Como viver de renda?
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Educação Financeira
Notícias
Energia solar: Brasil é 8º do mundo no setor; saiba como investir

Energia solar: Brasil é 8º do mundo no setor; saiba como investir

A energia solar tem ganhado um impulso grande nos últimos anos e continua a avançar. Isto ocorre por conta da disseminação da geração distribuída (GD) e da redução dos custos de instalação de equipamentos fotovoltaicos.

O alto custo da energia também tem sido um estimulador desse novo consumo energético, já que uma casa com painel solar passa a consumir bem menos energia das distribuidoras.

A fonte renovável cresceu a tal ponto que hoje responde por uma oferta de 6,044 gigawatts (GW) de geração instantânea. Isso significa que, caso haja demanda, estas usinas podem prontamente ofertar esse volume de energia.

E com isso, empresas ligadas ao setor consegue se capitalizar a se tornam companhias interessantes aos investidores. Mas antes de saber como investir em energia solar, é preciso saber mais sobre essa fonte renovável.

  • Participe da Money Week 100 Dias de Governo – Os primeiros 100 dias de um novo governo têm impacto fundamental dentro de um mandato de quatro anos e nos seus investimentos. Faça sua inscrição!

O que é a energia solar?

A energia solar, como o próprio nome já diz, é a fonte proveniente da luz do sol. Ela pode ser dividida em diferentes formas de consumo, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), para cada aplicação há um tipo diferente de energia.

Sistemas solares de pequeno e médio porte, com capacidade instalada de até 5 megawatts (MW), podem ser instalados em casas, fazendas, prédios corporativos e prédios públicos. Com relação ao tipo de sistema de GD, isto é, quando a geração solar é conectada com a rede de distribuição, possui quatro modalidades:

  • Local: o sistema é colocado em uma unidade consumidora e a energia gerada é utilizada no próprio local;
  • Condomínio com GD: nessa modalidade, a energia gerada é compartilhada entre os condôminos em percentuais definidos em reunião dos próprios consumidores. Também ser usada para levar energia para as áreas comuns do condomínio;
  • Autoconsumo: neste tipo, o consumidor pode instalar um micro ou minigerador em um local diferente de onde está morando e usar os créditos gerados como compensação de seu consumo e assim reduzir sua conta de luz – desde que seja dentro da mesma área de concessão;
  • Geração compartilhada: aqui, várias partes podem chegar a um acordo para se reunir em um consórcio ou cooperativa para investir na compra de um sistema de geração e juntos compartilharem do consumo desse mesmo equipamento.

Mercado de energia solar no Brasil

O mercado de energia solar tem evoluído a cada ano. Desde a adoção da fonte, em 2012 até fevereiro, houve um salto exponencial. Há dez anos, a capacidade instalada da energia solar só chegava a aproximadamente 7 MW. Mas foi a partir de 2017 que começou o salto da energia: naquele ano, a capacidade já atingia 1,158 GW e hoje está em 26,055 GW.

Recentemente, o Brasil entrou, pela primeira vez, na lista dos dez países com maior potência instalada acumulada da fonte solar fotovoltaica. O país encerrou 2022 com 24 gigawatts (GW) de potência operacional solar. Com esse resultado, o Brasil assumiu a oitava colocação no ranking internacional organizado pela Irena (Agência Internacional de Energia Renovável).

Brasil é 8o em ranking mundial

Veja quem mais gera energia solar fotovoltaica no mundo:

ilustração com ranking de países que mais produzem energia solar
Fonte: Poder 360

A capacidade instalada hoje no país pode ser dividida em geração distribuída, com 69% da capacidade, de acordo com dados da Absolar. Já a geração centralizada, outra modalidade de consumo, responde a 31% do total.

Os estados de São Paulo e Minas Gerais hoje lideram o ranking da geração distribuída no país. O primeiro conta com 2,486 GW em potência instalada, enquanto o estado mineiro é responsável por 2,468 GW. Somados, os dois estados são responsáveis por aproximadamente 30% de toda a potência nacional de geração solar.

