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Presidente do Fed: Trump diz que nome será divulgado no começo de 2026

Presidente do Fed: Trump diz que nome será divulgado no começo de 2026

Nos mercados de apostas, o nome mais forte segue sendo Kevin Hassett, atual diretor do Conselho Nacional Econômico da Casa Branca

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou o nível de especulação em torno da sucessão no Federal Reserve (Fed) ao afirmar que só deve anunciar seu indicado para presidente do Fed no início do próximo ano. A sinalização representa uma mudança em relação ao cronograma anteriormente ventilado pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, que havia indicado que a definição sairia até o Natal.

Nos mercados de apostas, o nome mais forte segue sendo Kevin Hassett, atual diretor do Conselho Nacional Econômico da Casa Branca, apesar de o próprio Trump reconhecer que seu favorito pessoal — o secretário Bessent — “não quer o cargo”. O republicano voltou a pressionar por cortes de juros, citando até o CEO do JPMorgan: “Até Jamie Dimon disse que Jerome Powell deveria reduzir as taxas de juros”, afirmou.

Enquanto Hassett lidera as bolsas de apostas, uma pesquisa conduzida pelo Financial Times e pelo Clark Center for Global Markets da Booth School of Business aponta um favoritismo distinto entre economistas acadêmicos. Segundo o levantamento, 82% dos especialistas gostariam que Christopher Waller, atual governador do Fed, assumisse o comando da instituição quando o mandato de Jerome Powell se encerrar, em 2026.

Presidente do Fed: Kevin Hasset é favorito

Apesar disso, apenas cerca de 20% acreditam que esse cenário realmente ocorrerá. Para os 44 economistas consultados, o fator político pesa mais: muitos entendem que a pressão de Trump sobre o Federal Reserve tende a influenciar a escolha. Hassett aparece como o mais provável a ser indicado, embora apenas 39% o considerem a melhor opção.

A distância entre o candidato preferido pelos economistas e o mais cotado politicamente reflete o atrito entre Trump e a atual liderança do Fed. O presidente dos EUA acumula críticas públicas a Jerome Powell, a quem chamou de “idiota” em diversas postagens na rede Truth Social por não reduzir os juros de forma mais rápida.

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Trump afirmou recentemente que três finalistas seguem no páreo: Waller, Hassett e Kevin Warsh — este último, ex-governador do banco central e defensor de uma “mudança de regime” na condução da política monetária.

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Contexto econômico e agenda paralela

Ao mesmo tempo em que pressiona o Fed por cortes de juros, Trump voltou a defender o uso de receitas tarifárias para reduzir a carga fiscal. Segundo ele, “vamos conseguir reembolsar contribuintes com dinheiro das tarifas” e, em um passo além, afirmou acreditar que “em um futuro próximo vocês não terão imposto de renda para pagar”.

Na área da saúde, o presidente reconheceu dificuldades nas negociações com os democratas, mas afirmou que “algo vai acontecer”, ainda que “não será fácil”. Trump também manteve o tom de competição tecnológica com a China ao declarar que os EUA estão “muito à frente” em inteligência artificial e que Pequim “não vai conseguir nos alcançar”.

Enquanto a disputa pelo comando do Fed avança, o cenário combina fatores políticos, econômicos e ideológicos que devem continuar moldando as expectativas do mercado e o debate sobre a independência do banco central norte-americano.