Todo mundo escuta falar da alta e da queda da bolsa, mas quem é novo neste mercado costuma ter dúvidas. Mas afinal, o que faz a bolsa subir ou cair? E como este desempenho é medido?
A referência é o Ibovespa
Em primeiro lugar, é importante entender que quando o mercado fala em alta ou baixa da bolsa, está se referindo ao índice Ibovespa.
O Ibovespa é o principal indicador de desempenho das ações negociadas na bolsa de valores (B3). Ele reúne as empresas mais relevantes negociadas em bolsa.
Este grupo de ações que compõe o Ibovespa corresponde a cerca de 80% dos negócios do mercado de capitais nacional.
O Ibovespa foi criado em 1968 e serve como referência de como está indo a bolsa de valores como um todo. Ele é reavaliado pela B3 a cada quatro meses.
Em vez de investir em uma ação de determinada empresa, o investidor também pode investir em produtos relacionados ao índice. Isso significa que estes produtos variam conforme o Ibovespa.
Um exemplo bastante conhecido é o fundo de índice BOVA11, que acompanha o andamento do Ibovespa, mas existem outros.
Fatores que fazem Ibovespa subir ou cair
Da mesma forma que acontece em qualquer mercado, o Ibovespa obedece a lei de oferta e demanda.
Quanto mais pessoas e instituições estiverem interessadas em comprar as ações que compõem o índice, mais ele vai subir.
Da mesma forma, um desinteresse do mercado vai gerar a venda das ações e reduzir a cotação do índice.
No mercado financeiro, os investidores tomam suas decisões de compra ou venda baseados nas suas expectativas para o futuro.
Crises políticas, pandemias, turbulências externas são alguns dos exemplos que fazem o mercado como um todo sofrer queda.
Isso porque nestes momentos o mercado prevê uma saída dos investidores da bolsa, com impacto negativo sobre o Ibovespa.
Acontecimentos relativos aos negócios das empresas também fazem a bolsa subir ou cair. Quanto mais promissor o futuro da empresa, melhor para a ação, e vice-versa.
Sobe e desce na história
Quando o tombo do Ibovespa é muito grande, geralmente é associado a uma expectativa negativa para o mercado como um todo.
Confira abaixo as correções históricas do Ibovespa que superaram 15%.

Fonte: XP e Bloomberg
Pelo gráfico, fica evidente a influência das crises internacionais sobre a cotação do índice. Os anos de 2001 e 2008 são exemplos disso.
No primeiro caso, por causa dos atentados ao World Trade Center nos EUA e crise na Argentina, impulsionada pela Crise do Apagão no Brasil, destacou a XP em relatório.
Em 2008, por causa do colapso financeira ausado pela da crise do subprime. Agora em 2020, a pandemia do coronavírus e seus desdobramentos têm levado a bolsa a fortes oscilações em um curto espaço de tempo.
Como investir na bolsa de valores?
Instabilidades existem, e por isso mesmo os especialistas defendem que a bolsa de valores deve ser um investimento de longo prazo.
Por isso, se você tem um objetivo para o futuro, esta pode ser uma boa alternativa para aumentar o retorno da sua carteira.
Existem várias formas principais de investir na bolsa de valores. Uma delas é comprar ações diretamente. Para isso, é preciso abrir uma conta numa corretora de valores.
A segunda forma é comprar cotas em um fundo de ações ativo. Neste caso, o gestor faz uma carteira de ações, e você paga uma taxa de administração, além de uma taxa sobre o montante que exceder a variação do Ibovespa.
A terceira forma é comprar um fundo de ações passivo ou um fundo de índice. O fundo de ações passivo compra uma carteira igual ao Ibovespa, acompanhando o movimento deste índice.
O fundo de índice (chamado de ETF) chamado BOVA11 é outra opção que também vai permitir que você tenha ganhos acompanhando o índice.
Vale destacar que fundos passivos e ETFs são menos arriscados que fundos ativos.