As próprias empresas de energia, em suas respectivas áreas de concessão, buscam os investimentos em geração solar. A CPFL (CPFE3), por exemplo, investiu R$ 276,4 mil, por meio de sua subsidiária RGE, na instalação de um equipamento fotovoltaico no Hospital Santa Terezinha de Paim Filho, no Rio Grande do Sul.

Com esse investimento, espera-se que a conta de luz do hospital economize algo em torno de 75,14 MWh (megawatts-hora), ao ano, que é equivalente a R$ 30 mil na fatura de energia. “É um ganho muito significativo em termos de consumo de energia, economia financeira e avanço de novas tecnologias. A usina de geração de energia opera de maneira totalmente automatizada e produz energia de qualidade”, comentou o analista do Programa de Eficiência Energética da RGE, Cristian Sippel.

Além disso, a União Europeia (UE) deve ampliar os investimentos em renováveis no Brasil. Segundo dados de uma matéria do portal MegaWhat, entre 2000 e 2020, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), citou que entre 133 projetos de infraestrutura com investimentos da UE, 24 eram relativos à energia solar.

Empresas para investir em energia solar

Atualmente, existem várias opções de empresas de energia renovável na B3 (B3SA3), que incluem também as que investem em geração eólica, que funciona com a força dos ventos para gerar energia.

Porém, quase sempre, as empresas que possuem investimentos em energia renovável, de uma forma geral, também incluem em seu portfólio, a energia solar.

AES Brasil (AESB3): uma das principais opções, a companhia, ligada ao grupo internacional AES, tem forte atuação no setor solar. No exterior, a companhia tem em seu portfólio o projeto Kaua’i Island Utility Cooperative (KIUC), no Havaí, que inaugurou o Projeto de Armazenamento de Energia e Solar Lāwa’i, criando um novo modelo para o fornecimento de energia renovável em grande escala. A ideia é gerar e armazenar em baterias a energia solar;

Eneva (ENEV3): embora tenha um investimento majoritário em usinas termelétricas a gás natural, a companhia possui o projeto Complexo Solar Futura I, que pretende gerar energia solar para a região de Juazeiro, na Bahia.

O projeto inclui 22 Usinas Fotovoltaicas com uma capacidade instalada total de 671 MW. Funcionará por meio da instalação de 1.424.016 painéis solares e o escoamento dessa energia se dará em um sistema que inclui dois transformadores de 400 MVA e que levarão a energia para a uma linha de transmissão de 500 kV, em dois circuitos simples;

Ômega Energia (MEGA3): a companhia possui o projeto solar Pirapora, em Minas Gerais. Trata-se de um parque com 11 usinas, totalizando 321 MW em capacidade instalada. O projeto foi iniciado em 2018 e hoje é considerado o maior projeto do segmento em operação no país;

Energisa (ENGI11): a empresa tem um programa de assinatura solar, que é feito sem a necessidade de instalação e manutenção de placas solares. É voltado a cliente residenciais cujo consumo mínimo seja de R$ 600 por mês, o mesmo parâmetro para comércio, indústria, serviços e agronegócio.

CPFL (CPFE3): como já citado anteriormente, a CPFL também possui projetos de instalação de painéis solares em alguns prédios comerciais em sua área de concessão.

Perspectivas para o futuro

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do governo federal, publicou um estudo no qual aponta que a energia solar deverá ter uma expansão significativa de forma semelhante como a que ocorreu com a energia eólica.

Segundo o estudo PNE 2050 – com um horizonte de perspectivas energéticas para 2050 – a fonte deverá ampliar sua capacidade instalada para 27 GW, quando não havia atingido 1 GW em 2015, há quase uma década.

“Tal expansão ocorre predominantemente nas últimas três décadas do horizonte quando esta (solar) apresenta maior competitividade. Adicionalmente, ao comparar a expansão da fonte solar fotovoltaica com as UHEs (usinas hidrelétricas, ainda predominantes na geração do país), fica claro que as restrições de expansão destas últimas, que seja por questões legais por efeitos de mudanças climáticas ou por outras razões, fazem com que a fonte solar acabe por preencher a limitação na expansão das UHEs em termos de capacidade instalada”, diz trecho do estudo da EPE.

Você leu sobre energia solar. Que investir melhor e com assertividade? Preencha este cadastro que um assessor da EQI Investimentos entrará em contato