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Lula deixa candidatura em 2022 para depois, mas não descarta disputa

Lula deixa candidatura em 2022 para depois, mas não descarta disputa

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (10) que ainda não pensa nas eleições de 2022. No entanto, não descartou a ideia de concorrer ao Palácio do Planalto no ano que vem. Lula fez um discurso e concedeu entrevista coletiva por mais de duas horas, dois dias após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, anular todas as condenações no âmbito da Operação Lava Jato.

“Minha cabeça não tem tempo para pensar em candidatura agora”, disse.

Lula adiantou que a principal preocupação agora deve ser buscar saídas para o país. Principalmente na questão da vacinação da população. De acordo com ele, a vacina permite que a população retome sua vida normal. O que, consequentemente, ajuda na recuperação da economia. Além disso, exortou seus companheiros de partido a lutarem pela manutenção do auxílio emergencial, mecanismo que pode ajudar no consumo.

Lula: críticas ao governo Bolsonaro

O ex-presidente fez ainda uma série de críticas ao presidente Jair Bolsonaro. Ele lembrou que a atual gestão não fala em assuntos como investimentos, desenvolvimento do país e distribuição de renda. Lembrou que, em 2008, quando era presidente, o Sistema Único de Saúde (SUS) conseguiu vacinar 80 milhões de pessoas em três meses, durante a pandemia da H1N1.

“Cadê o ‘Zé Gotinha’? Ele sumiu”, disse, referindo-se ao personagem infantil que incentiva a vacinação nas crianças.

Citou ainda que, desde que o atual governo assumiu, o país empobreceu. Houve queda no Produto Interno Bruto (PIB), perda da massa salarial, queda das vendas do comércio varejista, entre outras questões. Disse que pretende negociar com políticos de qualquer lado do espectro partidário, mas também com empresários que queiram recuperar economia do país.

“Preciso conversar com os empresários. Eu quero saber onde está a loucura deles de não perceberem que, se eles querem crescer economicamente, se eles querem que a Bolsa cresça, se eles querem que a economia cresça, é preciso garantir que o povo tenha emprego”, afirmou.

Lembrou que nas eleições de 2002, convidou o então empresário José Alencar para ser vice-presidente. Para ele, isso é uma prova de que é possível fazer uma aliança entre empresários e trabalhadores.

Radicalismo contra os problemas

Lula disse ainda que é radical quando se trata de “enfrentar os problemas pela raiz”. Voltou a lembrar da crise do subprime em 2008. Disse que, na ocasião, quando os Estados Unidos enfrentaram uma das piores crises financeiras, o mercado precisou recorrer ao estado para evitar que as empresas quebrassem.

Deu a entender também que é contra a privatização de qualquer empresa estatal. Disse que uma empresa do governo, bem gerida, dá retorno. Afirmou também que é contra a recém aprovada autonomia do Banco Central (BC).