A Light (LIGT3) reportou um lucro líquido de R$ 166,6 milhões no primeiro trimestre de 2020, um avanço de 1,5% sobre o mesmo período de 2019.
A companhia atribui o desempenho ao melhor resultado financeiro no período decorrente do ganho com a marcação a mercado das operações de swap de dívida.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida, na sigla em inglês) ajustado somou R$ 466 milhões, uma queda de 19%.
A margem Ebtida ajustado atingiu 16,1%, baixa de 2 pontos percentuais.
Segundo a Light, a redução é explicada principalmente pelos resultados da Geradora em função do GSF, que foi significativamente menos favorável no período e fez com que se registrasse uma menor venda de energia excedente no trimestre.
O resultado financeiro foi negativo em R$ 56 milhões, uma redução de 70,6% sobre as perdas do primeiro trimestre de 2019.
A geração de caixa operacional totalizou R$ 208 milhões no período, um aumento de 35,2%.
Receita cai 8,9% no período
A receita líquida da Light totalizou R$ 2,895 bilhões no primeiro trimestre de 2020, uma diminuição de 8,9% em relação ao mesmo período de 2019.
A despesa operacional somou R$ 2,579 bilhões no período, uma queda de 6,2%.
CAPEX
A Light investiu R$ 182 milhões no primeiro trimestre de 2020, um aumento de 11,2%.
No período, houve intensificação dos investimentos para instalação de medidores de fronteira (balanço energético MT), em normalização de clientes e novos projetos com foco na incorporação de energia e melhoria da qualidade da medição eletrônica.
Além disso, a Light registrou aumento de R$ 7 milhões na linha de ativos não elétricos, concentrados em TI (R$ 5 milhões) em função, principalmente, da antecipação de licenciamento de softwares.
Dívida
A dívida líquida da Light encerrou março em R$ 6,721 bilhões, mantendo-se praticamente estável em comparação com mesmo período de 2019.
A alavancagem financeira, medida pela relação dívida líquida / Ebtida ajustado, ficou em 3,06 vez, baixa de 0,64 p.p. em comparação com março de 2019.
Impactos da Covid-19
Em 24 de março, a Aneel aprovou medidas proibiu a suspensão do fornecimento por inadimplência de consumidores residenciais urbanos e rurais (baixa renda, inclusive), além de serviços e atividades essenciais (por exemplo, hospitais).
No mês de abril, com intuito de reforçar o caixa das distribuidoras, a Aneel liberou mais de R$ 1,5 bilhão de fundos setoriais, sendo que a Light recebeu o valor aproximado de R$ 105 milhões.
Adicionalmente, a companhia realizou ações para trazer mais robustez ao seu caixa. A Light SESA emitiu R$ 400 milhões em debêntures em abril e recebeu R$ 500 milhões de mútuo realizado com a Light Energia em maio.