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IGP-DI sobe 1,50% em fevereiro e registra alta acumulada de 15,35%, diz FGV

IGP-DI sobe 1,50% em fevereiro e registra alta acumulada de 15,35%, diz FGV

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou uma alta de 1,50% em fevereiro. O percentual é inferior ao apresentado em janeiro, que foi de 2,01%. Os dados foram publicados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ibre), nesta terça-feira (08).

Com este resultado, o índice acumula alta de 3,55% em 2022 e 15,35% em 12 meses. Em relação ao mesmo período do ano passado, o indicador havia subido 2,71% e tinha registrado uma taxa de 29,95% em 12 meses.

O coordenador dos Índices de Preços do FGV-Ibre, André Braz, disse que apesar do preço do petróleo estar bastante alto no exterior, ele ainda não refletiu na precificação dos combustíveis, que tem os preços controlados, e nem na indústria química. Braz ainda comenta que o IGP-DI foi afetado pela queda de preços no minério de ferro (de 11,33% para uma variação negativa de 0,10%), que permitiu a desaceleração da taxa do IPA. 

“Ao longo do mês de março, os preços de vários derivados do petróleo devem apresentar aumentos impondo maior dificuldade a desaceleração do IGP”, alerta o coordenador.

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IPA sobe 1,94%, mas com índice menor do que em janeiro

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 1,94% em fevereiro. No mês anterior, o índice havia apresentado alta de 2,57%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de 0,92% em janeiro para 1,73% em fevereiro. 

De acordo com o FGV-Ibre, o principal responsável por este avanço foram os alimentos in natura, cuja taxa passou de uma queda de 0,12% para uma variação positiva de 13,03%. O índice de Bens Finais, que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,91% em fevereiro, contra 1,01% em janeiro.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 2,13% em janeiro para 1,31% em fevereiro. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo suprimentos, cuja taxa passou de 3,97% para uma variação negativa de 2,58%. O índice de Bens Intermediários, calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,42% em fevereiro, após subir 1,98% no mês anterior.

O estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 2,76% em fevereiro, ante 4,42% em janeiro. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: soja em grão (5,55% para 10,16%), suínos (-15,85% para 0,79%) e aves (-3,82% para 0,39%). Em sentido oposto, vale citar minério de ferro (11,33% para -0,10%), milho em grão (8,40% para 4,92%) e bovinos (1,78% para -0,75%).

IPC também variou abaixo do mês do passado

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,28% em fevereiro, contra 0,49% em janeiro. Segundo o FGV-Ibre, cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (1,64% para -0,51%), Vestuário (0,76% para 0,33%), Comunicação (0,53% para 0,08%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,03% para -0,12%) e Despesas Diversas (0,20% para 0,08%). 

Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos seguintes itens: cursos formais (6,47% para 0,00%), calçados (1,03% para 0,21%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,88% para 0,18%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,44% para -0,50%) e conselho e associação de classe (2,14% para 0,68%).

Por outro lado, os grupos Habitação (0,13% para 0,33%),  Alimentação (1,15% para 1,20%) e Transportes (0,04% para 0,07%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial  (-1,76% para -0,73%), arroz e feijão (-1,24% para 0,58%) e licenciamento – IPVA (1,63% para 3,83%).

Núcleo do IPC e Índice de Difusão

O núcleo do IPC registrou taxa de 0,56% em fevereiro, ante 0,62% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 34 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 24 apresentaram taxas abaixo de 0,17%, linha de corte inferior, e 10 registraram variações acima de 1,30%, linha de corte superior. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 73,87%, 2,26 pontos percentuais acima do registrado em janeiro, quando o índice foi de 71,61%.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,38% em fevereiro, ante 0,71% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de janeiro para fevereiro: Materiais e Equipamentos (1,08% para 0,28%), Serviços (1,39% para 1,66%) e Mão de Obra (0,26% para 0,25%).

O que é o IGP-DI?

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) é um dos indicadores da economia mais antigos do Brasil. Ele começou a ser calculado em 1947, embora algumas fontes indiquem que ele iniciou os estudos em 1944. O IGP-DI pode ser encarado como um termômetro da inflação no Brasil.

Além de indicador econômico, o índice é utilizado como referência para correções de preços e valores contratuais. O IGP-DI também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral. É natural,  portanto, que haja por parte dos usuários o interesse em conhecer, em profundidade, os aspectos relacionados à metodologia de cálculo deste índice.