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Indústrias brasileiras têm “supercustos” na comparação com outros países

Indústrias brasileiras têm “supercustos” na comparação com outros países

A Confederação Nacional das Indústrias divulgou estudo revelando que, no campo da competitividade global, o Brasil começa atrás dos outros países da OCDE.

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Segundo o relatório da CNI, a culpa é do chamado Custo Brasil, que agrega alta e complexa tributação, burocracia excessiva e gargalos de logística.

Encomendado pelo Ministério da Economia e realizado pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC) e associações do setor produtivo, o estudo, inédito, comparou o Brasil com membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e estimou o tamanho da desvantagem.

De acordo com as contas, essa desvantagem é de R$ 1,5 trilhão, que é o valor pago a mais pelas empresas brasileiras para realizarem seus negócios. Essa cifra representa 22% do PIB, que é a soma de todas as riquezas produzidas no País.

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Custo Brasil freia indústrias do País

Segundo a CNI, a redução do Custo Brasil sempre foi uma das principais bandeiras da entidade, pois o tema é crucial para o crescimento e desenvolvimento econômico do País.

O estudo foi publicado após quatro meses de coleta e agrupamentos de dados pelo MBC.

A questão mais importante levantada, no entanto, segue sem resposta: como reduzir esse custo que tira a competitividade das empresas brasileiras?

Para o secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec), do Ministério da Economia, Carlos da Costa, a estratégia é atuar em cada um dos temas levantados no estudo, mas priorizando aqueles que têm maior impacto para as empresas brasileiras.

“Os trabalhos práticos para reduzir os custos para as empresas já foram iniciados e nossa ambição é zerar o Custo Brasil. Até o final deste ano deveremos fecharas metas com os índices de redução a cada ano: 2021, 2022, 2023 e assim sucessivamente”, avisou.

“Mas o mais importante é que já sabemos o caminho, o que precisa ser feito e contamos com o apoio e ajudados setores privados e produtivos. Eles estão indicando o rumo a ser seguido e estamos trabalhando juntos para solucionar esse problema”, completou Costa.

O cálculo do Custo Brasil

Para chegar ao Custo Brasil, foram analisados 12 temas, representando o ciclo de vida de uma empresa. Do total de itens analisados, cinco impactam de forma mais significativa os negócios e representam quase 80% do Custo Brasil.

São eles:

  • empregar capital humano, que está estimado entre R$ 260 milhões e R$ 320 milhões;
  • honrar tributos, que custa cerca de R$ 260 milhões a mais às empresas brasileiras;
  • dispor de infraestrutura, fundamentalmente logística e comunicação, que causa um impacto a mais nos negócios de cerca de R$ 210 milhões;
  • acesso a capital ou financiar o negócio, estimado em cerca de R$ 200 milhões;
  • insegurança jurídica, cujo custo é de cerca de R$ 180 milhões.

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Segundo Jorge Gerdau, presidente do Conselho Superior do MBC, a cifra é catastrófica. “Se as empresas brasileiras não estiverem no mesmo patamar que suas concorrentes globais, elas não terão mercado. A competitividade global é cada vez mais acirrada”, constatou.

Humberto Barbato, presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), afirmou que as empresas do setor que representa sentem ainda mais os impactos do Custo Brasil.

“Antes mesmo da pandemia chegar ao Brasil, em fevereiro, as empresas eletroeletrônicas já sofriam com a falta de componentes, que vêm da China. O Brasil não consegue atrair fábrica de componentes por tem um custo muito alto. Esse problema precisa ser revolvido, pois quando falamos em indústria 4.0 temos que ter uma indústria eletrônica de altíssimo nível. Não podemos depender totalmente da China”.

José Velloso, presidente executivo da Associação Brasileirada Indústria de Máquinas (Abimaq), concordou e mostrou os enormes desafios enfrentados pelas empresas no Brasil.

“No caso específico da indústria, o peso dos tributos é ainda mais pesado que para qualquer outro setor. Por isso, a urgência da necessidade da reforma tributária. Para o orçamento do país, a principal reforma foi a da Previdência, mas para o setor produtivo, a principal é a tributária, sem dúvida”.

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