Pelo quarto mês consecutivo, o comércio brasileiro se mostra mais confiante. E já recuperou 92% da confiança perdida desde o início da pandemia de coronavírus.
É o que aponta o Índice de Confiança do Comércio, calculado pela Fundação Getulio Vargas e divulgado nesta terça-feira.
O indicador avançou 10,5 pontos em agosto, passando de 86,1 em julho para 96,6 pontos. Em médias móveis trimestrais, o indicador apresenta crescimento de 9,7 pontos.
“O resultado de agosto foi influenciado principalmente pela melhora da percepção sobre o momento atual. Mas ainda com aumento do otimismo para os próximos meses”, confirma o coordenador da pesquisa, Rodolpho Tobler, da FGV.
Em agosto, houve melhora tanto percepção do momento presente e quanto nas expectativas. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) avançou 13,6 pontos, para 102,0 pontos, atingindo o maior valor desde agosto de 2013 (105,2 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 6,8 pontos para 91,3 pontos, registrando o maior valor desde o início da pandemia.
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Confiança do comércio: velocidades de recuperação diferentes entre os setores
Tobler afirma, no entanto, que, apesar dos resultados positivos, a velocidade da recuperação não tem sido homogênea entre os segmentos. “Os consumidores estão se mostrando cautelosos e a incerteza se mantém elevada, dificultando a elaboração de cenários mais claros da tendência da confiança nos próximos meses”, diz.
Segmentos como tecidos, vestuário e calçados e veículos, motos e peças encontram-se abaixo do patamar de fevereiro. Por outro lado, hiper e supermercados, que nem chegou a apresentar queda no período da pandemia, e móveis e eletrodomésticos, puxaram o resultado do indicador para cima.

Reprodução/FGV
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