Mesmo depois de anos para ficar pronta e com gastos de R$ 40 bilhões, a Usina de Belo Monte não produz energia suficiente. Desde o início do projeto, foi constatado que a oscilação no nível do Rio Xingu não era o suficiente para conseguir gerar a energia necessária.
Mas, mesmo obtendo essas informações a Usina Hidrelétrica de Belo Monte foi construída, e a empresa responsável, Norte Energia entrou com um novo pedido recentemente. Segundo informações da reportagem do Estadão, o pedido feito à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), solicita a autorização para que seja alterado o estatuto social da agência. Para que a Norte Energia seja liberada a construir usinas térmicas ao redor de Belo Monte, para compensar a baixa produção no local.
A justificativa para esse plano de construção, segundo a reportagem, é de que a barragem principal utilizada precisa ficar desligada por cinco meses todos os anos.
Isso devido a baixa vazão do Rio Xingu, a estrutura corresponde a 98% da capacidade de geração da Usina.
Sendo necessário para funcionar, cerca de 11 mil megawatts, contra apenas 233 megawatts da barragem complementar. Com a baixa da evasão, as máquinas precisam ser todas desligadas para não correr o risco de entrar em pane.
Na reportagem do Estadão, a advogada do Instituto Socioambiental (ISA), Biviany Rojas, comentou sobre o pedido da Norte Energia. Segundo Rojas: “A instalação de termelétricas desmoraliza todo o discurso de escolha política por geração de energia hidrelétrica na floresta Amazônica. Se era para produzir energia termelétrica não precisava barrar o Rio Xingu.”
A polêmica de Belo Monte
Desde sua construção, a usina hidrelétrica de Belo Monte esteve envolvida em polêmicas. Devido ao fato de gerar impactos negativos no meio ambiente. E também, afetar a vida dos grupos indígenas e as populações ribeirinhas. Onde obtinham seu sustento pela pesca realizada no Rio Xingu.
Segundo o portal Mundo Educação, as obras para construir Belo Monte foram interrompidas muitas vezes desde seu início em 2011. Muitos protestos e ocupações foram realizadas por índios e ambientalistas, preocupados com o meio ambiente do local. Além de também ter ocorrido intervenções do Ministério Público na obra e do Tribunal Regional Federal até sua conclusão.
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