A Cogna (COGN3) estima lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente de R$ 1 bilhão neste ano. A previsão foi divulgada, em função da realização do Cogna Day nesta segunda-feira (14).
No acumulado de 2020 até setembro, o Ebitda recorrente foi de R$ 790,1 milhões, redução de 57,3% na comparação com igual período de 2019.
Já para 2024, a companhia prevê Ebtida de R$ 2,4 bilhões.
Em relação à geração de caixa, a Cogna projeta R$ 230 milhões em 2020 e R$ 1 bilhão em 2024.
No acumulado do ano até setembro, a geração de caixa atingiu R$ 181,8 milhões.
Mais informações serão divulgadas durante a realização do evento às 15 horas.
Resultado do 3TRI
A Cogna registrou prejuízo líquido de R$ 1,292 bilhão no terceiro trimestre de 2020, revertendo lucro de R$ 20 milhões no mesmo período do ano passado. O prejuízo líquido ajustado foi de R$ 162,884 milhões, contra lucro de R$ 134.959 milhões na mesma base de comparação.
A margem Ebitda passou de 33,7% para margem negativa de 48,6%.
Segundo a companhia, o prejuízo foi motivado pela queda do resultado operacional e a maior alavancagem financeira. Além disso, houve o reconhecimento de perda no valor recuperável de ativos (impairment) na unidade Saber e na divisão de outros negócios, além da baixa de imposto de renda diferido, lançamentos sem efeito caixa.
A receita líquida recuou 17%, e chegou a R$ 1,256 bilhão. Esse resultado se deve às pressões de receita no ensino superior, parcialmente compensada pelas vendas iniciais ao ciclo de 2021 do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).
Kroton
A captação de alunos de ensino de graduação da Kroton teve queda de 2% frente ao segundo semestre de 2019, com o forte crescimento na captação do ensino digital, sendo compensada pela intensa queda na demanda por ensino presencial e às práticas comerciais mais sustentáveis adotadas pela companhia, com o foco em aumento de ticket e exclusão da oferta de parcelamento temporário (PMT) 100%.
Vasta
Com relação à Vasta, a vertical B2B de Educação Básica da Cogna, a receita de subscrição no ciclo comercial encerrado em setembro cresceu 18%, para R$ 692 milhões, 3% inferior ao valor de contrato anual (ACV) anunciado no começo do ano.
Até o dia 11 deste mês, a Vasta fechou contratos para o ano letivo 2021 que totalizam R$ 835 milhões, o que representa crescimento de 17% em relação ao montante registrado no ciclo comercial de 2020, ou 21% em relação à receita de subscrição registrada em 2020.
De acordo com a Cogna, esse crescimento comprova que, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas ao longo desse ano difícil, a Vasta conseguiu se diferenciar no mercado educacional se posicionando como uma plataforma com as melhores soluções acadêmicas e com uma interface digital que tem feito a diferença no ambiente virtual. “Adicionalmente, essa resiliência apresentada mesmo em um ambiente difícil reforça a sustentabilidade do negócio e o potencial que ainda se pode capturar nos próximos anos”, diz fato relevante divulgado nessa sexta-feira.
As receitas de subscrição concentram-se usualmente no final de um ano e início do ano subsequente para que as escolas parceiras possam se preparar para o início do ano letivo. Essa prévia de Valor de Contrato Anual (ACV) reflete os contratos vigentes, mas a campanha comercial da Vasta segue até meados de janeiro, oferecendo upside adicional para esse indicador, destacou a companhia.
A Cogna ressaltou ainda que a Vasta possui também outros componentes da receita não relacionados aos contratos contidos no ACV. Assim, isoladamente, o ACV não é suficiente para que se obtenha a receita total da Vasta.
Outros negócios
Em outros negócios, houve o início do reconhecimento das vendas para o ciclo 2021 do PNLD, cujo contrato totaliza 44,1 milhões de livros, todos para reposição de programas anteriores, um montante financeiro equivalente R$ 365 milhões.
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