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Ações da Ambipar disparam mais de 20% após demissão de 35 diretores; entenda o que aconteceu

Ações da Ambipar disparam mais de 20% após demissão de 35 diretores; entenda o que aconteceu

Papéis AMBP3 chegaram a subir mais de 35% na máxima do dia, em forte reação do mercado ao anúncio de reestruturação e mudanças profundas na governança da companhia

As ações da Ambipar (AMBP3) dispararam nesta terça-feira (2), encerrando o pregão em alta de 24%, cotadas a R$ 0,31. No ponto mais intenso de volatilidade, por volta das 16h50, os papéis chegaram a bater R$ 0,34, o que representou uma alta intradia de 36% em relação ao preço de abertura (R$ 0,25).

O movimento ocorre após a companhia confirmar, na noite de segunda-feira (1º), a demissão de 35 diretores e gestores envolvidos em “falhas graves na execução das melhores práticas de governança e gestão de riscos”.

Demissões atingem núcleo de governança e controles

Em comunicado ao mercado, a Ambipar detalhou que o desligamento em massa decorre de irregularidades identificadas por meio de monitoramento e avaliações internas das estruturas de risco.

A medida desmonta praticamente toda a área responsável por controles internos, incluindo profissionais do jurídico, RH, financeiro, área tributária, relações com investidores, integração e controladoria corporativa.

“A Ambipar demitiu os diretores e gestores, em um total de 35 posições, ao constatar falhas graves na execução das melhores práticas de governança e gestão de riscos”, informou a empresa.

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Segundo a companhia, toda a estrutura sob investigação respondia diretamente ao ex-diretor financeiro (CFO), João de Arruda, apontado pela própria Ambipar, desde o início da crise, como responsável central pela deterioração financeira que culminou no pedido de proteção contra credores, em setembro, e posteriormente na recuperação judicial.

B3 cobrou explicações após reportagem do Valor

O anúncio das demissões também ocorreu em resposta a questionamentos da B3. A bolsa buscava esclarecimentos sobre a efetividade dos mecanismos de fiscalização da empresa, especialmente após reportagem do Valor Econômico revelar que diretores já haviam sido desligados antes mesmo do pedido de proteção judicial.

Ao responder, a Ambipar confirmou a informação e detalhou as falhas encontradas na revisão de suas práticas de governança e compliance.

Plano de reconstrução: “Ambipar enxuta e eficiente”

A companhia apresentou ainda um plano de reestruturação dividido em fases, com foco em reconstruir suas estruturas de governança, risco e compliance até fevereiro de 2026.

A nova organização propõe uma Ambipar “mais enxuta e eficiente”, ajustada ao tamanho operacional atual — bem diferente da estrutura inflada que se formou durante o período de forte expansão e aquisição de ativos.

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