídeo a seguir, as principais diferenças entre renda fixa e renda variável:
Isso NÃO é investir
Neste guia básico sobre investimentos, não poderíamos deixar de listar algumas “pegadinhas” que existem no mercado, nas quais você não deve cair.
Muitas pessoas mal-intencionadas estão por aí, oferecendo o que eles chamam de “investimento” e prometendo retornos altíssimos em um curto espaço de tempo.
No entanto, isso pode ser um golpe.
É importante destacar que investir não é o mesmo que apostar o seu dinheiro em algo incerto com a promessa de receber um bom lucro por isso.
Os investimentos de verdade passam por uma grande regulamentação feita pelo governo, justamente para impedir que as pessoas possam ser prejudicadas por alguns aproveitadores.
Outro ponto de atenção envolve as aplicações que não podem ser consideradas como um investimento, tais como os títulos de capitalização, as poupanças premiadas e outros péssimos produtos, normalmente oferecidos nos grandes bancos.
Carro e casa própria, em alguns casos, também não são considerados investimento, pois acabam gerando muitos custos e isso retira toda a rentabilidade que você poderia ter com eles.
Assim, antes de começar a investir, o ideal é que você busque conhecimento acerca do mercado e estude bastante sobre as aplicações de seu interesse.
Você também pode contar com uma ajuda profissional neste momento, como a de um assessor de investimentos. Contudo, nunca, jamais procure o gerente do seu banco se quiser investir.
Para saber mais sobre os investimentos, assista ao vídeo a seguir:
Risco, liquidez e rentabilidade
O mercado de investimentos é regido por uma tríade que envolve o risco, a liquidez e a rentabilidade.
Quanto maior o risco de uma aplicação, maior será a sua rentabilidade. Já quanto menor for esse risco, menor será o resultado que pode ser obtido com ela.
A liquidez diz respeito à facilidade em transformar um determinado ativo em dinheiro.
Uma casa, por exemplo, é considerada um ativo de baixa liquidez, pois é possível que você leve anos para conseguir vendê-la ou tenha que fazer isso a um preço bem abaixo do de mercado se quiser vender rapidamente.
Já a poupança é um investimento de alta liquidez, pois o dinheiro depositado nela pode ser sacado a qualquer momento.
Quando a liquidez de um ativo é muito alta e o risco da aplicação é baixo, normalmente o seu rendimento também será baixo. Esse é o caso da poupança.
Já quando a liquidez é baixa, normalmente o rendimento é maior para atrair os investidores.
É praticamente impossível encontrar um investimento de baixo risco, alta liquidez e alta rentabilidade.
Normalmente, esses elementos são opostos, ou seja, quando um é alto, o outro é baixo e vice-versa.
Assim, o investidor deve estudar a aplicação de seu interesse e verificar se ela é compatível com os seus objetivos e o seu perfil de investidor.
Na renda variável, por exemplo, a liquidez e a possibilidade de ter um bom rendimento são altas, contudo, o risco também é alto.
Já em algumas aplicações de renda variável com baixo risco e alta liquidez, o rendimento costuma ser baixo.
Para entender melhor como você deve escolher o melhor investimento, continue a leitura do próximo tópico, pois falaremos acerca dos perfis de investidor existentes em nosso guia básico sobre investimentos.
Conheça o seu perfil de investidor
Assim como cada pessoa é única, cada investidor possui um perfil diferente e isso deve ser sempre levado em consideração.
Neste guia básico sobre investimentos, definiremos os três principais tipos de perfis de investidor, são eles:
- Conservador;
- Moderado; e
- Arrojado.
Pessoas com perfil conservador são aquelas que não gostam de se submeter aos riscos do mercado financeiro e, portanto, preferem investir em aplicações mais seguras.
Para esse perfil, o ideal é começar em aplicações que contem com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) ou no Tesouro Direto, que é uma das aplicações mais seguras do Brasil.
As pessoas com perfil moderado são aquelas que já aceitam correr algum risco, contudo, ainda prezam pela segurança na hora de fazer os seus investimentos.
Para elas, o Tesouro Direto é recomendado, bem como alguns tipos de aplicação em fundos de investimentos, inclusive os FIIs (Fundos de Investimentos Imobiliários), que são negociados na Bolsa de Valores.
