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Ford (FDMO34) vê prejuízo crescer 64,7% no quarto trimestre

Ford (FDMO34) vê prejuízo crescer 64,7% no quarto trimestre

A Ford (FDMO34) relatou nesta quinta-feira (4) um aumento de prejuízo para US$ 2,79 bilhões, ou mais 64,7%, com perda de 70 centavos de dólar por ação, contra US$ 1,67 bilhão nos mesmos três meses de 2019.

Já a receita recuou 9%, para US$ 33,2 bilhões, na comparação com os três últimos meses do ano anterior.

Ainda assim, a empresa planeja investir US$ 29 bilhões em veículos elétricos e autônomos até 2025.

O CFO da Ford, John Lawler, tentou olhar o copo meio cheio e disse que a empresa prevê ganhar entre US$ 8 bilhões e US$ 9 bilhões em lucros ajustados antes dos impostos e gerar entre US$ 3,5 bilhões e US$ 4,5 bilhões em fluxo de caixa livre ajustado em 2021.

Isso não leva em conta a escassez global de chips semicondutores que Lawler disse poder reduzir os lucros da Ford em US$ 1,0 bilhão a US$ 2,5 bilhões este ano.

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Projeção equivocada

Em outubro, Lawler projetou que o lucro antes dos impostos ajustado da montadora para o quarto trimestre cairia ficaria emalgum lugar entre US$ 500 milhões de prejuízo ou zero. Isso seria uma queda em relação a um lucro de US$ 485 milhões durante o quarto trimestre de 2019.

A previsão, como se viu, mostrou-se equivocada.

O CFO disse que o aumento do prejuízo seria em grande parte devido aos custos relacionados aos veículos novos ou reprojetados que a empresa lançou no final do ano. Isso incluía a caminhonete 2021 F-150, bem como o Bronco Sport SUV e o crossover totalmente elétrico Mustang Mach-E.

Ford no Brasil e América Latina

Em 11 de janeiro último, a Ford comunicou que encerraria a produção de veículos em suas fábricas brasileiras, localizadas em Camaçari (BA), Taubaté (SP) e em Horizonte (CE) ainda este ano.

Ficarão mantidos apenas o Centro de Desenvolvimento de Produto, localizado na Bahia, e o Campo de Provas e sua sede regional, ambos em São Paulo.

Assim, as fábricas de Camaçari (BA), que produzia Ka e EcoSport, e Taubaté (SP), que fabrica motores e transmissões, foram fechadas imediatamente, reduzindo a produção às peças para estoques de pós-venda.

“A Ford reduziu seu prejuízo operacional na América do Sul pelo quinto trimestre consecutivo, depois, em meados de janeiro, tomou medidas mais enérgicas para conter a persistente fraca demanda da indústria e outras realidades econômicas regionais. A Ford Brasil decidiu encerrar a fabricação em suas três unidades no país”, informou a empresa em comunicado.

O prejuízo operacional na América do Sul foi de US$ 105 milhões, o que representa um número 40% menor que o prejuízo registrado no quarto trimestre de 2019.

Mas a receita também caiu: 10% no trimestre, para US$ 900 milhões.

Não só aqui

Segundo a CNBC, os analistas e investidores devem olhar além da perda e focar na orientação da Ford para 2021.

“Apesar de uma recuperação mais rápida do que o previsto da pandemia no ano passado, a indústria agora enfrenta uma escassez de chips semicondutores que está fazendo com que as montadoras cortem a produção de veículos”, diz a matéria.

Assim, a Ford confirmou planos para cortar turnos na próxima semana nas fábricas em Michigan e Missouri, nos Estados Unidos, que produzem suas lucrativas picapes F-150, devido à falta de chips.