A Moderna (M1RN34) é uma empresa do setor de biotecnologia que ganhou destaque entre investidores nos últimos dois anos. Afinal, ela desenvolveu a tecnologia de RNA mensageiro, usada em sua vacina contra o COVID-19.
Quem é a Moderna
O biólogo canadense Derrick Rossi, em parceria com outros colegas da Faculdade de Harvard, fundou a marca para aprimorar algo que ele descobriu durante seus estudos em Stanford entre 2005 e 2009.
Ele criou um método para modificar o RNA mensageiro. Assim, é usado não apenas em vacinas, mas também no tratamento de doenças raras. Além disso, produz terapias para males do coração e câncer.
No momento a Moderna (M1RN34) possui uma linha de produção, com pelo menos 23 programas de tratamento para diversos problemas. A princípio, 15 deles já entraram em estudos clínicos.
História da Moderna
Em 2010 Derrick fundou a empresa com objetivo de aprimorar e usar a tecnologia do RNA mensageiro para vários tipos de tratamentos. O biólogo contou com o investimento de outros colegas da faculdade de Harvard para iniciar o negócio.
Já em 2011, Afeyan, o maior acionista, contratou o CEO Stéphane Bancel. Após dois anos à frente da companhia, ela alcança o patamar de unicórnio, ou seja, U$ 1 bilhão em valor de mercado.
Ao longo dos próximos anos, outros investimentos chegaram, inclusive uma parceria no valor de U$ 240 milhões com a AstraZeneca para desenvolver o RNA mensageiro para medicamentos de combate ao câncer, doenças do coração e renais.
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Como investir em BDRs?
Os investidores brasileiros podem ter acesso aos chamados BDRs – Brazilian Depositary Receipts.
Eles são ativos que representam ações de empresas estrangeiras.
Quem adquire um BDR está, indiretamente, participando de uma empresa no exterior. E terá direito aos dividendos distribuídos pela companhia lá fora.
Funciona mais ou menos como um fundo de investimento. O investidor não vira o dono da ação, portanto não é sócio da empresa em questão.
Para comercializar um BDR, a instituição emissora do papel adquire várias ações de empresas estrangeiras. Depois monta um “pacote” e vende partes dele aos investidores. Logo, esses títulos são como cotas.
O IPO
Em dezembro de 2018 aconteceu o IPO da Moderna (M1RN34), por meio da maior oferta pública inicial da história, que levantou U$ 621 milhões. Foram 27 milhões de ações com custo de U$ 23 cada.
Porque a Moderna ficou famosa
Apesar de seus avanços tanto na ciência, quanto nos investimentos desde o início da empresa em 2010, a Moderna ficou mundialmente conhecida por conta da pandemia. Afinal, em 2021 a sua vacina contra a COVID-19 foi aprovada em 70 países.
Com a Spike Vax a marca começou a operar de modo internacional. A princípio, vendeu 807 milhões de doses, e terminou o ano com contratos assinados que somavam U$ 19 bilhões para o ano seguinte.
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Qual seu último balanço e desempenho atual
O seu faturamento no primeiro trimestre de 2021 foi de US$ 1,7 bilhões. É possível acompanhar um crescimento significativo neste volume. Tanto em vendas dentro dos Estados Unidos, quanto ao redor do mundo.
Durante este mesmo ano, ocorreu um salto na receita, uma vez que no quarto trimestre a empresa passou a vender as doses da vacina para o resto do mundo, e não apenas nos Estados Unidos. Confira os valores por trimestre em 2021:
- Março – US$ 8,2 bilhões;
- Junho – US$ 12,2 bilhões;
- Setembro – US$ 15,3 bilhões;
- Dezembro – US$ 17,6 bilhões.
Resultados das vendas
Em todo o ano de 2021 foram 807 milhões de doses comercializadas, o que gerou para a Moderna (M1RN34) todo este faturamento em vendas.
Além dos acordos já assinados para compras de novas doses, a companhia ainda possui em torno de US$ 3 bilhões de opções de contrato para o ano de 2022.
Como estão as ações do início do ano até aqui
Desde seu IPO, as ações da empresa por muito tempo estiveram estáveis, sem grandes valorizações. Após se tornar pública, seus ativos valiam em torno de US$ 18. Com a pandemia, aconteceu o primeiro grande salto para US$ 69 em maio de 2022.

A Moderna valorizou muito no mercado após a pandemia.
O COVID-19 com certeza contribuiu para o aumento do valor de mercado da marca. Assim, em setembro de 2021, uma ação da companhia custava US$ 449,38.
Em fevereiro o valor da Moderna (M1RN34) começou a cair. O que pode ter acontecido devido ao controle da pandemia, apesar de suas projeções de crescimento de 20% para este ano.
Números recentes
Mesmo com toda a crise econômica no mundo, no início do mês de março as ações da empresa voltaram a valorizar, em média 5,13% ao dia, após uma forte queda no dia 14 de março.
A alta é um reflexo da aprovação da quarta dose de reforço para adultos, o que a tornou a segunda vacina aprovada de modo total pela da Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA).

A Moderna está se recuperando após aprovação da vacina de reforço para adultos.
O que esperar da Moderna
A Moderna (M1RN34) possui algumas controvérsias que podem afetar seu valor de mercado. Como por exemplo, a disputa pela patente de um componente da vacina de COVID com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos.
Por outro lado, a marca aposta em outros 44 programas para cuidar de outros problemas. Da mesma forma, continuam os estudos e testes para itens contra novas variantes da pandemia. Além de um grande valor em contrato de vendas assinados.
Como há diversos tratamentos e vacinas para outras doenças, suas ações se tornam uma boa opção de investimento, ainda mais para aqueles que desejam diversificar a carteira. Afinal a Moderna (M1RN34) não possui produtos apenas relacionados a pandemia.
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