Já as pessoas com perfil arrojado (também conhecido como agressivo) são aquelas que aceitam correr mais riscos em troca de uma boa recompensa, que se dará na forma de rendimentos maiores.
Para os arrojados, os investimentos na Bolsa de Valores são recomendados, contudo, é preciso adotar uma estratégia de diversificação dos investimentos para não correr o risco de perder tudo.
Se você ainda não sabe exatamente qual é o seu perfil de investidor, aproveite para fazer aqui o seu teste de perfil de investidor.
Após responder algumas perguntas simples, o resultado mostrará o seu estilo como investidor e, também, quais são as aplicações mais recomendadas de acordo com o seu perfil.
Passo a passo para começar a investir
Agora que você já acumulou uma boa bagagem sobre o mercado de investimentos, chega a hora de finalmente começar a investir.
Para te ajudar, elaboramos um pequeno passo a passo em nosso guia básico sobre investimentos que tornará esse processo ainda mais simples. Confira!
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Abra uma conta em uma corretora de valores
Apesar de os grandes bancos do mercado oferecerem aos seus clientes algumas opções de investimentos, quase sempre eles oferecem baixos rendimentos e só geram lucro para o próprio banco.
Por isso, a melhor opção para quem deseja começar a investir é abrir uma conta em uma corretora de valores, que são instituições voltadas especificamente para investimentos.
Após escolher a corretora que mais combina com você, basta preencher o formulário de criação de sua conta e aguardar que ela seja liberada.
A vantagem é que, na maioria das vezes, todo esse processo pode ser feito online, ou seja, você não precisará se deslocar até a instituição e entregar uma papelada para abrir a sua conta.
A EQI Investimentos é parceira da XP Investimentos, que é uma das maiores e mais consolidadas corretoras do Brasil.
Confira, no vídeo abaixo, o passo a passo para abrir a sua conta na XP Investimentos e começar a investir:
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Transfira dinheiro para a sua conta na corretora
Depois de aberta a sua conta na corretora, o próximo passo é transferir dinheiro para ela, o que pode ser feito diretamente de sua conta bancária.
Nesse ponto é preciso ter cuidado para não pagar as altas taxas cobradas pelo banco para a realização de transferências.
Uma boa dica para cortar esses gastos é ter uma conta em algum banco digital, que não cobre taxas para a realização de transferências.
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Escolha os produtos e comece a investir
Uma vez que você já tenha dinheiro em sua conta na corretora, o próximo passo é escolher os investimentos que mais se adequam ao seu estilo e objetivos e começar a investir.
Para te ajudar nessa escolha, a EQI Investimentos conta com um serviço gratuito de assessoria de investimentos, que pode te ajudar bastante.
Preencha o formulário que está ao final desta página para receber um contato de um de nossos assessores.
Com base em sua experiência, esse assessor poderá te orientar quanto aos investimentos mais adequados para compor a sua primeira carteira ou fazer um diagnóstico de suas atuais aplicações, apontando possíveis melhorias.
Considerações finais
Esperamos que a leitura deste guia básico sobre investimentos tenha sido útil para você e que as informações obtidas por meio dele façam a diferença daqui em diante.
Se precisar de ajuda ou tiver alguma dúvida ao longo dessa jornada, a equipe da EQI Investimentos estará sempre a sua disposição.
Aproveite para ler os demais conteúdos disponíveis aqui no nosso portal, pois há diversos artigos que falam sobre todos os tipos de investimentos que o mercado oferece.
Conheça também o canal EuQueroInvestir, no YouTube, pois nele também há um conteúdo diversificado sobre investimentos que irá agregar bastante conhecimento.
Até a próxima e bons investimentos!
Quando, onde e quanto investir
O teste de perfil de investidor criado pela equipe da Euqueroinvestir.com pode ser usado como base para você identificar seu perfil como investidor: conservador, moderado ou agressivo.
Conhecer o próprio perfil como investidor e ter claro o objetivo com os investimentos, é a base para identificar os melhores investimentos, afinal, não existe o melhor investimento, o que existe é o melhor investimento para o perfil e objetivo do investidor.
No entanto, o teste de perfil é só o começo, o primeiro passo em sua caminhada enquanto investidor. Entender mais profundamente seu perfil e ter claro os objetivos quanto a prazos de investimentos, é uma tarefa um pouco mais sofisticada e exige uma análise mais criteriosa.
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