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“Inflação deve cair a partir de abril”, destaca presidente do Banco Central

“Inflação deve cair a partir de abril”, destaca presidente do Banco Central

Apesar do ambiente de incertezas no mundo, que foi intensificado pela Guerra na Ucrânia, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirma que a inflação deve atingir o pico em abril. Mas, após este período, a tendência é que os preços iniciem um movimento de queda. 

A declaração foi realizada durante a abertura do seminário “Regras Fiscais: Tendências e Aprendizados Internacionais”, organizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Campos Neto relata que a inflação mundial é um problema grave. Porém, ele explica que ainda há uma mentalidade de que a alta dos preços é temporária, visto que a maioria dos países não está nem perto da taxa neutra de juros. Com isso, ele recomenda que os BCs aumentem a taxa de juros para que elas possam chegar a uma posição neutra. 

Ainda sobre a atuação do mundo no controle monetário, o presidente do BC destaca que ainda “estamos em um ambiente de incertezas que dura bastante tempo gerado por fatores diferentes”. Dentre estes fatores, a pandemia revelou um maior esforço concentrado do mundo para políticas fiscais e monetárias. “Foram gastos mais de US$ 9 trilhões e houve uma coordenação de políticas monetárias muito agressivas”, afirma.

Em seu discurso, Campos Neto também comentou sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia. Ele disse que a guerra se mostrou mais intensa do que o esperado. Além disso, ela deve promover uma polarização entre o mundo ocidental e um outro mundo, que ainda deverá ser definido com mais clareza no futuro. 

Outra consequência do conflito é o passo para trás da transição verde, em virtude do problema energético a curto prazo.  Uma vez que os países iniciaram uma corrida para conseguir mais combustíveis fósseis, mesmo com o preço mais alto do barril de petróleo. Contudo, “no longo prazo, há muito mais incentivo para se fazer energia alternativa”.

Embora o conflito retarde o crescimento econômico brasileiro, Campos Neto ressalta que o choque da guerra é positivo para o Brasil no setor de minerais, já que traz oportunidades para que o país entre nas cadeias globais de valor.