Criminosos buscam de todas as formas se evadir de suas práticas, uma delas é através da lavagem de dinheiro com criptomoedas.
O mundo virtual não está de fora dessa atuação, pois identificou-se que essa prática também está alcançando as moedas virtuais, mesmo existindo tecnologias como o blockchains que auxiliam a coibir esses tipos de comportamento.
De acordo com matéria publicada no Portal do Bitcoin, por Rodrigo Borges Delfim, essas informações foram obtidas através do 2020 Crypto Crime Report, conteúdo elaborado pela consultoria Chainnalysis.
O que traz o estudo sobre lavagem de dinheiro com criptomoedas
De acordo com Delfim, o estudo traz que somente em 2019 essas operações moveram um cerca de US$ 2,8 bilhões somente na moeda bitcoin que passaram por exchanges.
Grande parte desses valores transitaram pelas corretoras Binance e a Huobi, tidas como grandes corretoras mundiais.
Ainda, conforme o estudo, as contas das quais originaram a prática são provenientes do chamado mercado OTC (Over-The-Counter).
No Brasil, ele é equivalente ao mercado de balcão e é usado para a negociação de ativos financeiros, sendo um mercado que a bolsa de valores não regulamenta.
Apesar disso, são vinculados a uma corretora, mas atuam de forma independente.
Trata-se de um mercado grande a ponto da Chainalysis afirmar, segundo matéria de Delfim, a impossibilidade de mensuração exata.
O Mercado de OTC é legalmente permitido, porém, as regras de KYC, que são próprias da área de compliance.
O objetivo dessas regras é a prevenção de práticas fraudulentas, porém elas não são tão rigorosas quanto as das corretoras, e isso é aproveitado pelos criminosos para realizarem suas práticas.
Nesse contexto, a matéria ainda nos traz que, de acordo com o que foi sugerido pela Chainalysis, que especialistas na área de blockchain sejam formados, pois isso ajuda a identificar situações que envolvam fraudes.
Além disso, é fundamental que corretoras de criptomoedas aperfeiçoem suas práticas e políticas de KYC e as ampliem de modo a compreender de maneira mais categórica a quem opera no mercado de OTC.