Marco Antonio Bologna é parceiro na Galápagos Capital, uma companhia de investimentos e gestora de recursos formada por executivos com grande experiência no mercado financeiro, e focada em alocar capital proprietário e de terceiros em ativos ilíquidos.
Ele é um dos entrevistados do quarto dia da Money Week, semana de entrevistas e palestras online organizada pelas Transformação Digital e EuQueroInvestir!, de 25 a 29 de novembro, cujo conteúdo está total e gratuitamente disponível neste link.
Da mesma forma que muitos no mercado financeiro, Bologna está bastante empolgado com o novo momento da economia brasileira: “O Brasil está entrando numa rota de crescimento A preocupação que sempre fica é saber de quanto é esse crescimento. É uma nova dinâmica. A queda da taxa de juros, que a gente está observando não só no país, como no mundo, vai levar a um novo comportamento de investimentos, visando o mercado de capitais em geral”.
A construção civil é um dos motores, seja na demanda de infraestrutura, seja na demanda de habitação.
Infraestrutura
Dentro dessa nova dinâmica, está o investimento pesado na infraestrutura que o país necessita. O mercado de capitais está atento a isso, como bem observa Bologna: “Temos um endereçamento muito importante na infraestrutura e logística do Brasil. A gente sabe a carência que o país tem em aeroportos, portos, rodovias, ferrovias, integração modal. É um momento muito positivo. O Brasil chegou a uma realidade que é do investimento na infraestrutura feito pelo setor privado e pelo mercado de capitais. O modelo que nós tínhamos, impulsionado somente pelo recurso público, sabemos que não tem mais espaço”.
Há também “a consciência da liberação de capitais”, lembra o gestor, referindo-se à abertura para 100% de capital estrangeiro, permitindo mais competitividade, especialmente no modal aéreo. Na aviação, atesta Bologna, “há não só a vinda de capital estrangeiro, mas de novos players”.
Home equity
Na parte de habitação, o impulso do crescimento econômico pode gerar uma nova aceleração no mercado imobiliário e, com isso, “o grande incentivo agora é para o home equity – um financiamento utilizando uma garantia imobiliária -, que podemos comparar ao mortgage americano”, diz Bologna. É onde a pessoa tem um ativo imobiliário e, em resumo, o crédito é garantido por um imóvel, no qual o credor é dono do bem até o pagamento da dívida.
“Existe hoje um instrumento legal que é muito fácil para garantir o crédito (para compra do imóvel)”, continua. É “a alienação fiduciária – houve um avanço nessa legislação e está havendo um avanço na parte de registro dessas garantias, com a autoridade monetária do Banco Central dando um incentivo muito grande no desenvolvimento desse produto, para o barateamento do custo do crédito”.
“Com uma garantia real, você pode utilizá-lo para tomar recursos, para aliviar o endividamento a uma taxa mais baixa. Não só para endividamento. O cliente pode querer fazer um investimento, abrir um negócio para o qual ele precisa de recursos. Além de outras fontes, ele pode pegar um recurso adicional, utilizando um imóvel que ele tenha, recebendo o recurso e fazer o investimento, a longo prazo e a taxas bastante equacionáveis”, explica Bologna.
A solidez do home equity
Há várias finalidades para a utilização do home equity. “É um recurso muito adequado, porque é de longo prazo. E por que ele tá aparecendo hoje? Porque temos alongamento de prazo. Existe uma tendência pelo mercado de capitais, com uma economia mais previsível, inflação controlada, com taxas de crescimento, e juros baixíssimos, em que o investidor que tem bastante liquidez e quer procurar um juro real, tem que sair do conforto do curto prazo, tem que alongar prazo para ter prêmio”.
Bolgona continua: “O home equity vai oferecer para esse investidor, não só para quem tomou o ’empréstimo’, a garantia imobiliária, que é bastante sólida, desde que o arcabouço legal e jurídico se fortaleça”.
Quando se ouve falar de home equity, parece uma realidade bastante distante do brasileiro, mas é um setor que está sendo desburocratizado e vai se potencializar.
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