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INCC-M sobe 0,73% em março e ICST recua 0,8 ponto, informa FGV

INCC-M sobe 0,73% em março e ICST recua 0,8 ponto, informa FGV

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) variou 0,73% em março, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando registrou taxa de 0,48%. Com o resultado, o índice acumula alta de 1,85% no ano e 11,63% em 12 meses.

O índice foi anunciado na manhã desta segunda-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas.

O aumento foi puxado pelo índice referente a Mão de Obra, que subiu 1,12% em março, após variar 0,19% em fevereiro. A taxa relativa a Materiais, Equipamentos e Serviços do INCC-M passou de 0,75% em fevereiro para 0,37% em março.

No grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, a taxa correspondente a Materiais e Equipamentos variou 0,29% em março, após subir 0,56% no mês anterior. Três dos quatro subgrupos componentes apresentaram decréscimo em suas taxas de variação, destacando-se materiais para estrutura, cuja taxa passou de 0,06% para uma variação negativa de 0,33%.

A variação relativa a Serviços passou de 1,69% em fevereiro para 0,79% em março. Neste grupo, vale destacar o recuo da taxa do item taxas de serviços e licenciamentos, que passou de 5,66% para 0,00%.

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Resumo do INCC-M, que registrou alta em março

Queda na confiança

Além do INCC-M, o FGV Ibre também divulgou nesta segunda a queda no Índice de Confiança da Construção (ICST). De acordo com os dados, o índice recuou 0,8 ponto em março, para 92,9 pontos. A queda do mês praticamente anulou toda a alta de fevereiro. Em médias móveis trimestrais, o índice também recuou, neste caso em 1,3 ponto, o que configurou a terceira redução consecutiva.

A queda do ICST resultou exclusivamente da piora das expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 3,8 pontos, para 93,9 pontos, menor nível desde maio de 2021 (89,0 pontos).

Esse resultado se deve à piora das perspectivas sobre demanda num cenário de economia estagnada e inflação alta: o indicador recuou 3,2 pontos, para 97,9 pontos. Para os próximos seis meses, o indicador que mede a tendência dos negócios caiu 4,4 pontos, para 89,8 pontos, menor nível desde abril de 2021 (87,4 pontos).

Gráfico mostra tendência do Índice de Confiança da Construção Civil (ICST)

Percepção imediata mais otimista

Por sua vez, o Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 2,1 pontos, para 92,0 pontos, a primeira alta neste ano. O resultado do ISA-CST foi influenciado pelo indicador que avalia a carteira de contratos, que subiu 4,4 pontos, para 94,4 pontos, maior patamar desde janeiro de 2014 (96,2 pontos).

Já o indicador que mede a situação atual dos negócios se manteve estável ao variar negativamente 0,1 ponto, para 89,8 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção melhorou pelo segundo mês, crescendo 0,8 ponto percentual (p.p.), para 76,0%. O Nuci de Mão de Obra e o Nuci de Máquinas e Equipamento contribuíram positivamente, com variações de 0,8 e 1,3 p.p., para 77,4% e 70,5%.

Análise da pesquisadora

Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE, explica que a construção civil trabalha com ciclos longos, em que a produção não começa imediatamente após a realização do negócio, e por isso há um tempo para se traduzir a expectativa em atividade.

Assim, a despeito do cenário mais negativo para os novos negócios, por causa dos índices de inflação, o setor está em melhor posição do que estava no ano passado. “Pode-se notar que essa percepção é generalizada entre os principais segmentos setoriais, o que deve contribuir para um resultado positivo da construção em 2022”, observou Ana Castelo.

“Não são tempos fáceis: depois das sucessivas ondas da Covid, a guerra na Ucrânia reacendeu o temor de aceleração nos preços dos materiais, que, associada à alta os juros pode comprometer ainda mais a demanda para os próximos meses. Assim, a queda nas expectativas referentes à evolução da demanda e dos negócios foi decisiva para abalar a confiança setorial em março. No entanto, vale destacar que ao final do primeiro trimestre, a confiança indica um pessimismo moderado e se encontra em patamar melhor do que estava ao final do primeiro trimestre de 2021. Outro destaque é o avanço da atividade corrente, que havia dado mostras de desaceleração e voltou a crescer: a percepção dominante é de que a retomada, que reflete o ciclo recente de negócios, está em patamar bem superior ao que estava no ano passado.”