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FMI destaca incerteza sobre recuperação da economia e “cicatrizes significativas”

FMI destaca incerteza sobre recuperação da economia e “cicatrizes significativas”

O Fundo Monetário Internacional (FMI) deve publicar no próximo dia 24 a atualização das previsões para a economia mundial, mas já alertou: não serão boas.

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Segundo Gita Gopinath, economista-chefe do fundo, a pandemia de coronavírus deixará “cicatrizes significativas” ao redor do globo. E a razão está bem clara:

“Há uma profunda incerteza sobre a recuperação, e as previsões que publicaremos provavelmente serão piores que os números publicados em abril”. avisou.

PIB

O FMI havia previsto uma retração do PIB global em 3% em seu último relatório, projetando um encolhimento de 5,2% na economia dos países da América Latina.

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Em sua última publicação, o Fundo Monetário Internacional também havia previso uma recuperação no PIB global de 5,21% – no caso de não ocorrer uma nova segunda onda de coronavírus.

Gastos com a pandemia

Kristalina Georgieva, diretora-geral do FMI, já havia ponderado essa semana que os US$ 10 trilhões gastos pelos governos para tentar conter a pandemia não serão suficientes para minimizar os efeitos negativos na economia global.

De acordo com a executiva do fundo, o montante, apesar de expressivo, ainda está longe de ser suficiente para amortizar o caos econômico causado pelo surto da Covid-19 no planeta.

“Os governos devem fazer tudo o que estiver ao seu alcance para promover uma recuperação mais inclusiva, que beneficie todos os segmentos da sociedade”, avisou Georgieva, em artigo postado na página da entidade.

“Isso inclui a tomada das medidas necessárias para evitar cicatrizes na economia, incluindo perda de empregos e maior desigualdade”, emendou a executiva.

Extrema pobreza preocupa FMI

A diretora do Fundo Monetário Internacional também escreveu em seu artigo para o blog do FMI sobre o novo cenário da economia mundial.

Segundo Georgieva, mais de 100 milhões de pessoas podem passar a integrar a faixa considerada como “extrema pobreza” por conta dos efeitos da pandemia de coronavírus.

“Essa calamidade pode levar a um significativo aumento da desigualdade de renda. Novas estimativas sugerem que até 100 milhões de pessoas em todo o mundo podem ser empurradas para a pobreza extrema, apagando todos os ganhos obtidos na redução da pobreza nos últimos três anos”, explicou.

A executiva ressaltou ainda que as famílias com menos recursos financeiros estão mais suscetíveis aos efeitos do vírus, pois “suportam o peso recorde do desemprego e são menos propensos a se beneficiar do ensino a distância”.

“A nutrição das crianças também pode ser prejudicada pela interrupção das refeições fornecidas pela escola. Segundo estimativas da ONU, mais de meio bilhão de crianças em todo o mundo perderam o acesso à educação como resultado dos bloqueios por coronavírus. Muitos não retornam às salas de aula após a pandemia, com as meninas mais propensas que os meninos a abandonarem”, emendou Georgieva.

Perspectiva

Para tentar contornar esse cenário cada vez mais tenso, a diretora do FMI tem uma lista de sugestões, e jogou para os governantes dos países a responsabilidade por garantirem um futuro melhor aos que mais necessitam de ajuda.

“Garantir um retorno ao crescimento não é suficiente. Lembremos das reformas e investimentos pós-crise financeira que tornaram os sistemas bancários mais resilientes. Precisamos de um aumento semelhante nas reformas e investimentos durante a fase de recuperação para melhorar significativamente as perspectivas econômicas dos mais vulneráveis”, concluiu.

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