O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação no país, veio dentro das expectativas do mercado. Teve alta de 0,36% em julho.
Em junho, a alta foi de 0,26%. Este é o segundo avanço depois de dois meses de deflação em maio e abril. É também a leitura mais alta no ano.
Em maio e abril, o índice registrou por duas vezes deflação de 0,38% e 0,31%, respectivamente.
Em março, o IPCA marcava avanço de 0,07%. Em fevereiro, 0,15%. E em janeiro, 0,34%.
O resultado do IPCA foi divulgado nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado do ano de 2020, o indicador é de 0,46%, enquanto nos últimos 12 meses é de 2,31%. Em julho de 2019, a taxa havia sido de 0,19%.

Reprodução/IBGE
IPCA: gasolina puxa alta
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis apresentaram alta em julho. O maior impacto vem de Transportes, que teve alta de 0,78% e contribuiu com 0,15 ponto porcentual. Entre os itens, a gasolina foi o que colaborou com o maior impacto individual (0,16 ponto porcentual), com alta de 3,42%.
“A gasolina continua revertendo o movimento que teve nos meses de abril e maio. Já havia subido em junho e voltou a subir em julho. Além disso, houve uma queda menos intensa das passagens aéreas em comparação com maio e junho”, detalha Pedro Kislanov, gerente da pesquisa.
Óleo diesel (4,21%), etanol (0,72%) e gás veicular (0,56%) também subiram. Também houve alta no subitem metrô (0,94%), em função do reajuste de 8,70% nas passagens no Rio de Janeiro (3,31%), vigente desde 11 de junho.
Houve queda nos subitens transporte por aplicativo (-8,17%) e passagem aérea (-4,21%).
Os Artigos de residência (0,90%) apresentaram a maior variação positiva entre os nove grupos pesquisados, embora tenham desacelerado em relação ao mês anterior (1,30%).
No grupo Alimentação e bebidas (0,01%), a alimentação para consumo no domicílio apresentou alta de 0,14%. O maior impacto positivo (0,09 p.p.) veio das carnes, cujos preços subiram 3,68%.
A maior variação negativa (-0,52%) no IPCA de julho veio do grupo Vestuário, que já havia apresentado queda nos meses de maio (-0,58%) e junho (-0,46%).

Reprodução/IBGE
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