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BTG (BPAC11) reitera recomendação de compra para ativos da CBA Alumínio (CBAV3); setor retoma investimentos

BTG (BPAC11) reitera recomendação de compra para ativos da CBA Alumínio (CBAV3); setor retoma investimentos

O Banco BTG Pactual (BPAC11) publicou na última segunda-feira (9) o relatório que aponta os resultados obtidos pela CBA Alumínio (CBAV3) no 1TRI22. O documento indica que o Ebitda da empresa no trimestre fechou em R$ 552 milhões, correspondendo às projeções da instituição financeira e ficando acima das estimativas de consenso em 5-10%.

Diante disso, o BTG reitera a recomendação de compra para os ativos da empresa pelo preço alvo de R$ 25,0.

Apesar do alto número do Ebitda, os resultados da CBA Alumínio foram impactados por seus hedges estratégicos, com uma perda de R$ 121 milhões. Segundo o BTG, no entanto, estes números devem ter um efeito muito pequeno no 2TRI22 e por um curto período de tempo – terminando ainda em maio, de acordo com a previsão da instituição financeira.

Outro fator que teve implicação negativa nos resultados da CBA Alumínio neste trimestre foi a demanda mais baixa no país. Além disso, o BTG considera decepcionante a geração de fluxo de caixa no 1TRI22: a empresa registrou número negativo. A instituição financeira tem expectativa para rápida recuperação.

Destaques operacionais da CBA Alumínio no 1TRI22

Conforme o relatório do BTG, em virtude da baixa demanda brasileira nos mercados da construção e do transporte no início de 2022, a CBA Alumínio teve queda nos embarques (ex-outros) de 14% a/a e de 16% t/t (-8% vs. BTGe). Os produtos downstream ficaram abaixo de -13% a/a. Já os primários foram de -15% t/t.

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Por outro lado, os prêmios de alumínio obtiveram resultados acima das expectativas da instituição financeira, fechando o 1TRI22 com saída primária em US$ 533/t (32% acima das estimativas do BTGe e +200% t/t), e downstream em US$ 1.679 t/t, superior à projeção do BTGPe em 18% (+200% t/t).

O desempenho dos prêmios regionais da CBA Alumínio continua positivo, mostrando estabilidade t/t e encerrando o 1TRI22 em US$ 405/t, com a referência DDP SE Brazil Platts.

Apesar da queda em 2% t/t, o custo caixa do smelter da empresa (US$/t) foi positivo em virtude dos menores custos de energia, embora ainda tenha sofrido amplo impacto por maior pasta de anodo (+64% t/t) e por custos de alumina (+30% a/a).

CBA Alumínio tem avaliação positiva pelo BTG no 1TRI22

Grande consumo de capital de giro prejudica fluxo de caixa no breakeven

O relatório da BTG indica que diversos eventos pontuais ocasionaram na geração de fluxo de caixa negativo em -R$ 200mm para a CBA Alumínio no 1TRI22. A instituição financeira supõe que, sem a aquisição da Alux (-R$ 130 milhões) e o capex de crescimento (-R$ 66 milhões) a empresa estaria no ponto de equilíbrio. Segundo o documento, este ainda está muito abaixo do potencial.

De acordo com o BTG, “o número negativo foi prejudicado por uma saída de -R$ 300 milhões de capital de giro, em grande parte explicada pela redução do risco de financiamento de fornecedores, como resultado da redução dos volumes negociados”. O banco aponta, ainda, que estes não devem se repetir no 2TRI22.

No reporte, a instituição financeira ainda lembra que “os hedges estratégicos também compensam um impacto adicional de -R$120mm no trimestre”, e indica que, no 2TRI22, este número deve ser bem menor, e zero a partir do terceiro trimestre.

A CBA Alumínio continua com uma alavancagem saudável na frente do balanço, encerrando o trimestre em 0,7x Dívida líquida/Ebitda, abaixo dos 3,5x obtidos no mesmo período do ano anterior. O BTG tem expectativa de que esta tendência de queda prossiga.

CBA Alumínio se diferencia por tendência de transição de energia no longo prazo

Um dos poucos ativos de alumínio que está totalmente integrado globalmente, a CBA possui o diferencial de utilizar 100% de fontes renováveis de energia em seu processo de produção, o que indica que é uma empresa preparada para a transição de energia no longo prazo, seguindo a tendência global de descarbonização.

Além disso, a empresa se encontra na extremidade inferior da curva de custos. Diante disso, o BTG reitera a compra dos ativos da CBA Alumínio com as ações negociando ~3,5x EV/EBTIDA 22E, entre 20 e 30% abaixo dos pares.

Indústria do alumínio reverte impacto negativo e volta a bater recordes

Após impacto negativo no desempenho, motivado pela pandemia da Covid-19, a indústria do alumínio tem apresentado notável recuperação com recordes de consumo no mercado brasileiro.

No último mês de dezembro, o setor teve um crescimento de 10,9% no consumo interno do material. Segundo Janaina Donas, presidente da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), o resultado foi fortemente influenciado pelo desempenho de outros segmentos, como o de transportes, que teve crescimento de 25,3%, e o da construção civil, com alta de 21,8%.

Para Donas, o setor do alumínio no Brasil vive seu melhor momento. A previsão de crescimento para este ano, no entanto, é mais moderada: 4,9%.

A previsão de investimentos para o período entre 2021 e 2025 tem o orçamento de R$ 30 bilhões e é capaz de contemplar toda a cadeia produtiva, com a ampliação das reservas de bauxita, a modernização do parque fabril existente e a reativação de unidades que não estão em funcionamento.