Os investidores que possuíam recursos aplicados na financeira Dacasa, cuja liquidação extrajudicial foi decretada nesta quinta-feira (13) pelo Banco Central, têm direito a reavê-los. O Fundo Garantidor de Crédito (FGC), entidade privada, sem fins lucrativos, criada na década de 1995 justamente com a função de dar proteção a investidores, restitui valores até R$ 250 mil aplicados em RDB (Recibo de Depósito Bancário), CDB (Certificado de Depósito Bancário); poupança; letras de câmbio ou valores em conta.
De acordo com o assessor de investimentos do site euqueroinvestir.com, Lucas Carulice, o recebimento segue um cronograma montado pelo FGC, com base em uma lista de clientes (credores) informada pelo liquidante da financeira. Após o recebimento desta lista, o FGC começa a efetuar o pagamento em 15 dias. O credor pode optar por receber o dinheiro por crédito em conta corrente, poupança ou em espécie, e não pagará taxas de transferência.
Veja o passo a passo
Investidor com recursos na instituição financeira liquidada recebe um comunicado informando que terá direito a reaver valores depositados por meio do FGC
O liquidante da instituição financeira, nomeado pelo Banco Central, encaminha ao FGC a lista de credores e os valores a que cada um têm direito. Não há prazo legal para isso ocorrer.
Após receber a lista, o FGC elabora um cronograma de pagamento e em 15 dias começa a ressarcir os clientes, até o limite de R$ 250 mil cada.
Com base no endereço informado pelo cliente no cadastro da financeira, o FGC indica a agência bancária onde será feito o pagamento. O valor pode ser sacado ou transferido para outra conta sem cobrança de tarifas.
As informações sobre o andamento do processo ficam disponíveis no site do FGC ou da instituição.
Dacasa
A Dacasa Financeira, com sede em Vitória (ES), teve a liquidação extrajudicial decretada nesta quinta-feira (13) pelo Banco Central. O ato, assinado pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirma que a medida foi tomada em razão da grave situação patrimonial, das graves violações às normas legais que disciplinam a atividade da instituição, bem como a existência de prejuízos que sujeitam a risco anormal os seus credores”.
Também foi decretada a liquidação extrajudicial da Uniletra Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários S.A. Ambas tinham como controladora a Dadalto Administrações e Participações. Os bens dos controladores diretos, indiretos e ex-administradores das duas foram tornados indisponíveis. O BC nomeou Eduardo Felix Bianchini como liquidante das instituições, com amplos poderes de administração e liquidação.
A empresa estava há 35 anos no mercado, conforme informações que constam em seu site. Tem 49 lojas nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais, mais de 20 mil pontos de vendas em lojistas parceiros e mais de 3 milhões de clientes.






