Enquanto o governo federal patina para determinar ações coordenadas por todo o país, a linha de frente do combate ao novo coronavírus, o Covid-19, fica com os municípios e, especialmente, com os estados. Governadores de todo o Brasil se anteciparam e adotaram medidas para que a pandemia não se alastre em seus territórios.
Até agora, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já contou mais de 710 mil infectados em todo o mundo, sendo os Estados Unidos, com 136 mil e 2,4 mil mortos, o país mais afetado, junto com a Itália, que já conta 10.800 vítimas fatais e 98 mil casos confirmados.
A taxa de mortalidade no mundo está em 4,71%. Nos Estados Unidos, ela é baixa, por enquanto: 1,75%. Enquanto isso, na Itália é de 11,03%, e na Espanha, outro país bem afetado, 8,38%.
No Brasil, a taxa de mortalidade gira em torno de 3%, com especial preocupação para São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco.
São Paulo e Rio de Janeiro saem na frente
A maioria dos estados adota o fechamento de bares, restaurantes, cafés, cinemas e teatros, além de escolas, seja da rede pública, seja da privada.
Em São Paulo, o governador João Doria (PSDB), decretou estado de calamidade pública, no dia 20, e desde o dia 24, o estado está em quarentena, com comércio fechado, só abrido o que é essencial – basicamente, supermercados, farmácias, padarias, açougues, postos de gasolina, serviços médicos e veterinários.
A quarentena tem data para terminar: dia 7 de abril. Mas o governador já avisou que pode ter que estender a medida por mais dias.
O Rio de Janeiro acabou de prorrogar a quarentena no estado por mais quinze dias, a começar nessa segunda-feira (30).
Eventos e atividades com público, como shows, feiras, além de cinemas e teatros, estão fechados. Estão suspensas as aulas nas redes pública e privada.
Bares, restaurantes estão autorizados a funcionar com 30% da capacidade de lotação e, assim como em São Paulo, podem fazer entregas e a preparem pedidos para serem levados pelos clientes. Praias estão proibidas.
Consenso
Nas 27 unidades da federação as aulas estão suspensas, sejam em escolas privadas ou públicas. É a única atividade com consenso entre os governadores nessa batalha contra o Covid-19.
Funcionamento de igrejas e cultos estão suspensos em quase todos os estados, com exceção de Maranhão, Pará, Rio de Janeiro e Tocantins, cuja suspensão vale apenas na capital Palmas e em outros municípios.
Só Florianópolis (SC) e Teresina (PI) não decretaram estado de emergência em saúde pública. Todas as outras capitais assim procederam.
Já estado de calamidade pública foi decretado em todas as capitais, com exceção de Brasília (DF), Fortaleza (CE) e Vitória (ES).
Comércio
Shopping centers e demais centros de compras estão proibidos de abrir em 16 estados. Podem funcionar sem restrições no Piauí e em Rondônia. Estão suspensos na capital e em alguns municípios no Amazonas, Ceará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins.
Comércios essenciais, como farmácias, supermercados, açougues, padarias, centros médicos e veterinários, postos de abastecimento de combustíveis e de gás, sistemas de entregas, podem funcionar em todos os estados.
Mas tirando esses tipos de negócio, todo o resto está proibido de abrir em 18 estados.
Alguns estados impõem essa suspensão apenas na capital e em alguns municípios: Alagoas, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Tocantins. Podem funcionar em Rondônia, Rio Grande do Sul e na Bahia.
Cinemas estão fechados em quase todos os estados. Apenas Amapá e Ceará ficam só na recomendação do seu fechamento.
Academias de ginástica também estão proibidas na maioria dos estados. A exceção é no Pará. No Ceará e no Rio de Janeiro, há apenas recomendação para o fechamento.
Bancos
O Banco Central teve que intervir nessa área. Distrito Federal e Rio Grande do Norte haviam suspendido a atividade bancária. Outros estados, como Mato Grosso do Sul e Paraíba, haviam suspendido a atividade na capital e em alguns municípios.
Mas o Banco Central determinou que as agências de todo o país apenas ajustassem o horário de atendimento, mas devem ser abertas.
Com informações do Poder 360 e da Agência Brasil.
LEIA MAIS
Empresários do varejo ameaçam demitir 600 mil se isolamento for mantido
