Desaceleração global tende a diminuir oferta pela commoditie
Conforme vimos ontem, a semana que começou agitada em torno do petróleo, prometia alta volatilidade em virtude das reuniões de banco centrais dos principais mercados mundo afora. Como se não bastasse, o governo americano anunciou um novo diálogo com os chineses, marcado para quinta-feira e por aqui, a Petrobras anunciou que observará o comportamento do preço de se sua principal commoditie para só então decidir por um reajuste nos combustíveis.
Tivemos também a entrevista do presidente Bolsonaro à Record. Ele afirmou que retoma as atividades no Planalto ainda hoje, que a exoneração de Marcos Cinta foi decisão de Paulo Guedes e que não haverá insistência na criação de uma nova CPMF.
O presidente também falou de sua participação no encontro da ONU, onde pretende reafirmar a soberania brasileira em relação a Amazônia em um tom conciliatório, o que é muito bom (o tom conciliatório) diante do recente histórico de confronto com chefes de estado de outros países. Segundo Bolsonaro, o rascunho já começou a ser escrito.
A reunião do Copom inicia hoje e na ausência de indicadores domésticos importantes até o anúncio amanhã, tudo nos leva a crer que teremos mesmo a Selic em 5,5% a partir desta quarta-feira.
A mesma boa nova não pôde ser verificada na China, os asiáticos optaram hoje em manter sua taxa de empréstimos de médio prazo em 3,3%, frustrando o mercado, que esperava por um corte que indicasse a preocupação com o fraco crescimento econômico.
Nos EUA, olho na produção industrial de agosto (10h15) que conta com previsão de alta de 0,2%, indicando uma reversão do indicador que veio negativo em julho (-0,2%).
O “11 de setembro” do nosso ouro negro, acabou reverberando menos do que se imaginava por aqui, que o diga o DI futuro, que relatou queda em toda sua curva.
Mesmo a maior alta diária em mais de uma década, não foi capaz de igualar as máximas deste ano, mas é claro que o preço ainda tende a subir até que a produção Saudita se normalize.
O boletim Focus reafirmou a certeza de que a inflação está mesmo na UTI (previsão do acumulado para 12 meses foi reajustada para 3,45%) e nem mesmo um reajuste nos combustíveis assustaria.
Já dos fracos dados da produção industrial chinesa, não se pode dizer o mesmo.
A impressão que fica é de que o cenário de desaceleração global, neste caso, pode ser positivo, uma vez que limita a oferta pela commoditie.
O mundo está mais preocupado agora, com os desdobramentos do atentado: Donald Trump já deu suas “inticadas” contra os Iranianos e a aposta para uma negativa do FED a um novo corte nos juros, antes modesta, subiu para 35%.
Para Jair Bolsonaro e Donald Trump, que não se cansam de defender o conservadorismo e os costumes cristãos, cabe um conselho em forma de provérbio:
“Na multidão de palavras não falta pecado, mas aquele que refreia os seus lábios é sábio.”
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