A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) projetou que as empresas aéreas do Brasil devem fechar 2020 com prejuízo de US$ 10,83 bi em receitas.
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De acordo com relatório do órgão publicado nesta quinta-feira (30), a pandemia de Covid-19 causará uma queda de 57% no faturamento em relação ao que entrou nos cofres em 2019.
A projeção atual da Iata é pior do que a feita no fim de junho. Na ocasião, a associação havia projetado perda de US$ 10,2 bilhões na região para o ano, ou 53% de recuo.
“A América Latina tem sido de longe a região com mais restrições no mundo”, afirmou Peter Cerdá, vice-presidente da Iata para as Américas.
Recuperação só em 2024, diz Iata
Alexandre de Juniac, diretor-geral e CEO da Iata, previu que a recuperação total dos estragos causados pelo coronavírus às companhias aéreas só acontecerá em meados de 2024.
Segundo ele, “o tráfico de passageiros atingiu o fundo do poço em abril, mas a força da retomada tem se mostrado ainda muito pequena”.
Juniac lembrou que “em várias partes do mundo as infecções ainda estão crescendo” e que, por conta desse cenário, a população segue temerosa em retomar a rotina de viagens, principalmente a passeio.
“Qualquer melhora que ocorra nesse momento será fruto de voos domésticos”, concluiu.
Iata projeta PIB negativo para o Brasil
A queda brusca na movimentação das empresas aéreas e do setor como um todo afeta diretamente o PIB dos países.
Por conta disso, a Iata alertou que o PIB do Brasil deverá sofrer um impacto negativo de US$ 6,64 bilhões em 2020.
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As contas da Associação levam em conta o impacto geral na economia, o segmento de turismo e sua ligação às aéreas.
A análise da Iata apontou também que, em termos de emprego, a economia brasileira pode perder 318,5 mil postos de trabalho em 2020.
Projeção para os EUA
A visão da Iata para os Estados Unidos também é negativa por conta da pandemia de coronavírus.
O país mais afetado do mundo pela doença, à frente somente do Brasil, tem uma estimativa de perdas da ordem de US$ 137,1 bilhões para o ano, equivalente a uma receita 69% menor na comparação com 2019.
“Com as restrições, os impactos econômicos na região continuaram a mostrar tendência de crescimento. Não podemos suportar aviões no chão por muito tempo”, avisou Cerdá.





