Chegou o tão esperando álbum da Copa do Mundo e já se vê o aumento gigantesco de interação entre os seres humanos.
Dessa vez, a interação social veio com digital junto, pois foi dessa forma que os amantes de figurinhas aprenderam “as manhas” de pesar os pacotes com uma balança.
Isso mesmo: os pacotes que tiverem 4 g não têm as desejadas figurinhas lendárias. Já os de 5 g, é só abrir os pacotes e ver as figurinhas brilhando.
Trazendo esse movimento para o mundo dos investimentos, duas perguntas não saem da minha cabeça:
- Por que as pessoas não dedicam o tempo que elas dedicam para completar o álbum, nos seus investimentos?
- Quais são as figurinhas que não podem faltar no álbum dos seus investimentos?
Começando pela pergunta mais difícil, que é o porquê de as pessoas não darem a mesma atenção que dão aos álbuns para seus investimentos.
Acredito que o principal gatilho que faz com que isso aconteça é o eterno curto prazo versus longo prazo.
O prazer de abrir um pacote, ver as figurinhas, procurar o lugar dela no álbum e depois colar, geram diversos gatilhos de curto prazo e, consequentemente, a direção da sua atenção tende a ir para esses prazeres, ao invés do longo prazo.
O investimento de longo prazo é imediatamente inverso ao de curto prazo, pois além de não gerar prazer, você não enxerga o resultado.
Então, é uma relação de fato muito desigual, que se não tivermos a consciência de que você primeiro planta e que a colheita só vem lá na frente, junto com a paciência necessária, a balança do curto prazo vai ser maior sempre. Por isso, você precisa contrabalancear a lógica e alocar a maior parte da sua energia e recursos no longo prazo.
Respondida a primeira pergunta, vamos para as figurinhas que deveriam estar em todo “álbum” dos investidores.

Como no futebol, os investimentos cumprem um papel na estratégia tática da sua carteira e a escalação seria a seguinte:
“Figurinhas” para os conservadores
- Os pós-fixados são os zagueiros;
- Os títulos atrelados à inflação são os meias, pois defendem e fazem gol;
- Os prefixados, quando bem alocados, são os atacantes que vão garantir que a rentabilidade da sua carteira supere o benchmark.
“Figurinhas” para os moderados
- A renda fixa joga na defesa;
- Os multimercados atuam tanto como volantes como meias;
- No ataque, os fundos de ações, ações e FIIs.
“Figurinhas” para os arrojados
- Podemos montar uma seleção com ações e FIIs;
- Na zaga, as ações perenes, como as de companhias elétricas, saneamento básico e grandes bancos;
- Os volantes são os FIIs;
- Os meias são as ações de construtoras, siderurgia e do agro;
- No ataque, escalamos ações de commodities e de tecnologia.
E você aí, do outro lado, já tem a sua seleção de investimentos ou ainda falta aquela figurinha dourada?
Por Denis Myiabara, assessor de investimentos
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