A Eneva informou nesta segunda-feira (27) que fez nova proposta ao BNDESPar pela AES Tietê, em mais um lance para avançar em sua intenção de fusão com a companhia.
Em comunicado ao mercado, a Eneva afirma que se compromete, caso o banco aceite os termos propostos, a encaminhar nova proposta de incorporação com a relação de troca implícita correspondente a 0,057504313 novas ações ordinárias de emissão da Eneva para cada ação ordinária ou preferencial de emissão da AES Tietê, totalizando 114.751.730,30 novas ações ordinárias de emissão da Eneva.
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Adicionalmente à troca de ações, a empresa pagaria ainda em dinheiro R$ 1,995 bilhão por cada ação ordinária ou preferencial ou R$ 5,00 por Unit.
Prêmio maior pela Tietê
A empresa afirma no documento que essa relação de troca representa um prêmio de 17% sobre o valor de mercado das duas companhias em 23 de julho.
A proposta encaminhada na semana passada previa um prêmio de 10%.
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A relação de troca implícita era correspondente a 0,06539522 novas ações ordinárias de emissão da Eneva para cada ação ordinária ou preferencial de emissão da AES Tietê ou de 0,32697609 por Unit, totalizando 130.498.292 novas ações ordinárias de emissão da Eneva, mais uma parcela em dinheiro de R$ 727.890.471,54, equivalente a R$ 0,36 por cada ação ordinária ou preferencial ou R$ 1,82 por Unit.
BNDESPar
O BNDESPar, que já noticiou a intenção de se desfazer de uma participação, é o maior acionista da empresa paulista de energia, com 28,41% do capital total, sendo 14,4% em ações ordinárias e 37,5% de preferenciais.
Após a investida da Eneva, a AES Corp, controladora da Tietê, também encaminhou proposta ao BNDESPar, para ficar com 18% da participação que o banco possui.
Perto das 14h30, as ações da Eneva (ENEV3) caíam 0,41%, enquanto os papéis da AES Tietê (TIET11) subiam 4,95%.
Mais um capítulo
A primeira investida da Eneva sobre a AES Tietê ocorreu em março, quando lançou uma proposta de fusão entre as empresas, sob o argumento de ganho de sinergias e criação da segunda maior empresa privada de geração de energia do país.
A AES Tietê, por seu lado, considerou a oferta como hostil e em abril o conselho de administração rejeitou a proposta de forma unânime, por considerar que a empresa foi subavaliada. Além disso, ia contra a sua intenção de ampliar sua atuação em energias renováveis. Acionistas minoritários também se manifestaram contra a transação.
A Eneva, no entanto, não se conformou e vem manifestando seguidamente o interesse na combinação de negócios.
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