A CNI é a Confederação Nacional da Indústria, principal representante da indústria do Brasil.
A entidade tem como foco a promoção de políticas públicas que impulsionem o empreendedorismo e também a produção industrial no país. Hoje o setor reúne mais de 476 mil indústrias no Brasil.
A CNI é a organização sindical máxima do setor, sendo responsável por coordenar 27 federações de indústrias dos Estados brasileiros.
História da CNI
Fundação em 1938
A Confederação Nacional da Indústria foi fundada em 12 de agosto de 1938, reconhecida por Carta Ministerial de 17 de setembro de 1938. E ratificada por decreto federal n.º12.321, de 30 de abril de 1943.
Ela foi criada pelos industriais Euvaldo Lodi, Horácio Lafer e Vicente Galliez, para suceder a Confederação Industrial do Brasil (CIB), a partir de entidades que representavam os sindicatos patronais. Eram elas: a Federação dos Sindicatos Industriais do Distrito Federal – Rio de Janeiro; a Federação das Indústrias Paulistas; a Federação das Indústrias de Minas Gerais; e a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul.
Desafios na Segunda Guerra
Um dos primeiros desafios da CNI foi ajudar o Brasil a superar os problemas gerados pela Segunda Guerra Mundial. Isso abrangeu a elaboração de estudos sobre o planejamento das atividades produtivas, a defesa do trabalho nacional e o reequipamento do parque manufatureiro.
Na década de 1940, a confederação esteve preocupada com a formação de mão-de-obra para a indústria do Brasil.
Senai, Sesi e IEL
Nas décadas seguintes, surgiram grandes serviços que persistem até hoje. A CNI lançou as bases para a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), em 1942, e do Serviço Social da Indústria (SESI), em 1946. Depois veio o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), criado em 1969.
Entre as décadas de 1940 e 1980, a organização concentrou seus esforços na diversificação do parque industrial brasileiro. E, depois de 1988, o foco passou a ser a competitividade do produto brasileiro, a inserção das empresas no mercado internacional e a redução do Custo Brasil.
CNI nas últimas décadas
Até o final dos anos 1990, a CNI focou em apoiar empresas na abertura comercial, enfrentou o desafio da maior inserção do Brasil no cenário mundial, colaborou na promoção do aperfeiçoamento tecnológico da indústria nacional e criou campanhas pela competitividade internacional do produto brasileiro.
A CNI é constituída com prazo de duração indeterminado, para fins de representação, estudos e coordenação dos interesses das categorias econômicas da indústria.
O papel da CNI hoje
A entidade mantém, em Brasília (DF) e em São Paulo, equipes dedicadas à promoção de um ambiente favorável para negócios e ao aumento da competitividade da indústria e do país.
Hoje, com a quarta revolução industrial em andamento, a CNI é novamente fundamental para preparar as indústrias e o país para a chamada Indústria 4.0.
A confederação representa 27 federações de indústrias e 1.250 sindicatos patronais, aos quais são filiadas quase 700 mil indústrias.
A CNI administra diretamente o SESI, o SENAI e o IEL. Com eles, compõe o Sistema Indústria, que congrega ainda as federações estaduais de indústrias e os sindicatos patronais.
A entidade também tem papel no Executivo nacional. No governo federal, há várias instâncias de representação coordenadas pela CNI. Alguns dos colegiados que debatem temas referentes à atividade industrial são: (Conama) Conselho Nacional do Meio Ambiente, (CNP) Conselho Nacional de Previdência, (CTPP) Comissão Tripartite Paritária Permanente, Conselho Curador do FGTS e (Codefat) Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo do Trabalhador.
E CNI também é responsável por auferir e divulgar importantes indicadores da economia da indústria brasileira. Entre eles estão sondagens industriais e da construção civil, o ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial), o ICEI (resultados setoriais), dados de confiança do consumidor, competitividade do Brasil e panoramas da pequena indústria.
Frentes de atuação da Confederação da Indústria
- Aumentar a competitividade da economia brasileira.
- Promover o desenvolvimento associativo das indústrias.
- Aprimorar as condições de infraestrutura no país.
- Estimular a vocação inovadora do setor produtivo.
- Internacionalizar as empresas brasileiras.
- Reduzir a insegurança jurídica que afeta o ambiente de negócios.
- Participar do debate na elaboração de leis e normas.
- Conservar o meio ambiente e assegurar a sustentabilidade ambiental
- Incentivar a atividade de pequenas empresas.
- Influenciar a formulação da política industrial.
- Aprimorar o sistema de propriedade intelectual.