A Previdência Privada sem dúvidas se tornou um dos produtos financeiros mais procurados da atualidade. Primeiro porque a previdência privada conta uma série de benefícios, tais como: [tie_list type=”checklist”]
- Otimização tributária: nos casos do PGBL é possível abater na base de cálculo os valores contribuídos nesse tipo de plano até o limite de 12% da renda bruta tributável;
- Come-Cotas: não há incidência de come-cotas na previdência privada e ao longo do tempo, acreditem, faz uma enorme diferença como mostra a figura abaixo;
- Alíquotas de IR: Nos planos regressivos é possível chegar a uma alíquota de 10% e nos progressivos, dependendo da renda total, ficar isento;
- Sucessão patrimonial: a Previdência Privada não entra em inventário e nem incide ITCMD (depende do estado), salvo quando constatado fraude ou má fé;
- O mercado de Previdência Privada no Brasil é um dos mais mal assessorados, ou seja, a falta de transparência e explicação do seu funcionamento aliado a taxas abusivas cobradas pelos bancos, prejudicam fortemente quem investe no produto.
Tripé da Previdência
O “Tripé da Previdência” é uma estratégia de três passos (análises) para você conseguir escolher a melhor combinação desse produto. É divido em: [tie_list type=”starlist”]- Tipo (PGBL ou VGBL)
- Tributação (regressiva ou progressiva)
- Fundo (renda fixa ou multimercado)
Qual tipo escolher?
O PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre – é ideal para quem faz a declaração completa de IR, pois pode deduzir em até 12% a renda bruta tributável, resultando em menos imposto a pagar ou mais imposto a restituir. Alguns cuidados muito importantes na hora de fazer um PGBL: o IR incide sobre o TOTAL a ser resgatado (isso mesmo!!! Principal mais rendimentos, é o único produto financeiro nessas configurações), portanto, o total aportado no seu PGBL ao ano não deve ultrapassar os 12% da sua renda bruta tributável. Se isso acontecer invista os valores ultrapassados em um VGBL ou estará literalmente “queimando” patrimônio. Recomendo fortemente um contador com conhecimentos sólidos para consultar se a declaração completa é a mais adequada para você. As vezes ela pode não compensar. O VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre – é indicado para quem faz a declaração simplificada de IR ou deseja contribuir com mais de 12% da sua renda bruta tributável. No VGBL não é possível abater da renda bruta tributável, porém seu imposto de renda incide apenas sobre a renda e não sobre o principal, da mesma forma como funciona nos investimentos convencionais.Antes de seguir com o artigo…
Faça o teste de perfil e descubra se você é um investidor conservador, moderado ou arrojado. [banner id=”teste-perfil”]Qual tributação escolher para a Previdência Privada?
Temos a tributação regressiva ou definitiva (também pode ser chamada de decrescente ou exclusiva) que leva em consideração o tempo de permanência no fundo, ou seja, quanto maior o tempo, menor a alíquota de IR. A alíquota começa em 35% chegando a 10% depois de 10 anos, conforme figura abaixo: Já na tributação progressiva ou compensável (também conhecida como fixa ou antecipada) é levado em consideração a faixa de rendimentos totais. Lembrando que independente da faixa o resgate incidirá a alíquota de 15% para posterior ajuste na Declaração Anual de Imposto de Renda.Qual fundo de Previdência Privada escolher?
Como eu disse, volto a falar sobre os fundos de Previdência Privada que são extremamente concentrados nos grandes bancos, que por sua vez cobram altas taxas de administração, entrada, saída, carregamento e não tem boa perfomance. Diante dessa realidade, as grandes gestoras de fundos do mercado financeiro (gestoras competentes, com excelente histórico de gestão e resultados e que cobram taxas competitivas e de acordo com o mercado) começaram a estruturar seus fundos na versão previdência. Note na figura abaixo um comparativo dos fundos de previdência e convencional da gestora VERDE, uma das mais renomadas do Brasil, a correlação é altíssima.Esses fundos de Previdência Privada replicam as estratégias e a cultura vencedora dessas gestoras, respeitando algumas limitações como a não alavancagem e menor exposição de investimentos estrangeiros nas carteiras. Além disso não cobram taxas de entrada/saída e carregamento. As coisas ainda melhoram, existe a portabilidade de previdência, muito semelhante a portabilidade dos números de telefones celulares. Ao se deparar com um fundo ruim de Previdência Privada, você não precisa mais liquidá-lo (muitas vezes, dependendo da alíquota, pode gerar um prejuízo desnecessário) e sim fazer uma portabilidade. Assim é possível você transferir seus valores nas mesmas configurações e alíquotas do seu fundo ruim para um fundo bom. O tramite é todo eletrônico e geralmente sem custos. Vejamos alguns pontos ao escolher seu fundo: [tie_list type=”checklist”]
- Aversão ao risco: Os fundos de previdência possuem certas restrições a fim de assegurar maior segurança, eles não podem por exemplo:
- Alavancar;
- Operar derivativos, salvo para hedge (proteção) de posições;
- Ultrapassar o limite de 10% em investimentos no exterior.
- Histórico e Consistência: procure por fundos que tenham históricos mais longos. Além disso, se esse histórico passou por turbulências e o fundo continuou entregando resultados consistentes é um excelente sinal;
- Performance Absoluta e Relativa: fundos com riscos/retornos atrativos (eu gosto muito de analisar o índice sharpe, que analisa quanto aquele fundo está entregando de resultado acima da taxa livre de risco por nível de volatilidade). Além da performance absoluta, analisar o fundo em relação aos seus pares, fundos com características semelhantes, pode ser uma boa idéia;
- Gestora e Equipe: O fundo ser gerido por uma gestora competente e de renome no mercado, além de contar com uma equipe isenta, coesa e que se complementem é, sem dúvidas, mais um ponto que reforça uma boa escolha.
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