Os mercados operam em terreno negativo na manhã desta quinta-feira (24), estressados com inflação e guerra. Isso porque a alta generalizada dos preços, nos Estados Unidos (EUA) está minando o poder de compra da população.
Também porque a Rússia invadiu a Ucrânia sob a alegação de defender a população separatista, e esse movimento de guerra pressionou as commodities e azedou as bolsas mundiais.
Para se ter ideia, às 6h55 o Dow Jones caía 1,80%, o S&P500 caía 1,81%, e a Nasdaq caía 2,37%.
Na Europa, o DAX, da Alemanha, caía 3,43%, o FTSE 100, de Londres, caía 2,56%, e o CAC 40, da França, caía 3,63%. Já o FTSE MIB, da Itália, caía 3,54%, e o Stoxx600 caía 2,82%.
Na Ásia, o Nikkei, do Japão, caía 1,81%, o Shanghai, de Xangai, caía 1,70%, e o HSI, de Hong Kong, caía 3,21%. Já o ASX200, da Austrália, caía 2,99%, e o Kospi, da Coréia do Sul, caía 2,60%.
Do lado das commodities, o petróleo tipo Brent subia 7,04%, cotado a US$ 103,66, e o tipo WTI subia 6,76%, cotado a US$ US$ 98,33. O ouro, por sua vez, subia 2,06%, cotado a US$ 1.950,00, e o minério subia 0,43%, cotado a US$ 111,24.
O que tá rolando?
Do lado financeiro-econômico, a expectativa é de que o Federal Reserve (Fed), espécie de banco central dos EUA, comece a aumentar as taxas de juros no próximo mês e não desacelere até 2023, embora a inclinação dos aumentos possa ser um pouco mais suave.
Vale lembrar que os mercados foram voláteis em 2022, pois a inflação disparou e levou o Fed a uma posição em que está sendo essencialmente forçado a apertar a política.
Conforme a CNBC, os preços ao consumidor subiram 7,5% em relação ao ano passado, bem acima do nível de 2% que o Fed considera saudável para a inflação.
Commodities
Outra razão que coloca o mercado em suspenso diz respeito ao conflito Rússia-Ucrânia, que ganhou um novo capítulo com Vladimir Putin autorizando suas tropas a entrarem no país vizinho.
Como efeito disso, o ouro à vista saltou até 2% hoje e, às 8h20 em Londres, o ouro estava sendo negociado a US$ 1.942,10 por onça, alta de 1,88% em relação ao dia anterior e a maior alta desde o final de 2020, à medida que os investidores se acumulavam em ativos de refúgio.
O preço do petróleo, por sua vez, superou os US$ 100 pela primeira vez em mais de sete anos. O barril do Brent alcançou os US$ 103.78 após o anúncio de invasão, que intensificou os temores de um conflito em larga escala no Leste Europeu. O petróleo WTI era cotado a US$ 97,58 o barril.
Já as criptomoedas caíram acentuadamente, com o Bitcoin recuando 8% em US$ 34.702,18 por volta das 2h25 desta quinta, de acordo com dados da Coindesk. Esse foi o nível mais baixo em um mês. O Ether caiu mais de 12% e foi negociado a US$ 2.325,18.
Para se ter ideia do furacão que se abateu sobre esse segmento, mais de US$ 150 bilhões foram varridos de todo o mercado de criptomoedas nas últimas 24 horas, de acordo com dados da Coinmarketcap.
Em relação ao câmbio, o rublo da Rússia despencou hoje, e o dólar subiu mais de 10% em relação à moeda russa, levando o rublo ao seu nível mais baixo em relação ao dólar.
O rublo estava sendo negociado a 89,8903 por dólar às 8h40 em Moscou, com o dólar subindo 10,45% em relação ao dia anterior.
Brasil
No Brasil, os R$ 9 bilhões de ofertas subsequentes (follow-on, na sigla em inglês) chegaram à Bolsa neste conturbado início de 2022 graças ao interesse de investidores estrangeiros e dos que compõem a base de acionistas das próprias empresas, enquanto o investidor local está mais retraído para comprar ações. A informação é do Estadão.
No geral, as ofertas prioritárias para os atuais acionistas das companhias responderam por ao menos 60% total das operações, e a participação dos sócios tem sido importante.
Conforme o jornalão, os estrangeiros, de modo geral, têm ficado com pelo menos metade das ofertas, considerando os papéis que vão efetivamente ao mercado, nível acima do que vinham fazendo nos últimos anos – na casa dos 20% a 30%. Na transação da BRF, eles responderam por 80%, enquanto na Equatorial Energia, a fatia subscrita por estrangeiros foi de 60%.
Ibovespa: empresas
O Ibovespa encerrou a sessão do dia 23 em queda de 0,78% aos 112.007,61 pontos, e o dólar à vista em queda de 0,95%, cotado em R$ 5,0042.
- Confira as 3 maiores altas do dia 23:
?#SULA11 +25,16% (R$ 30,94)
?#RDOR3 +8,82% (R$ 55,50)
?#ELET6 +3,27% (R$ 34,75)
- Confira as 3 maiores baixas do dia 23:
?#RRRP3 -12,49% (R$ 31,59)
?#BIDI11 -12,12% (R$ 20,96)
?#CVCB3 -6,31% (R$ 13,06)
Mercados de Nova York
- Dow Jones: -1,80%
- S&P: -1,81%
- Nasdaq: -2,37%
Mercados Europa
- DAX, Alemanha: 3,43%
- FTSE, Reino Unido: -2,56%
- CAC, França: -3,63%
- FTSE MIB, Itália: -3,54%
- Stoxx 600: -2,82%
Mercados Ásia
- Nikkei, Japão: 1,81%
- Xangai, China: -1,70%
- HSI, Hong Kong: -3,21%
- ASX 200, Austrália: -2,99%
- Kospi, Coreia: -2,60%
Petróleo
- Brent (dezembro 2021): US$ 103,66 (+7,04%)
- WTI (novembro 2021): US$ 98,33 (+6,76%)
Ouro
- Ouro futuro (dezembro 2021): US$ 1.950,00 (+2,06%)
Minério de ferro
- Bolsa de Dalian: US$ 111,24 (+0,43%)