Indicadores financeiros são recursos importantes usados pelos investidores para acompanhar o desempenho de ativos no mercado de capitais.
Sendo assim o investidor pode lançar mão do Ibovespa, principal indicador da B3, para fazer comparação com sua carteira de investimentos, por exemplo. Do mesmo modo, pode usar o ICB (índice de commodities Brasil) como benchmark para fazer alocações mais seguras em determinadas commodities.
Dessa forma, o ICB é um indicador essencial para o mercado financeiro, tendo em vista a crescente importância do mercado de commodities no Brasil e no mundo.
Para saber mais como funciona o índice de commodities Brasil, continue a leitura deste artigo!
O que é o ICB?
O ICB é um indicador calculado pela bolsa de valores brasileira que apresenta o resultado de uma carteira teórica de commodities.
Nesse sentido, o índice funciona como um termômetro do mercado de commodities e mede, por meio de pontos, o desempenho médio de uma carteira teórica das commodities mais representativas da Bolsa.
A carteira do ICB pode ser composta por qualquer commodity que tenha um contrato futuro negociado na B3 como: álcool anidro, açúcar, boi gordo, café arábica, etanol hidratado, milho, ouro e soja.
Quando esse índice sobe significa que a maior parte dos ativos que compõem sua carteira se valorizaram. Por outro lado, quando ocorre uma queda no ICB, seus principais ativos estão no vermelho.
Com isso, a principal finalidade do ICB é servir como benchmark para fundos de investimentos e investidores em geral, de modo que eles possam acompanhar e avaliar o seu próprio desempenho em comparação com o índice.
Cabe destacar ainda que, por se tratar de uma carteira teórica de ativos, ele não pode ser negociado na bolsa de valores. Em outras palavras, não é possível investir nesse índice financeiro.
Qual é a composição do ICB?
A B3 estabelece 4 critérios para incluir a mercadoria na carteira do ICB, sendo as seguintes:
- ter sido negociada em mais de 80% do total de pregões dos últimos 8 meses;
- Apresentar participação, em termos de volume financeiro em dólares, superior a 1% do volume total negociado no período 8 meses;
- apresentar um índice de negociabilidade (IN) superior a 1% no período de 8 meses;
- A mercadoria deve atender a dois dos três critérios anteriores a cada revisão do índice
O índice também possui critérios de ponderação da mercadoria dentro do próprio ICB. Sendo assim, ele considera a relevância econômica da commodity no valor da produção nacional negociada em bolsa.
Além disso, é levado em conta o critério da liquidez, que diz respeito à participação da commodity sobre o montante negociado na B3 por meio de contratos futuros.
Diante disso, apesar de diversas commodities poderem participar do índice, atualmente apenas quatro cumprem os critérios de elegibilidade definidos pela metodologia:
- etanol hidratado;
- milho;
- boi gordo;
- café arábica.
Vale destacar que a composição dessa carteira é revista a cada quatro meses em janeiro, maio e setembro.
Histórico do Índice de commodities Brasil
Em 2004, ano de lançamento do índice ICB, a pontuação era próxima de 10 mil pontos. Um ano depois, em 2005, chegou a bater quase o dobro, com um valor próximo a 18 mil pontos, como pode ser visto no gráfico abaixo:

Ao analisar o indicador para o curto e médio prazo, é possível observar a presença de volatilidade dado que commodities são extremamente sazonais e passam por ciclos de alta e baixa.
No entanto, ao longo de sua história, o ICB apresenta um viés de alta consistente, sobretudo após o ano de 2020. Em novembro de 2021, o índice chegou a bater os 49 mil pontos.






