Foi divulgado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), no sábado (21) um boletim. Em que foi analisado os impactos do coronavírus sobre o agronegócio. De acordo com informações do portal Canal Rural. A Confederação criou um grupo, com o objetivo de monitorar a crise provocada pelo coronavírus. Para garantir que irá continuar a produção, para que a população permaneça abastecida com alimentos. A CNA analisou os mercados internacionais e os produtos agropecuários, confira os dados:
Os mercados x coronavírus
A China não identificou interrupção na importação dos bens agropecuários, mas comentou sobre o cancelamento de rotas marítimas. Em que ocorreram atrasos, no transporte internacional. Houve um aumento de 9,7% no comércio de grãos, óleos e alimentos entre janeiro e fevereiro. Mesmo com a queda nas vendas do varejo.
Provavelmente, o aumento ocorreu devido a demanda nos supermercados dos consumidores, para os itens básicos de alimentação na China. De acordo com os dados, a venda de alimentos online cresceu também em 3% no período.
Na União Europeia, por enquanto não houve impactos expressivos do comércio com o Brasil no agronegócio. Segundo a CNA, as medidas estão focadas no movimento de pessoas, não nas mercadorias. Por isso, não há impactos até o momento. Assim como a União Europeia, os Estados Unidos também não perceberam impactos no comércio. Em relação ao mercado da Arábia Saudita, houve aumento na demanda por fornecedores brasileiros.
Produtos do agronegócio
Nos produtos do agronegócio como soja, milho e café acabou havendo uma queda nos valores internacionais. Mas, devido a alta no dólar, esses valores não sofreram impacto. Entretanto, o setor de algodão e sucroenergético teve o grande problema da guerra do petróleo. Entre a Rússia e a Arábia Saudita, que resultou na queda dos setores.
As frutas e hortaliças tiveram crescimento em suas demandas, de 20% a 30%, após os primeiros dias da pandemia do Covid-19. Segundo a CNA, as flores importadas do Brasil tiveram queda, devido ao cancelamento de muitos eventos. Com uma redução de 70%.
Em relação ao mercado de carnes, o boi gordo teve redução nos valores ofertados em comparação a semana passada. Entretanto, se manteve estável. Com as negociações em pequeno volume, a produção nos frigoríficos foi reduzida.
Em relação a aves e suínos, houve queda de 10% a 15% nos pedidos das empresas. Mas, as companhias garantem que não vão suspender suas produções. Devido a falta de contêineres, há também mais dificuldade nas vendas das proteínas animais no agronegócio.
