Você investe em ações? Se a resposta for sim, então saiba mais sobre o processo de ganho de ativos de forma gratuita, que faz os olhos de qualquer investidor brilhar: a bonificação de ações.
O que é a bonificação de ações?
Um programa de bonificação de ações nada mais é do que a distribuição gratuita de novos ativos aos acionistas de uma empresa. Com isso, a companhia pode aumentar sua posição acionária, sem que os investidores precisem injetar mais dinheiro em novas aplicações.
Em outras palavras, o investidor recebe novos papéis de forma gratuita, como uma espécie de “provento”, no momento em que a empresa divide os lucros entre os seus acionistas.
Como funciona a bonificação?
De acordo com as regras de contabilidade, a empresa não pode aumentar o seu capital social de forma espontânea sem que haja uma contrapartida.
Assim, ela pode emitir novas ações através de bonificações ou optar por alguma dessas alternativas: financiar seu crescimento por meio de reserva financeira ou pela distribuição de proventos (JCP, dividendos ou bonificação financeira) para os acionistas.
Em um processo de bonificação, o número de ações recebidas pelo investidor é proporcional à quantidade de papéis que ele detém na companhia.
O cálculo é simples. Basta aplicar o percentual anunciado pela empresa sob a quantidade de ações que o investidor possui para saber a quantidade de ações que o acionista receberá.
Por exemplo: se ele tem 1.000 ações da companhia, com uma bonificação de 10%, ele receberá 100 novos papéis.
Quando os acionistas podem receber a bonificação?
Os acionistas terão o direito de receber os papéis na data estabelecida pela companhia, a chamada “data-on”.
Ou seja: se o pagamento das ações ordinárias estiver marcado para o dia 29 de maio de 2022, os investidores que incluírem os papéis da empresa em suas carteiras até o fechamento do pregão desse dia terão direito a receber os 10% de bonificação nessa data.
Por que uma empresa adota um programa de bonificação de ações?
Para a empresa, esta é uma forma de aumentar seu o capital social por meio da incorporação de reservas financeiras. Nos últimos meses, ações do Bradesco (BBDC4 e BBDC3) e do Itaúsa (ITSA4), por exemplo, distribuíram a bonificação e, consequentemente, aumentaram o seu valor investido.
Quando a companhia deseja aumentar o seu capital social, incorporando reservas, ela pode tomar essa decisão. No momento em que ela decide isso, os acionistas são alertados e passam a ter mais papéis em uma espécie de “atualização” de sua participação na referida companhia.
Vale ressaltar que, neste caso, não há um aumento de recursos para a empresa, nem alteração do seu patrimônio líquido. A única modificação é o crescimento de sua base acionária.
Quando as bonificações acontecem?
Não há um prazo ou uma data fixa para as bonificações acontecerem, uma vez que a decisão é deliberada em assembleia geral.
Nesta reunião, o conselho define qual será a reserva ou o lucro retido revertido em bonificação para os acionistas. Depois de estipulados os detalhes e condições, cada investidor será comunicado sobre as regras desta divisão.
Além disso, nesse momento é determinada a data conhecida como ‘ex-bonificação’. Através dela, se define um prazo limite para definir quem tem direito a receber o benefício.
Sendo assim, todos os acionistas que possuem papéis até a data terão direito ao recebimento de novas ações.
O que muda após a bonificação em ações?
Como saber o novo preço do ativo após a bonificação? Em um exemplo prático, vamos supor que o acionista tem 100 ações da empresa e o preço de fechamento dela foi de R$ 10,00. Veja na tabela abaixo os novos preços de acordo com os percentuais de bonificação.
Bonificação | Quantidade | Valor atualizado |
10% | 110 | R$9,09 |
20% | 120 | R$8,33 |
30% | 130 | R$7,69 |
40% | 140 | R$7,14 |
Em uma bonificação de 10%, o investidor passará a ter 10% a mais de ações do que antes, ou seja, ficará com 110 ações da empresa.
Dessa forma, o preço do papel será reduzido a R$9,09, já que as novas ações não terão custado nada ao acionista.
Em outras palavras: há uma diminuição do preço-médio do ativo, que nada mais é do que o custo médio de todos os papéis que investidor comprou da companhia. Isso acontece porque a cotação diminui proporcionalmente ao número de ações distribuídas.
Além disso, uma outra “consequência” da bonificação é o aumento da liquidez dos papéis. Como os preços de cada ação serão reduzidos, é costumeiro que mais investidores fiquem interessados na compra e, por isso, o volume de negociações aumente.
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