A Rumo teve lucro líquido de R$ 786 milhões em 2019, quase três vezes os R$ 273 milhões de 2018, no resultado proforma. Isso porque, a partir de julho de 2019, a Rumo passou a apresentar os seus resultados considerando a Malha Central (Ferrovia Norte-Sul).
O lucro líquido sem Malha Central foi de R$ 907 milhões, 3,3 vezes maior do que o ano anterior.
No quarto trimestre de 2019, o lucro líquido foi de R$ 202 milhões, com alta de 47,4% em relação ao resultado proforma do quarto trimestre de 2018.
Com a contabilização dos resultados da Malha Central, o Ebitda da Rumo atingiu R$ 3,829 bilhões, com alta de 11,7% ante 2018.
Por sua vez, no último trimestre de 2019, o Ebitda somou R$ 897 milhões, com alta de 13,5% em relação a um ano antes.
A margem EBITDA no ano atingiu 54,2%, 1,1 p.p. acima na comparação anual.
Já a margem Ebitda no quarto trimestre foi de 53,9%, com expansão de 5,9 pontos porcentuais ante igual período de 2018.
A receita operacional líquida totalizou R$ 1,664 bilhão no último trimestre de 2019, com avanço de 1%.
No ano, somou R$ 7,088 bilhões, com expansão de 7,6%.
A alavancagem atingiu 1,8 vez dívida líquida abrangente/Ebitda ao final de 2019.
Em 2019, o capex (investimentos) atingiu R$ 2,020 bilhões, número em linha com o ano anterior. Desse total, R$ 637 milhões foram investidos no último trimestre do ano passado.
Volumes
O volume transportado em 2019 foi de 60,1 bilhões de TKU (Tonelada por Kilômetro Útil), 6,6% maior na comparação com 2018.
No quarto trimestre de 2019, atingiu 15 bilhões de TKU, em linha com igual período de 2018.
De acordo com a empresa, o ano apresentou volatilidade em razão de condições de mercado e por restrições operacionais da companhia.
A safra antecipada de soja permitiu fortes volumes no mercado a partir de janeiro, e por todo o primeiro trimestre.
Porém, por conta de restrições operacionais em fevereiro e em março, a Rumo apresentou crescimento limitado no período.
Já o segundo trimestre foi marcado por condições de comercialização desfavoráveis para a soja. A menor demanda chinesa levou à queda das exportações em abril e maio.
Mesmo com ganho de participação de mercado pela Rumo no período, houve redução dos volumes transportados.
Por outro lado, a safra recorde e antecipada de milho, que trouxe volume ao mercado já em junho, permitiu forte crescimento das exportações durante o segundo semestre, com exceção de dezembro.
O volume de milho da Rumo cresceu 17% de julho a novembro, mais do que compensando a queda de soja.
No entanto, as exportações mais do que dobraram no período, diminuindo significativamente a disponibilidade de milho para dezembro.
Porto de Santos
Em 2019, a Rumo aumentou o volume de grãos para o Porto de Santos (SP) em 6,6%, enquanto o total das exportações por este Porto cresceu 4,4%.
O desempenho resultou num ganho de market share de 1 ponto porcentual para o ano todo, com 54%.
Esse resultado foi limitado pelas restrições operacionais enfrentadas pela companhia em meses de mercado favorável e também pela antecipação das exportações do milho, no segundo semestre, em um patamar superior à capacidade da Rumo.
No quarto trimestre de 2019, a companhia cresceu o volume para Santos em outubro e novembro, porém em dezembro houve uma queda relevante na disponibilidade de milho na área de influência da Rumo no Mato Grosso.
Com isso, a empresa perdeu 6 pontos porcentuais no market share, na comparação com igual período de 2018, atingindo 59%.