O governo federal decidiu dar aumento de 5% para todos os servidores federais a partir de julho.
Se for adotada, a medida deve custar cerca de R$ 6 bilhões de reais aos cofres públicos somente em 2022. A previsão para reajuste salarial dos servidores neste ano 2022 era de R$ 1,7 bilhão.
A proposta foi considerada insuficiente por várias categorias. Os servidores do Banco Central, por exemplo, reivindicam um reajuste de 27% e um plano de reestruturação de carreira.
Os movimentos grevistas cresceram após o governo federal anunciar que aumentaria o salário dos servidores da área de segurança. O anúncio levou outras categorias a pedir reajustes salarias.
Para evitar uma greve generalizada, o governo federal decidiu suspender o aumento para os servidores da área de segurança e propor um novo aumento incluindo todas as categorias do funcionalismo público federal.
Atualmente, também há paralisações dos auditores da Receita Federal, que estão em operação padrão; dos servidores do INSS, em greve desde março; e dos funcionários do Tesouro Nacional, os quais aprovaram, em assembleia, paralisações pontuais em abril.
Hoje, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), também criticou a decisão do governo. A categoria não aceitou a suspensão do aumento concedido em razão das greves dos outros servidores.
Em nota, a ADPF fala em “total indignação e repúdio”. O principal motivo das críticas foi a falta de um plano de carreira para a categoria. O governo havia prometido, além do aumento para funcionários públicos federais da área de segurança pública, a reestruturação e a valorização das carreiras desse setor. A medida ficaria dentro do valor reservado no Orçamento para o reajuste do funcionalismo em 2022 (R$ 1,7 bilhão).
Agora, o governo terá de retirar verbas de outras áreas para conceder o aumento a todos os servidores públicos federais.