Relatório do BTG Pactual (BPAC11) manteve a classificação de compra para JHSF (JHSF3). Isto ocorre graças ao forte crescimento da empresa, com landbank grande e premium pipeline de projetos de shoppings, enquanto a ação está fortemente descontada. O preço-alvo é de R$ 9.
Segundo o relatório, no geral, os resultados do quarto trimestre (4TRI21) foram fortes, com sólido crescimento do ebitda. O cenário macro foi considerado difícil, com juros mais altos, crescimento lento do PIB – Produto Interno Bruto. E o negócio de habitação da JHSF (destaque nos últimos anos) deve ser impactado.
“Mas os negócios de receita recorrente da JHSF se recuperaram totalmente dos efeitos da pandemia e a empresa possui um posicionamento defensivo”, informa trecho do relatório BTG.
Dados operacionais sólidos
Conforme já anunciado pelo BTG, os números operacionais da JHSF no 4TRI21 foram considerados sólidos. As vendas de moradias totalizaram R$ 340 milhões; shoppings cresceram SSS 30% vs. 4T19, SSR cresceu 34% vs. níveis de 2019, custos de ocupação foram 8,4% das vendas dos lojistas e taxa de vacância foi de 2,6%.
Em hotelaria e restaurantes, a ocupação foi de 55% e o RevPar cresceu 74% ante o 4TRI19; e no Aeroporto Catarina, os pousos e decolagens cresceram 81%, com combustível de aviação 134% de aumento, e encerrou o trimestre com 72 jatos estacionados.
Resultados fortes
A JHSF apresentou resultados considerados bons no 4TRI21, com ebitda ajustado crescendo bem, com resultados operacionais sólidos em todas as unidades de negócios, e correspondendo às projeções.
A receita líquida foi de R$ 483 milhões (com aumento de 22% e 6% abaixo da projeção BTG). Enquanto o ebitda ajustado foi de R$ 242 milhões (elevação de 22%, em linha com a projeção), com sólida margem de 50%. O fundo de operações (FFO) foi de R$ 232 milhões (crescimento de 23% e 12% acima da expectativa) devido ao imposto de renda abaixo do esperado, enquanto o LPA foi de R$ 0,39 (+45%).
