A CSN, Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3), informou nesta sexta-feira (29) que resolveu paralisar temporariamente o Alto-Forno 2, em Volta Redonda, Rio de Janeiro, que tem capacidade nominal de 1,5 milhão de toneladas anuais, para adequar a produção de aço à demanda de mercado, em meio à pandemia gerada pelo novo coronavírus.
“As demais unidades da empresa e de suas controladas no Brasil, Alemanha e Portugal permanecem com suas atividades normalizadas, sem impactos operacionais relevantes, respeitando as restrições impostas pelas autoridades locais”, diz a CSN em nota.
A siderúrgica informa também que segue monitorando os desdobramentos da pandemia da Covid-19 e os impactos em seus negócios.
Ações da CSN sobem
Nesta sexta, os papeís da CSN (CSNA3) subiram mais de 7%, chegando a valer R$ 10,32.
A alta reflete a expectativa da retomada da economia na China e um aumento da demanda pelo minério de ferro.
Apesar da expectativa, a empresa viu necessária a adequação agora da produção, em virtude da recorrente queda de demanda desde que o país asiático teve que fechar suas fronteiras para conter o vírus.
Concorrência já tomou a mesma medida
No dia 6 de abril, razão da queda de demanda, a Gerdau (GGBR4) fez ajustes em sua produção em diversas unidades no mundo.
Em razão da menor procura, principalmente dos setores da indústria e da construção civil, o Alto-Forno 2 de Ouro Branco (MG), que tem capacidade instalada de 1,5 milhão de toneladas anuais, foi parado.
O mesmo ocorreu com as aciarias elétricas e laminações de aços longos.
A Usiminas (USIM5) também tinha reduziu da produção em abril, com o abafamento de alto-fornos 1 e 2 de Ipatinga em datas diferentes, além da paralisação das atividades da Aciaria 1 da Usina de Ipatinga e a paralisação temporária das atividades da Usina de Cubatão.