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Impeachment de Trump: processo começou com crítica

Impeachment de Trump: processo começou com crítica

O julgamento que avalia o impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teve início nesta terça-feira (21). E já começou movimentando os ânimos no Senado, despertando críticas dos democratas e dividindo opiniões entre os políticos. Isso porque o republicano Mitch McConnell, partidário de Trump, estabeleceu regras que levantaram suspeitas nos oposicionistas. Todo o processo deve ter fim até o final de janeiro.

Com o comando do partido na casa, McConnell propôs aos senadores, na segunda-feira (20), uma resolução que dispensava testemunhas e a apresentação de provas. Pois assim, segundo a sua justificativa, o julgamento do impeachment seria mais ágil. Além disso, concedeu o prazo de 48 horas, divididas ao longo de até quatro dias, para a argumentação. Isso vale tanto para a acusação da promotoria democrata, quanto para os advogados de Trump. Ainda conforme a proposta, a defesa do presidente poderia apelar aos senadores, logo no início do processo, pela rejeição de todas as acusações.

Assim, o resultado foi a forte crítica por parte dos democratas, minoria no Senado, que interpretaram as regras como uma espécie de fraude. Inclusive, alguns deles sequer estão considerando que o processo seja um julgamento, tamanha a indignação e discordância com os desdobramentos. Aliás, o dirigente dos democratas no Senado, Chuck Schumer, expôs a sua objeção a uma rede de televisão americana. E declarou que o partido apelaria por emendas, a fim de reverter a atual situação.

Por sua vez, a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, acusou McConnell de acobertar Trump e desonrar a Constituição. Antes de chegar ao julgamento do Senado, o pedido de impeachment passou primeiro pela Câmara, que o aprovou em dezembro.

Fatos para o impeachment de Trump

A principal causa que levou Trump a julgamento foi a acusação de abuso de poder e obstrução do Congresso. Sobretudo, por pressionar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, a investigar o ex-vice-presidente dos EUA, no governo Obama, Joe Biden. Além disso, o filho de Biden, Hunter, também teria sido alvo do pedido de investigação por interesses pessoais do presidente. Que utilizou do poder de seu cargo, retendo capital de ajuda militar à Ucrânia, para conseguir informações que pudessem interferir nas eleições 2020. Pois, Joe Biden é um dos pré-candidatos do Partido Democrata, apontado como forte concorrente contra Trump na votação presidencial, em novembro.

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No entanto, não há registros na história dos Estados Unidos sobre o afastamento da presidência, em caso semelhante. Em comparação, somente outros dois presidentes americanos estiveram na mesma situação que Trump: Andrew Johnson, em 1868, e Bill Clinton, em 1998. Ambos foram levados a julgamento de impeachmeant pelo Senado, porém foram absolvidos.