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Milhares voltam às ruas no Iraque, desafiando a violência mortal

Milhares voltam às ruas no Iraque, desafiando a violência mortal

Em Bagdá, multidões de manifestantes antigovernamentais lotaram a Praça Tahrir, o epicentro de seu movimento. No final da última sexta-feira(20), homens armados não identificados atacaram um complexo de estacionamento perto de Tahrir. Contudo, onde manifestantes estavam há semanas, deixando 20 manifestantes e quatro policiais mortos, disseram médicos à AFP.

Os manifestantes temiam que isso sinalizasse que seu movimento seria prejudicado, mas no domingo os números reunidos sob o sol em Tahrir eram surpreendentes. “Eles estão tentando nos assustar da maneira que puderem, mas estamos nas ruas”, disse Aisha, uma manifestante de 23 anos.

Pelo menos 452 pessoas – a grande maioria delas manifestantes – morreram e 20.000 ficaram feridas desde a erupção dos comícios.

Em Nasiriyah, um centro de protestos onde dezenas de pessoas foram mortas em meio a uma onda de violência no mês passado, os manifestantes se reagruparam no centro da cidade junto com representantes de tribos poderosas.

Paralisação

“Continuaremos protestando até o colapso do regime”, prometeu Ali Rahim, estudante. Em outras cidades do sul, as autoridades locais declararam domingo (o primeiro dia da semana de trabalho no Iraque), um feriado para funcionários públicos.

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Obstáculos e greves em massa também interromperam o trabalho em Hilla, Amara, Diwaniya, Kut e na cidade-santuário de Najaf, disseram os correspondentes da AFP no local.

Os comícios persistiram apesar da renúncia do primeiro-ministro Adel Abdel Mahdi no início deste mês. Com manifestantes exigindo a expulsão completa da classe dominante.

O Iraque é classificado como o 12º país mais corrupto do mundo pelo grupo de vigilância Transparency International. Com bilhões de dólares roubados anualmente do orçamento do estado do segundo maior produtor da Opep.