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Mark Zuckerberg declara apoio à criação do imposto digital global

Mark Zuckerberg declara apoio à criação do imposto digital global

Mark Zuckerberg, criador e CEO do Facebook, declarou apoio à criação do imposto digital global, dizendo-se a favor de maior regulação para as empresas de tecnologia, especialmente para as conhecidas como big techs, que além de sua empresa, incluem o Google/Alphabet, Amazon e Microsoft.

“As empresas de tecnologia devem servir a sociedade e, portanto, apoiamos os esforços da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) de criar regras tributárias globais justas para a Internet”, escreveu em um artigo no Financial Times. O texto foi publicado no último domingo (16).

Pra Zuck, como gosta de ser chamado, a medida pode prejudicar os “negócios no curto prazo, mas no longo prazo beneficiará a todos”.

Resposta de George Soros

O artigo repercutiu rápido. O bilionário e investidor húngaro George Soros, por meio de uma carta enviada ao Financial Times, disse que Zuckerberg deve deixar o controle da empresa.

De acordo com Soros, Zuckerberg precisa parar de “ofuscar os fatos argumentando piamente pela regulamentação do governo”, se por outro lado não se posiciona por coisas mais específicas, como restrição a anúncios políticos, que acabam influenciando eleições e abalando democracias.

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Soros acha que o CEO do Facebook tem se envolvido em acordos de assistência mútua com o presidente norte-americano Donald Trump, o que pode beneficiar sua candidatura à reeleição presidencial: “se houver alguma dúvida sobre se um anúncio é político, ele deve agir com cautela e se recusar a publicar. (Mas) É improvável que o Facebook siga esse curso”.

Por mais confiança

Zuckerberg escreveu que o imposto digital global é forma de resgatar a confiança das pessoas nas empresas de tecnologia: “se nós não criarmos padrões para as pessoas se sentirem legitimamente seguras, elas não confiarão nas instituições ou na tecnologia”.

Entretanto, o criador do Facebook parece estar preocupado mesmo com a percepção sobre sua cria. Desde o escândalo envolvendo o uso de dados de milhões de usuários do Facebook para fins de manipulação política, com uso espúrio da consultoria Cambridge Analytica, em várias eleições do mundo, incluindo na última presidencial no Brasil, e que rendeu uma multa de US$ 5 bilhões nos EUA à rede social, Zuckerberg vem tentado buscar uma solução ao olhos do público.

Os mais jovens têm fugido do Facebook e procurado redes sociais mais ágeis, como o Tik Tok, por exemplo.

Na Europa

Zuckerberg foi no mesmo domingo para a Europa, onde se reuniu, em Bruxelas, com os comissários da União Europeia (UE) para Concorrência, Margrethe Vestager, para Justiça, Vera Jourová, e para Indústria, Thierry Breton. Todos debateram o papel regulatório que os países podem ter com as empresas tecnológicas.

“Com Vestager e Breton, falaremos sobre a agenda digital da Comissão da UE, enquanto Jourová discutirá a proteção da democracia e dos direitos fundamentais”, explicou um porta-voz da UE.

De acordo com Jourová, é uma felicidade “ver que o pensamento do Facebook está mudando e está mais alinhado com a abordagem europeia em diferentes aspectos regulatórios. Vejo a Big Tech como parte da solução para os problemas que eles contribuíram criar. A regulamentação da UE nunca resolverá todos os problemas apresentados pela Internet. Por esse motivo, o Facebook e Zuckerberg devem responder à pergunta sobre quem eles querem ser como empresa e quais valores eles querem promover”.

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