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Mesmo com alta da Selic, investidor deve observar taxa de administração em fundos de renda fixa

Mesmo com alta da Selic, investidor deve observar taxa de administração em fundos de renda fixa

Após a alta significativa da taxa básica de juros Selic, que passou de 2% ao ano para 2,75% ao ano, investimentos em renda fixa, como Tesouro Direto, CDB e fundos de renda fixa passam a ganhar mais. Ainda assim, observar a taxa de administração, o prazo da aplicação e bons gestores continuam a ser tarefas importantes.

Em resumo, quanto menor a taxa de administração e maior o prazo da aplicação, maiores são as chances do fundo de renda fixa superarem a caderneta de poupança. Vamos entender abaixo como funciona cada aplicação e como fica a rentabilidade com a nova taxa de juros.

Caderneta de poupança com Selic em 2,75% ao ano

Vale lembrar que a caderneta de poupança segue duas regras de rentabilidade. A poupança antiga, aquela cujos depósitos ocorreram até 3 de maio de 2012, tem o retorno de 0,5% ao mês mais Taxa Referencial (TR).

Já a poupança nova, com depósitos a partir desta data, tem rentabilidade de 70% da taxa Selic. Isso porque a Selic está abaixo de 8,5% ao ano. Se o juro voltar a um patamar acima de 8,5%, a rentabilidade volta a ser de 0,5% ao mês mais TR.

Portanto, neste cenário de juro a 2,75%, depósitos antigos seguem atraentes, pois rendem 0,5% ao mês (6,17% ao ano). Por outro lado, depósitos mais recentes rendem bem pouco.

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Atualmente, 70% da Selic equivale a um retorno de 1,93% ao ano (ou 0,16% ao mês).

Mesmo com a melhora da rentabilidade, a poupança continua perdendo para a inflação. Em fevereiro, o IPCA, índice de inflação oficial do país, subiu 0,86%. Em 12 meses, acumula alta de 5,2%, bem acima da rentabilidade da caderneta, portanto.

Fundos de renda fixa com a Selic a 2,75%

Os fundos de renda fixa são investimentos cujas carteiras são compostas sobretudo por títulos atrelados a juros. No mínimo, 80% da carteira deve estar em renda fixa. Com isso, a maioria segue bem de perto a taxa Selic.

Uma grande diferença para a poupança e que deve entrar na conta do investidor é que nos fundos há cobrança de Imposto de Renda no resgate. A alíquota varia conforme o prazo da aplicação, sendo:

  • Aplicações com prazo de resgate até 6 meses: alíquota do IR de 22,50%;
  • Aplicações com prazo de resgate entre 6 meses e 1 ano: alíquota do IR de 20,00%;
  • Aplicações com prazo de resgate entre 1 ano e 2 anos: alíquota do IR de 17,50%;
  • Aplicações com prazo de resgate acima de 2 anos: alíquota de IR de 15,00%.

Ou seja, quanto maior o prazo de resgate, menos imposto o investidor irá pagar. A Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) fez uma simulação de como ficaria a rentabilidade com a nova Selic de 2,75% ao ano. Para isso, considerou a taxa de administração entre 0,50% e 3% ao ano.

A rentabilidade varia entre 0,06% ao mês (fundos com maior taxa de administração, de 3%, e menor prazo, abaixo de seis meses) até 0,17% ao mês (fundos com menor taxa de administração, de 0,5%, e maior prazo de resgate, acima de dois anos).

Portanto, fundos de renda fixa com baixa taxa de administração e maior prazo de resgate tendem a superar a caderneta de poupança, já considerando os custos envolvidos no investimentos.

Observe bons gestores

Outro ponto importante na escolha do fundo de renda fixa que irá compor a carteira é o gestor de investimento. Na simulação da Anefac foram considerados fundos que seguem de perto a taxa Selic, mas bons profissionais conseguem superar este benchmark.

Para isso, adotam estratégias mais arrojadas com uma gestão mais ativa de títulos ou mesmo com a escolha de papeis privados, como debêntures e CRIs.

Fundos mais arrojados podem ser encontrados em corretoras. Além disso, o investidor pode contar com a ajuda de um assessor de investimentos para auxiliar na escolha.