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BTG (BPAC11): bancos e telecomunicações vão sofrer mais com reforma tributária

BTG (BPAC11): bancos e telecomunicações vão sofrer mais com reforma tributária

O impacto sobre a segunda fase da reforma tributária, enviada na sexta-feira ao Congresso Nacional, será “relevante”, diz o BTG Pactual (BPAC11) em relatório.

Os analistas fizeram exercício com 150 empresas brasileiras de cobertura do BTG para melhor compreender o impacto dessas mudanças nas empresas.

Foram usados na análise os mesmos critérios que o governo está propondo. E o BTG também assumiu que as empresas não irão alterar sua estrutura de pagamento de dividendos atual.

De acordo com a análise, bancos, telecomunicações e a Ambev (ABEV3) são os que mais vão sofrer com os impactos da reforma.

“As empresas que pagam muito juros sobre o capital, como bancos e empresas de telecomunicações sofreriam sofre mais. Estimamos que seus ganhos caiam em cerca de 5% e 9%, respectivamente, em 2023”, dizem os analistas.

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A Ambev é outra grande pagadora de JCP (Juros Sobre Capital Próprio) que sofreria caso a nova legislação fosse aprovada conforme proposto pelo governo.

O BTG cita um exemplo de uma grande pagadora de JCP. Segundo a análise, a Vivo (VIVT3) deve ter um redução de sua distribuição de caixa aos acionistas de cerca de 20% em 2023. “Naturalmente, o impacto final para os acionistas de grandes pagadores de JCP será maior do que o das empresas que não pagam JCP”.

Ações que são vistas pelos investidores como boas emissoras de títulos também podem ser penalizadas, pois os dividendos perderiam competitividade vs. os rendimentos dos títulos.

Ganhos vão crescer par quem não paga JCP, diz BTG

Em geral, segundo a análise do BTG, as empresas que não fazem pagamentos de JCP  devem ver seus ganhos aumentarem devido à redução da taxa de imposto.

“Estimamos que empresas de infraestrutura, aluguel de automóveis, bens de capital, óleo e gás e agronegócio vão ter seus lucros aumentados entre 6% -8% em 2023. Ainda assim, mesmo que algumas empresas vejam seus ganhos aumentarem, seus acionistas vão provavelmente receber menos dividendos”, afirma o BTG.

Efeitos colaterais: aumento de recompras de ações e alavancagem

Um possível efeito colateral da nova legislação é que as empresas podem optar por priorizar recompras de ações em vez de distribuições em dinheiro, o que produziria virtualmente o mesmo efeito para os acionistas que os dividendos.

“Também podemos ver empresas, especialmente aquelas com estruturas de capital ineficientes, alavancando seus balanços para reduzir o seu lucro tributável”, diz o BTG.

Por último, os analistas afirmam que um imposto sobre dividendos pode levar as empresas a reduzir seus pagamentos de dividendos e reinvestir uma parte maior de seus ganhos (ou talvez aumentar seu apetite por transações de M&A).

Confira a análise do BTG por setor

Impacto da reforma tributária segundo BTG