A Gol (GOLL4) e a Avianca assinaram um documento, ontem a noite (10), que inicia o processo de fusão das companhias aéreas. Com isso, uma nova holding, o Grupo Abra, será o maior grupo de aviação da América Latina.
Apesar das empresas serem sediadas aqui na América do Sul, o Grupo Abra terá sede no Reino Unido. Contudo, para iniciar as operações, a holding ainda precisa ter aprovação nas instituições de regulação de mercado. Caso seja aprovada, a nova empresa terá uma receita anual da ordem de US$ 7 bilhões e uma frota de 300 aeronaves ao somar os resultados da Gol e Avianca.
Durante o anúncio da fusão, o grupo receberá uma capitalização de US$ 350 milhões de investidores internacionais, com destaque para Elliott International, Kingsland e South Lake. Inclusive, os fundos citados acima se tornaram acionistas da Avianca depois da reestruturação da dívida da empresa colombiana.
O comunicado de fusão ainda aponta que o Grupo Abra terá participação majoritária nos interesses econômicos da Viva, com operações na Colômbia e Peru, e minoritária na Sky Airline, no Chile. Além disso, há uma expectativa na inclusão dos programas de fidelidade Smile e LifeMiles.
Apesar da fusão das marcas, o comunicado informa que as companhias aéreas vão continuar com as atividades de forma independente, como estão atualmente. Além disso, o movimento também não irá afetar as ações das empresas nas bolsas de valores do Brasil, Colômbia e EUA.
Há a expectativa de que a combinação dos negócios tem um potencial de elevar a receita em até US$ 10 bilhões e uma expansão da frota para cerca de 500 aeronaves.
A família Constantino, que controla a Gol, deverá ser a acionista majoritária do Grupo Abra, com uma fatia na ordem de 30%. Assim, Constantino de Oliveira Junior assumirá como CEO da nova holding.
“Este acordo coloca as companhias aéreas do Grupo Abra em posição de liderança em viagens aéreas na América Latina, atendendo a uma população de mais de um bilhão de pessoas e um PIB de quase US$ 3 trilhões, e oferecendo oportunidades significativas de capacidade e crescimento de receita. A estrutura corporativa única permitirá que cada companhia aérea gere resultados mantendo independentes suas marcas, equipes e cultura, e proporcione aos colaboradores mais oportunidades de crescimento pessoal e profissional em todas as fases de suas carreiras”, afirma Júnior, em nota.






